Se engana quem pensa que as eleições para nova diretoria do Sport Club Juiz de Fora terminaram. A chapa da situação, “Sport Forte com Verdade, Competência e Responsabilidade”, encabeçada por Jorge Ramos, foi eleita, no domingo, 14, para comandar o clube no biênio 2015/2016. A oposição, no entanto, impugnada pela comissão eleitoral, garantiu ao portal Toque de Bola, em contato por telefone com o candidato à presidência, Edson Costa, que pedirá anulação das eleições.
“Constamos em ata nosso repúdio e entraremos em juízo para anular a eleição. E é de direito, porque a comissão eleitoral foi parcial”, admitiu Costa, da chapa “Periquitos Autênticos”.
Entenda o caso
A sexta-feira, 28 de novembro, marcou o prazo limite para as inscrições de chapas no Periquito. Nesta data, os dois grupos confirmaram disputa nas urnas. A oposição, no entanto, apresentou integrante inadimplente e, seguindo o estatuto do clube, foi impugnada pela comissão eleitoral, deixando, a princípio, a decisão com participação de chapa única.
Aceitando a impugnação, Costa percebeu irregularidade em inscrição da chapa de Ramos, solicitando a mesma atitude da comissão: “Na quinta-feira, quando estava no clube, vi um integrante da chapa da situação, João Paulo Agostinho, que não é sócio do Sport. Sua sogra é e passou o quinhão para o nome dele. Mas nesse caso há uma carência de um ano segundo estatuto do clube, portanto ele ainda não poderia votar, já que a transferência foi realizada depois de outubro do ano passado. Tenho, inclusive, recibo dado pela Secretaria de Esporte que ele pagou uma taxa por essa transferência. A comissão eleitoral, no entanto, não impugnou a chapa deles e no sábado, no Sport, deu um prazo de 8h ao meio-dia para que trocassem a chapa, mas o Paulo Cézar estava presente e então pôde resolver a situação em 15 minutos, trocando o nome do integrante de sua chapa. Para nós, a comissão disse ter enviado um telegrama, que só chegou na quinta-feira, 18, na minha casa. Impugnaram a nossa chapa de forma correta, mas deveriam ter realizado o mesmo com a outra”, explicou Costa.
Shopping e Tupynambás
Os adversários nas eleições divergem tanto na possibilidade da construção de um Shopping no local da arquibancada e antiga sede do Sport, tombados como patrimônios culturais, quanto na relação com o histórico rival juizforano, Tupynambás.
O presidente eleito do Periquito, Jorge Ramos, já divulgou ser a favor do Shopping, com espaço no último andar para o próprio clube, além da vontade de estreitar relações com o Baeta, pelas similaridades em situações financeiras, por exemplo. Já Edson Costa vê como impensável o destombamento de áreas históricas do clube e parceria com o Tupynambás, Entre suas prioridades estão a volta do time de veteranos do Periquito, além de “reatar amizade” com o Corpo de Bombeiros em busca de liberações de uso do ginásio e arquibancada, a manutenção das escolinhas de futebol e volta da natação.
Polícia no Sport
As insatisfações durante o período eleitoral levaram, inclusive, à presença da polícia no clube. No entanto, não houve maiores confusões e o mal entendido foi resolvido, como contou Costa ao Toque de Bola: “O Paulo César pediu à gerente dele que chamasse a polícia para colocar a Elenice e o Dário para fora do clube porque não são sócios. O que diz o estatuto é que o sócio inadimplente pode entrar no clube, ficando restrito apenas das atividades oferecidas pela entidade. A Elenice é sócia benemérita, como eu sou, então não pagamos o clube. Já o Dário é o advogado da nossa chapa, além, de sócio”.
Texto: Bruno Kaehler
Arte: Toque de Bola