Juiz de Fora (MG), 6 de janeiro de 2011
Tricolor fanático. Diretor da Unimed. Desfila, peito inchado, com a camisa de tricampeão brasileiro autografada por todos os jogadores. É o Dr. Celso Barros? Não. Trata-se do médico anestesiologista Hugo Borges, presidente da Unimed Juiz de Fora.
Na final do Brasileirão, contra o Guarani, no Engenhão, no Rio de Janeiro, Hugo incorporou o espírito guerreiro que vem marcando time e torcida tricolores nos últimos anos. Abriu mão do ar condicionado do camarote do amigo Celso Barros, com quem tem grande afinidade, e misturou-se aos pobres mortais na arquibancada.
“Não estive no camarote. Poderia ter ido com a Unimed Rio (Celso Barros & cia.), mas já havia me comprometido com o Sampaio (Carlinhos), que há muito me cobrava esta viagem com a turma Flu de Juiz de Fora”, revela o presidente. “Além do mais, amigos da Unimed Juiz de Fora também foram na “caravana” e optei por acompanhá-los. E foi muito agradável, pela companhia e pelo calor da “galera” nas arquibancadas do Engenhão… Valeu muito! Tudo.”
Hugo é daqueles torcedores que nem gostam de assistir ao jogo pela TV se estiver na companhia de “secadores de plantão”. No meio da “galera”, no já histórico jogo de 5 de dezembro, fez tudo que tinha direito: “A entrada em campo foi indescritível. E melhor, participei do mosaico! As placas tinham sido previamente colocadas nas cadeiras do belíssimo estádio João Havelange antes do jogo. A sensação foi a melhor possível, e nada igual nos últimos 26 anos!”
Aí já começa a contar vantagem: “Nunca perdi uma final de campeonato brasileiro com o Flu desde que nasci. Esta foi a mais emocionante de todas. Ou não?” (nota do redator: Ué, vem perguntar logo para nós?) O dirigente garante que nem se preocupou com o empate teimoso ao final do primeiro tempo: “Para nós, tricolores, esta tensão não existe mais. Quem tem um timaço como este… A Nova Máquina 2010 deixa esta torcida superconfiante: ” fique tranquilo, aqui tem Unimed”. E tem Conca, Fred, Muricy, Deco…” Para o médico, conquistar o título “na casa do Botafogo” teve um sabor especial.
Sobre o envolvimento do famoso Celso Barros com o clube, Hugo define: “É impossível saber o limite entre o gestor competente da Unimed Rio e o torcedor apaixonado. Não dá mais para imaginar a Unimed sem o Flu, o Flu sem o Celso Barros. Casamento perfeito, há 12 anos um case de sucesso no marketing esportivo. Ele pensa no Fluminense 24 horas, vive intensamente o clube e tem muita amizade com jogadores, comissão técnica e funcionários”.
E o pós-jogo? E o que esperar do Flu no ano novo? “A chuva que desabou no Rio imediatamente apos o jogo impediu nossa incursão na noite carioca, uma pena. Mas voltamos em estado de graça para JF, com o velho coração tricolor batendo mais forte do que nunca e uma esperança renovada no futuro do maior campeão de futebol do mundo! Valeu muito!”, completa.
Texto: Ivan Elias
Fotos: Lique Gávio