Assessor especial do presidente Peter Siemsen, Marcelo Penha, que durante muitos anos respondeu mais diretamente pelo futebol tricolor, foi uma das muitas pessoas no clube carioca a conversar com o atacante Fred no período em que ele treinava separado do grupo, por divergências com o treinador Levir Culpi. Foi exatamente quando o dirigente chegava a Juiz de Fora para participar, na quinta-feira, 14, da reunião do “plano de jogo” entre Fluminense e Atlético Paranaense, marcado para esta quarta-feira, 20, a final da chamada Primeira Liga, que a imprensa carioca e o clube anunciaram que o artilheiro havia se acertado, após reunião com o presidente, o diretor de futebol Jorge Macedo e o próprio treinador.
A reunião, em que autoridades e dirigentes do clube mandante acertaram detalhes do partida, teve cobertura e participação do Portal Toque de Bola, que aproveitou para saber de Penha sobre Fred, o balanço e as perspectivas da competição que será decidida em Juiz de Fora e o fato de a cidade sediar um jogo considerado importante, por tudo que se pretende desde a criação da Liga, que recebeu forte enfrentamento de algumas federações, principalmente a do Rio de Janeiro. A entidade tratava as partidas da Liga como amistosas e somente com a pressão dos clubes acabou cedendo e, pelo menos publicamente, não tem se manifestado sobre o tema com a mesma veemência anterior. quando o tom era de ameaça até aos árbitros escalados.

Toque de Bola: como avalia a permanência do Fred?
Marcelo Penha: Tirou um peso das nossas costas. Quando saímos do Rio, o presidente estava em uma reunião para fazer uma reconciliação e para esclarecer o mal entendido entre a comissão técnica e o Fred. Ocorreram boatos de clubes interessados como Atlético e São Paulo, então a pressão vinha aumentando. O Fred é um grande ídolo, graças a Deus teve um desfecho positivo e foi um grande presente para a torcida do Fluminense.
Toque de Bola: Fred na torcida em JF?
Marcelo Penha: O Fred está suspenso e não pode participar do jogo, estar no vestiário e tal. Mas quem sabe ele não pode vir a festa? Ele pode vir ao estádio como torcedor. Tenho certeza que ele estará presente para apoiar o grupo. Ele é muito ligado ao grupo, é o nosso líder, o nosso capitão já a sete anos. Acho que a torcida virá em peso apoiar, mas não deixo de pedir que o torcedor tricolor, tanto de Juiz de Fora quanto das cidades próximas venha apoiar a equipe, fazer uma festa bonita e agradecer Juiz de Fora por sempre nos receber de braços abertos.
Toque de Bola: quais o balanço e a projeção da Liga?
Marcelo Penha: Esse ano foi um ano de muita disputa política, briga. Nós queríamos mostrar o potencial que tem esse campeonato. No começo do ano, principalmente no primeiro semestre, os clube que integram a Primeira Liga, precisam diversificar as nossas arrecadações. O campeonato de São Paulo tem uma dimensão muito grande em arrecadação e a disparidade com os outros estados é muito grande. A Primeira Liga vem para tornar o calendário mais racional. Não para desqualificar os Estaduais, longe disso, só fazendo competições paralelas, assim como a Copa do Nordeste, e fortalecer as rivalidades regionais. Com todos os percalços, a competição está acabando de uma forma ordeira, todos os jogos ocorreram no horário certo, respeitando o torcedor. Dentro de campo foi um bom desempenho técnico apresentado. A final será na quarta-feira, e já na segunda-feira, 25, temos uma reunião da assembleia geral no Rio de Janeiro, na festa de encerramento da Liga, já para planejar o ano que vem. Uma competição maior, divulgação maior na TV aberta também, para se firmar como uma competição oficial do calendário brasileiro.
Texto, fotos e edição: Toque de Bola
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