Determinação: palavra-chave na atuação do Tupi diante do Cruzeiro

Juiz de Fora (MG), 10 de março de 2011

O sentimento no vestiário do Tupi após o empate sem gols contra o Cruzeiro na noite desta Quarta-feira de Cinzas, 9, era de dever cumprido. Uma noite especial, principalmente para o goleiro Rodrigo, apontado pelo goleiro Fábio e o técnico Cuca, ambos do Cruzeiro, como o principal responsável pelo empate. Ainda no gramado do Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, Rodrigo afirmou que sua atuação diante da Raposa terá lugar especial nas suas lembranças. “Por ter sido contra um time de expressão magnífica no Brasil, talvez tenha sido a minha melhor partida como profissional. Espero continuar esse trabalho.”

O zagueiro Fabrício Soares deixou o campo exausto após marcar durante 90 minutos o rápido ataque do Cruzeiro. Com mais uma boa atuação contra a Raposa, o jogador vai se tornando em um especialista em enfrentar o rival. “Acho que a concentração no jogo foi importante. O que a gente treinou na semana colocamos em prática hoje. Acho que equipe está de parabéns. Graças a Deus estamos no G-4 e vamos trabalhar para não sairmos mais”.

Durante entrevista coletiva, ao ser perguntado sobre qual palavra resumiria a atuação do Tupi diante do Cruzeiro, o técnico Leonardo Condé escolheu “determinação”, justificando que o Tupi “foi um time determinado naquilo que a gente passou. Individualmente os jogadores estiveram bem, taticamente bem e fisicamente bem. E para quem tinha dúvida se esse era um time apático, acho que hoje ninguém tem dúvida mais de que é um time aguerrido. Estava faltando encaixar. No futebol não tem mágica. Não é da noite para o dia que um time encaixa. Contra o Uberaba encontramos a formação, hoje ficou mais fácil e espero que a gente consiga manter esse nível de apresentação para podermos brigar pela a classificação.”

Ainda durante a entrevista coletiva, um fato chamou a atenção. Quando o treinador respondia a uma pergunta da imprensa, um solitário torcedor que deixava o já vazio estádio gritou: “Valeu Condé”, recebendo um aceno como resposta. Situação bem diferente do último jogo do Tupi em Juiz de Fora, quando parte da torcida pediu a saída do técnico. Uma prova de que a torcida carijó fez as pazes com o time de Juiz de Fora. “O apoio do torcedor hoje foi de suma importância, inclusive no lance do pênalti, quando vaiou e depois incentivou. Aproveitamos a oportunidade para convocar o torcedor para esse jogo difícil contra a Caldense [domingo, 13] para que tenhamos essa participação que tivemos hoje. Vai ser um jogo difícil, já que a Caldense está em uma posição mentirosa na competição e, na minha opinião, tem um dos melhores elencos do interior. Será um jogo muito importante e, se conseguirmos vencer, daremos uma passo importantíssimo rumo à classificação”.

Texto: Thiago Stephan

Este post tem um comentário

  1. Nel

    O Torcedor é quem aplaude ou vaia, acho que o motivo de tudo isso é o torcedor, ou não?
    O que a FMF fez com o torcedor, com quem paga o ingresso é um absurdo, se fizessem isso lá em Sete Lagoas a Máfia Azul teria quebrado tudo.
    Mas como é no interior este povinho da FMF pretendeu ser maior que a Constituição e criaram uma lei para a cobrança dos ingressos; Sentimos que em JF manda quem vem de fora, mesmo!
    Valew Condé!

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