Depois do ponto inesperado, JF Vôlei tem confronto direto com Canoas

     Se os aguardados três pontos não vieram, a incrível virada no quarto set sobre o Maringá – 33 a 31, depois de estar em desvantagem em 20 a 23 e 22 a 24,  rendeu ao JF Vôlei, na rodada da noite de quarta-feira, 8, o ponto necessário para se manter na sexta colocação da Superliga masculina 2016/17, mesmo com a derrota por 3 a 2 -parciais 25-17, 21-25, 23-25, 33-31 e 10-15, para público  de 302 torcedores no ginásio da Faefid, UFJF.

    Isso porque o Minas, concorrente agora com a mesma pontuação na tabela, superou o Brasil Kirin por 3 sets a 2, anotando dois pontos. JF e Minas têm 22 pontos cada e a vantagem juiz-forana para se manter na sexta colocação está no melhor desempenho entre sets vencidos e perdidos, segundo critério de desempate – o primeiro é o número de vitórias.

   Não há muito tempo para lamentar ou comemorar. Neste sábado, 11, às 18h, o compromisso é  longe de casa e diante de um adversário que também briga  por vaga nos playofs. O Canoas tem 17 pontos, está em oitavo lugar e recebe o JF tentando encurtar essa diferença de cinco pontos. Siga o andamento do resultado nas redes sociais  do Toque de Bola, com apoio do Plasc.

Pelo regulamento, os oito primeiros colocados ao final do returno disputarão os playoffs. Restam seis rodadas para terminar o segundo turno.

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   Um dos líberos do JF,  Juan Mendez  lamentou: “Nós batalhamos muito. Fizemos tudo em quadra  mas a vitória não veio lamentavelmente, eles fizeram um bom jogo, nós jogamos mal. Não levar o jogo me deixou pessoalmente um pouco triste, mas a luta continua. Tem bastante jogo pela frente e vamos para todos como se fossem finais.”    Já o treinador Henrique Furtado preferiu analisar os pontos positivos da equipe  e destacar a qualidade técnica do adversário.

  Os maiores pontuadores da partida pelo JF foram Renan (25 pontos), Rammé (15), Diego (14) e Bruno (12).  Por Maringá, os destaques foram Sergio Felix (27 pontos), Marcílio (17), vencedor do Troféu VivaVôlei e Rodrigo (15).   

Acesse aqui o scout (dados estatísticos) de JF Vôlei 2 x 3 Maringá  (fonte: site da Confederação Brasileira de Voleibol)

JF Vôlei: Rodrigo Ribeiro, Renan Buiatti, Felipi Rammé, Ricardo Júnior, Bruno Amorim, Diego Almeida e Fabio Paes (líbero). Entraram: Henrique Adami, Juan Moreno, Franco Drago e Juan Mendez (líbero). Técnico: Henrique Furtado.

Copel Telecom Maringá Vôlei: Ricardinho, Sérgio Felix, Renato Hermely, Aranha, Mudo, Aureliano e Felipe (líbero). Entraram: Pedro, Marcílio, Michael e Ualas. Técnico: Renato Lúcio.

Confira a íntegra da entrevista do treinador do JF Vôlei, Henrique Furtado

Análise da Partida

“Foi uma partida muito disputada e muito difícil. Enfrentamos  um grande  adversário, que fez diferença pelo seu ataque em momentos decisivos.  Jogamos muito bem no bloqueio, tivemos uma superioridade no bloqueio, embora eles tenham atacado bem.  Um saque bem equilibrado, uma recepção dos dois lados oscilando em momentos bons e momentos ruins, um equilíbrio.  Acredito que a diferença entre os pontos foi o número de erros feitos no segundo set.  O quarto set  foi eletrizante, digno de uma grande partida, com grandes jogadores dos dois lados, eu achei que a diferença se fez no inicio do quinto set com alguns erros. Os times trocaram momentos de liderança, acho que foi um voleibol consistente apresentado dos dois lados.  Do  nosso lado acredito que na recepção poderíamos  ter trabalhado de uma forma mais eficiente, e alguns momentos chave no ataque. Eu acredito que no geral trabalhamos bem, nossos receptores estão fazendo um grande campeonato. É sem dúvida nenhuma um grande desafio a cada rodada e hoje (quarta-feira) foi mais um grande desafio desses.”

O erro foi mais técnico, falta de atenção ou não dá para diagnosticar assim separadamente? 

“Mais  técnico.  O grupo estava muito concentrado, jogamos contra um time extremamente experiente, com jogadores do mais alto nível e aconteceu, foi mais erro técnico. Estava todo mundo muito focado, todo mundo querendo vencer o tempo inteiro,  e uma falha técnica. O peso da vitória é distribuído, o peso da derrota também.  Não trabalhamos um momento decisivo como costumamos trabalhar e isso foi determinante para não conseguir vencer. A  impressão que eu tenho é de uma partida  muito boa e com os dois lados jogando bem.”

A recepção foi talvez o grande problema do time. Por que dessa sua opção de não mexer nos dois ponteiros?

“Porque são ponteiros que estão fazendo um grande campeonato na recepção e estavam fazendo um trabalho brilhante no ataque. O percentual dos dois ponteiros estava muito elevado. Ricardo terminou com o percentual próximo a 50% e o Rammé estava com o percentual de ataque de 68%. Então são dois jogadores que estavam muito consistente no ataque e não me pareceu uma necessidade de fazer uma mudança. Os erros deles foram em momentos isolados, isso pode acontecer com qualquer jogador, mas, eu não tirei nenhum  porque fizeram muito bem todas as outras coisas.”

Como já voltar esse foco para Canoas, que torna a partida ainda mais importante?

” Todas as partidas são importantes da mesma forma para nós. Quando nós estávamos ganhando tanto uma sequência longa de vitórias como ganhando alguns jogos, nós estávamos muito focados e pé no chão. Agora que a gente perde um jogo muito bonito, um jogo brigado, um jogo bem disputado, pé no chão da mesma forma. Vai ser cada vez mais difícil vencer. Os jogadores te estudam cada vez mais, as comissões técnicas estão cada vez mais preparadas  e têm muitos motivos para vencer. Sem dúvida nenhuma cada partida vai ser muito difícil e  encaramos essa derrota da mesma forma que encaramos todas as vitórias. Seguimos cuidando do que precisamos cuidar, treinando o que precisamos treinar, e vamos para a próxima partida para fazer o máximo para vencer como sempre.”

Nesse pouco tempo (entre os jogos de quarta-feira e sábado) é possível mudar muita coisa? Nessa questão da recepção por exemplo, ou é necessário bater na reação do quarto set, ter visto como espelho que é uma partida difícil?

“É importante fazer os ajustes que forem necessários. Não é muito tempo, mas é um grupo que se adapta rápido, se adaptou rápido a algumas dificuldades dentro do jogo. Saiu de algumas dificuldades e vem durante o ano se adaptando a circunstâncias difíceis, e conseguindo recuperar. E dá sim, com estudo, com análise, mudar alguns padrões táticos que podem ser importantes. Coisa que estamos fazendo bem que temos que retomar.  Cuidar da parte física também, porque viemos de um jogo pesado apesar de 3 a 1 no Paraná (diante de Caramuru Castro) e agora um 3 a 2 em casa. Todos os jogos estão sendo muito difíceis. Estamos mostrando uma força muito grande. Agora é recuperar e estudar  para chegar bem no sábado. ” 

 

Minas x Sada

Um clássico mineiro é uma das atrações da sexta rodada do returno da Superliga masculina de vôlei 16/17. O Minas Tênis Clube (MG) receberá o líder e invicto Sada Cruzeiro (MG), neste sábado (11.02), às 14h10, na Arena Minas, em Belo Horizonte (MG). A Rede TV transmitirá ao vivo.

O Sada Cruzeiro é o líder da competição, com 47 pontos e 16 vitórias. O Minas Tênis Clube aparece na sétima posição, com 22 pontos (oito vitórias e oito derrotas). No primeiro turno, o time celeste venceu a equipe de Belo Horizonte por 3 sets a 1.

No Minas Tênis Clube, o treinador Nery Tambeiro falou sobre o momento atual do time de Belo Horizonte na competição e do confronto contra o Sada Cruzeiro. Na última rodada a equipe mineira conseguiu uma importante vitória fora de casa contra o Vôlei Brasil Kirin por 3 sets a 2.

“O Sada Cruzeiro é uma grande equipe e todos os times estão tentando ganhar deles. Sabemos que será um confronto difícil e temos que focar na evolução do nosso time. Estamos treinando bem para ter o melhor rendimento possível amanhã no jogo contra eles”, afirmou Nery Tambeiro.

Pelo lado do Sada Cruzeiro, o levantador e capitão William comentou sobre a boa fase do rival mineiro e falou que espera dificuldade para o duelo deste sábado.

“Eles estão jogando melhor agora. O Minas, além de ser um time de tradição, que é sempre complicado de se enfrentar, tem um grande técnico. O Nery é um cara que sabe trabalhar muito bem os jogadores que tem. Este ano talvez tenha demorado um pouco mais para encaixar as peças, mas nesses últimos jogos eles estão com um conjunto bem interessante. O cubano (Bisset) se adaptou bem na ponta e está dando um trabalho violento. Acho que vai ser o jogo mais difícil contra eles da temporada, temos que ficar atentos”, disse William.

 

 

Texto:  Toque de Bola, com informações complementares do site da Confederação Brasileira de Voleibol

Artes: Toque de Bola

Foto: JF Vôlei

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