Se você está começando a treinar ou já participa de corridas, sabe que a nutrição é primordial no rendimento e disposição antes e depois dos exercícios. O Toque de Bola conversou com personagens que completaram os três percursos disponíveis na Meia Maratona de Juiz de Fora no domingo, 14, que revelaram parte dos hábitos alimentares para suportarem os trajetos de uma forma ainda mais segura à própria saúde. Vencedor geral nos 21km, Jocemar Correa (Vidativa) passou pela famosa mudança de cardápios em busca de melhores resultados nas provas:
“Antigamente eu comia qualquer coisa, mas hoje vejo que a alimentação é essencial se você quiser melhorar. Passei a comer mais frutas, legumes e venho sentindo uma força maior, conseguindo superar muitas coisas”, revelou um dos favoritos ao título do 29ª Ranking. O corredor ainda contou o que consumiu no café da manhã do domingo, durante as últimas preparações para os 21km:
“Antes da prova comi um sanduíche natural, um pão, se tiver uma banana e maçã também pode comer. Estou evitando café, porque para quem não é acostumado, pode dar uma azia e interferir na disposição. Hoje tomei um suco de goiaba e suportei melhor o percurso. Fui bem até os 10km e senti um pouco no 14° a falta de alimentos, então acho que poderia ter comido ainda mais no sábado, uma batata doce, por exemplo. Mas o caminho é esse, melhorar a alimentação e realizar um treinamento com qualidade, para quem sabe conseguir não apenas vencer o Ranking, mas ir nas Olimpíadas e poder participar de corridas internacionais também, para mostrar a todos que Juiz de Fora possui muitos talentos nas corridas”, afirmou Jocemar.

Também campeão no evento, mas dos 10km, Edevaldo da Silva (Equipe Chacarense) concentrou a recomendação em um ponto: “Você tem que evitar refrigerantes, fritura. Em uma prova como essa tem que comer muito carboidrato. Não mudo tanto minha alimentação, mas tenho que comer alimentos repositores em carboidratos”, indicou.

Maçã com aveia e flocos, suco com ovo e “diminuição na rabada”
Aos 44 anos, o agente de correios, Hélio André Vargas (Correios/Mirian Caldassi) veio do Rio de Janeiro à Manchester Mineira para disputar a Meia Maratona de JF. Sem se preocupar tanto com o rendimento, quanto se importava há cerca de 13 anos em suas primeiras provas, Hélio sabe da importância de uma nutrição regrada por um profissional da área: “A alimentação influi muito. Hoje em dia, como não tenho mais essa regra, tomo minha cervejinha e vejo que isso faz uma diferença na performance. Orientado por um profissional, o rendimento é bem melhor porque o que você come te fortalece. Faz uma diferença enorme”.
Ao lembrar a rotina de treinamentos, Hélio recomendou seu café da manhã que antecedia os exercícios diários: “Quando estava mais em alta performance, tinha alimentação regrada com orientação de uma nutricionista. Comia uma maça picada com aveia e flocos e um copo de suco de laranja espremido na hora com clara de ovo. Esse era meu café da manhã antes dos treinos todos os dias. Agora não tenho mais regras, mas gosto de tomar uma xícara de café preto e comer um pãozinho com mel. Um padrão deve ser mantido”, avaliou.

Companheiro carioca, o aposentado Cosme Marques da Silva, de 64 anos, corre há 40 anos por gostar do esporte e para poder continuar comendo o que gosta: “Como de tudo. Apenas procuro diminuir um pouco as comidas mais gordurosas, como a rabada, mocotó, dobradinha. Apenas como menos. Antes de uma meia maratona, você tem que comer uma massa”, recomendou, lembrando de outro fator fundamental para a realização de uma boa prova: “O principal na corrida para mim é você dormir cedo par acordar disposto. Se você dormir tarde, acaba que acorda no ‘bagaço’ e não tem um bom rendimento”.
Para a caminhada
Há um ano no ambiente das corridas, a comerciante Roseli também optou pela diminuição de gordura no cardápio, priorizando seu bem estar, sem se importar com rendimento. A atleta completou os 3km da caminhada: “Tive que mudar um pouco a alimentação, não tem jeito. É diminuir as frituras e comer frutas, salada. Depois que você começa a correr em um mês já nota a diferença”.

Texto: Bruno Kaehler
Fotos: Toque de Bola
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