Imagine uma competição que tem o poder de definir toda a temporada de um atleta. Este é o tamanho do desafio de Danielly Vitória no Grand Slam de Taekwondo 2022. O torneio vale vaga na seleção brasileira e no mundial da modalidade, em Cancun, em outubro.
O evento promovido pela Confederação Brasileira de Taekwondo (CBTKD) será esta semana, entre os dias 17 e 20 de fevereiro, no Ginásio Paulo Sarasate, Fortaleza, capital do Ceará.
Na reta final de preparação, a Danielly Vitória conversou com o Toque de Bola sobre os treinos, as metas, os desafios de estrear no torneio na categoria adulto até 46 kg e a importância da torcida dos juiz-foranos por ela.
Para poucos
Não é todo atleta de taekwondo que participa do Grand Slam. Para estar em Fortaleza neste mês, todos tiveram que se classificar em outras competições. Danielly Vitória garantiu vaga por três caminhos diferentes.
“As regras são ser campeão do open regional, estar no pódio do campeonato brasileiro e também tem como classificar pelo ranking nacional. Eu consegui pelas três maneiras para falar a verdade. O Grand Slam só reúne os melhores atletas do Brasil, que tiveram uma boa temporada no ano anterior”, contou a lutadora que estreou na categoria adulto em 2021.
O torneio vale a vaga para a seleção brasileira de taekwondo em 2022 e para o campeonato oficial do ano, que neste ao será o Mundial. Por isso, é decisivo para as metas do atleta, como explica Danielly Vitória.
“É a mais importante, ela define a sua temporada para o ano inteiro. Se me classifico para o Mundial, então eu vou para competições internacionais e opens, visando a preparação para ele. Por isso que tudo vem a partir do Grand Slam”, explica a lutadora.
Veterana estreante
Não é a primeira vez de Danielly Vitória no Grand Slam, inclusive venceu na categoria até 44 kg em 2020. Só que a pandemia adiou as competições nacionais e internacionais, junto com todos planos da temporada.
Dois anos depois, ela está de volta. E não é que a competição marca uma primeira vez?
“Eu já disputei o Grand Slam várias vezes no cadete e no juvenil. Agora vai ser a minha primeira vez disputando na categoria adulto. Então, é legal essa questão de eu já ter disputado e vencido antes. É uma experiência, eu já sei como é a sensação. Mas agora um pouco diferente devido à mudança de categoria. E para mim também tem a questão de eu já ter assistido a essas mulheres lutarem quando eu era cadete e juvenil, e agora vou lutar com elas. É engraçado. Sem dúvidas eu me sinto muito preparada”, afirma.
Treinamento, foco e aprendizado
Como antecipou ao Toque de Bola, Danielly Vitória teve um breve período de folga entre o Natal e o Ano Novo. Desde então, é a agenda é dominada pela prática constante para estar pronta para encarar as adversárias no Grand Slam
“A preparação foi e está sendo muito intensa. Estamos na reta final agora. Todos que estão classificados para o Grand Slam estão focados. As equipes sempre têm um treinamento bem intenso e a minha não poderia ser diferente. Tivemos uma folga ali de Natal e de Ano Novo. Quando voltamos, chegamos a ter preparação de três a quatro treinos em um dia. Tivemos várias trocas de experiências, duplas, rounds, além do ensino, do aprendizado. Foi difícil, muito difícil, mas tudo por algo maior”, considera Dani.
A força da torcida de casa
Morando em São Caetano, interior de São Paulo, onde a equipe Two Brothers Team treina, a atleta aproveitou a entrevista para destacar que os laços com a cidade natal seguem firmes e fortes.
“Gostaria de agradecer imensamente ao Toque de Bola e a todos da minha cidade, Juiz de Fora, porque todos vem me acompanhando há muito tempo, desde o começo da minha carreira esportiva. E eu estar aqui hoje na categoria adulto, sem dúvidas para mim é muito significativo ter o apoio de Juiz de Fora, dessas pessoas que me acompanharam desde pequenininha. Eu não tenho palavras, de verdade, é muito significativo ter a torcida de todos. E conto com todo mundo torcendo porque vai ser top”, prevê.
Texto: Toque de Bola – Roberta Oliveira
Fotos: Danielly Vitória/Instagram