
Após viver dias de indefinição quanto ao local da partida contra a Caldense no domingo, dia 26, às 16h, pela décima rodada do Campeonato Mineiro, que marca o retorno da competição após mais de quatro meses de paralisação, o Tupynambás definiu como será sua logística.
A viagem rumo à penúltima e à última rodadas do Estadual será uma só, e começa já nesta quinta, dia 23. A delegação alvirrubra deixa Xerém, na Baixada Fluminense, no fim da tarde e passa a noite viajando até Poços de Caldas.
O protocolo de testes da Federação Mineira de Futebol (FMF) será cumprido pela manhã e a intenção é treinar à tarde na sexta, dia 24, e antes do meio-dia no sábado, dia 25.
Após o jogo contra a Caldense, o Tupynambás permanece no local, e segue na segunda, dia 27, para Varginha, para cumprir os testes e o isolamento para jogar na quarta, dia 29, contra o Boa Esporte.
‘Não era hora’

Segundo o vice-presidente do Baeta, Claudio Dias, tanto a indefinição quanto ao local do confronto do Leão do Poço Rico com a Veterana, além da logística complicada para cumprir as duas últimas rodadas do Estadual são sintomas de que a competição não deveria ser retomada agora. O dirigente voltou também a ressaltar o pouco tempo entre a decisão e a data de retorno, além das despesas altar geradas pela volta do Mineiro.
“Reforça a tese do Tupynambás de que o Campeonato Mineiro retornou sem um prazo suficiente. E em plena pandemia, com pico ascendente em Minas Gerais. O Baeta, além de todo prejuízo técnico que a competição sofreu, vai ter que arcar com custos que ele não tem para treinar a 120km de distância de Juiz de Fora, mandar o jogo a mais de 500km, tudo porque a Federação resolveu voltar com a competição em 16 dias. Como prevíamos, levamos dez dias para remontar o time e estamos há uma semana treinando. Tempo insuficiente para jogar “, avalia Dias.
Adeus competitividade

Além dos prazos curtos e da complicada logística de treinos e para jogar em Poços de Caldas, o Baeta ainda teve que lidar com a detecção de quatro jogadores (Ademilson, Léo Franco, Kaíke e Marlon) com covid-19, e o afastamento de mais um atleta (Gustavo).
Isso aumentou ainda mais os gastos do Tupynambás, mesmo contando com o apoio da parceria DSG Sports Group. Para Dias, é demais para a sequência de um campeonato que já está distorcido.
“Tivemos também o problema de quatro casos de coronavírus e mais um jogador afastado por proximidade com um deles. Então, ficamos cheios de problemas, sem recursos, sem ajuda da Federação. Só de exames, gastou-se R$ 300 por teste. E tivemos que refazê-los. Dobrou o preço. Tudo para jogar uma competição que vai privilegiar quem tem estrutura financeira melhor. Além de quem tem autorização para treinar. Tombense, Boa, Atlético, América e Cruzeiro estão treinando há dois meses. Vão jogar contra times que estão trabalhando há uma semana. Não há o mesmo grau de competitividade que existia”, considera Cláudio.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: divulgação DSG/Tupynambás; e Rise Up Mídia/Tupynambás