“Tá bom, meu bem?” Esta era a saudação tradicional do Ângela Maria, do Zezinho, o José de Paula Filho, que nos deixou aos 78 anos.
De onde conhecemos o Ângela? Da Juiz de Fora em que todos se viam mais, conversavam mais (acreditam que até tinha violão no barzinho de mão em mão naquela época?)
Era o Zezinho da tradicional Fios e Máquinas, loja da galeria Ítala entre as ruas Marechal Deodoro e Mister Moore. Amigo da minha mãe, dona Suhade (aliás, quem não é amigo da Dona Su nesta cidade?). Primeira referência.
Os irmãos cursando Engenharia, lá vamos nós ao ginásio do Sport. Tava lá o Ângela, puxando ou engrossando o coro da torcida da Engenharia.
Começamos a frequentar os estádios de futebol em Juiz de Fora, principalmente campo do Sport e do Tupi. Tava lá o Ângela, mais ativo ainda que nos jogos universitários. Puxava cada corinho ou refrão que hoje nem poderia ser repetido.
No Salles Oliveira parecia que estava em casa. Todos o conheciam. Era uma atração à parte.
E no carnaval – que conhecíamos mais dos desfiles da avenida Rio Branco na época – seu lugar também era de destaque e reconhecimento.
E sempre uma esbarrada na rua para o tradicional “tá bom, meu bem?”, e perguntava da mãe e dos meus irmãos que fizeram Engenharia, entravam nos DAs e DCEs dos tempos daquele ginásio da régua T e de outras ótimas recordações.
Zezinho, Ângela, arruma um refrão por aí pra gente dar uma sacudida nesta turma de hoje? Vamos dar uma bagunçada? As palavras não poderão ser as mesmas. Mas temos certeza que você saberá se virar.
Você foi muito mais que um torcedor símbolo do Tupi (ah, do nosso Fluminense também, é claro!) e que arrumava confusão. Era um grande personagem da nossa cidade e desde que adoeceu já estava fazendo muita falta.
Pra você um “nós é nós o resto é b…”. E onde estiver, fique bem meu bem.
Texto: Ivan Elias
Foto: divulgação Tupi
Década de 90, o ano era 1997, Módulo II do Mineiro, Ipiranga x Tupi em Manhuaçu, alugamos um Busão e partimos pra lá… quem estava presente? Nosso Querido Ângela Maria. Segundo a PM de lá, tinha uns 2.000 torcedores, ficamos num reservadinho para nós, tínhamos até uma pequena Charanga… porém com a Alegria e Vibração do Ângela, em quase o jogo inteiro, calamos a torcida deles.Foi DEMAIS!!!
O jogo terminou 1×1.
Descanse em Paz meu Amigo!
Texto que representa o que era o Angela Maria da alegria, do samba e do futebol. Uma figura marcante em nossa cidade…Descanse em paz.
Parabéns Ivan pela homenagem a um ilustre Juizforano.
Gostaria de deixar registrado aqui uma lembrança marcante que tenho dele, dentre várias. Foi na final do campeonato brasileiro de vôlei feminino no ginásio do Sport (acho que foi 1981), entre Minas x Fluminense (primeiro jogo). Ginásio super lotado, o Fluminense entra em quadra e o pô de arroz fez a quadra ficar branquinha. Chamaram o corpo de bombeiro para lavar toda a quadra e, enquanto isso, o samba comia solto na arquibancada. Derepente o Angela pula a grade, ajuda a secar a quadra, e dá um show sambando com o rodo com o pano de chão igual uma porta bandeira de escola de samba. Inesquecível momento e inesquecível “Angela Maria”. Que Deus te acolha e abençoe. Descanse em paz.
ÓTIMO.
Ótima crônica. Linda e justa homenagem 👏👏
Parabéns Ivan Elias, pelo texto…resumindo uma linda passagem que um grande personagem da nossa cidade. Fique bem meu bem, onde estiver.