Na última quarta, dia 10, a reunião do Conselho Deliberativo do Tupi que poderia começar a definir os rumos do clube em relação à denúncias de suposta má administração do presidente licenciado José Luís Mauler Junior, o Juninho, terminou sem encaminhar uma solução.
Os conselheiros presentes decidiram não abrir votação para impor possíveis sanções a Juninho por conta da afirmação de quem nem o Conselho, na pessoa do presidente Jarbas Cruz, nem o próprio acusado das irregularidades haviam sido notificados. Assim, foi pedido ao mandatário em exercício do Carijó, Eloísio Siqueira, o Tiquinho, que providenciasse o trâmite estatutário para que seja possível a contagem do prazo para que seja apresentada defesa em relaçao às supostas irregularidades. Esta notificação deve estar pronta nesta terça, dia 16, quando será encaminhada.
Em outubro
Mas, a reportagem do Toque teve acesso exclusivo a cópias documentos do clube (veja galeria abaixo) que mostram que as denúncias e notificação do Conselho já haviam sido feitas na segunda quinzena de outubro. A documentação também tem o pedido de Tiquinho para que Juninho seja imediatamente notificado pelo presidente do colegiado que tem a função decisória nestes casos no clube.
A primeira comunicação data do dia 18 de outubro, e há uma segunda no dia seguinte. No dia 25, há uma rubrica de ciência que seria de Jarbas Cruz. A partir deste momento, como pede o documento, Juninho deveria ter sido notificado. Desta maneira, o prazo estatutário para apresentação de defesa ao colegiado do clube, de 15 dias, já teria terminado na última semana.
Resposta
Em outra cópia de ofício à qual o Toque teve acesso exclusivo, do dia 28 de outubro, há uma resposta. Esta seria do presidente do Conselho ao ofício de Tiquinho, originalmente encaminhado nos dias 18 e 19, cuja qual ciência de Cruz teria se dado no dia 25 do mês anterior à reunião da última quarta.
Pela situação, o atual presidente em exercício está convencido de que a votação para possíveis sanções em relação a Juninho poderia ter sido realizada. “Ao contrário do que vem sendo falado, houve sim a notificação ao presidente licenciado através do presidente do Conselho. Na última reunião, o presidente licenciado teve toda possibilidade de apresentar sua defesa e seus argumentos em relação aos graves fatos de descumprimento do estatuto”, explica.
De qualquer maneira, o atual presidente do Tupi e sua diretoria vão seguir tentando a punição dos supostos desvios de conduta. “A maioria dos conselheiros presentes é favorável a aplicação de sanção ao presidente licenciado. A nova notificação formal está sendo encaminhada para que ele apresente, caso queira o seu recurso ao próprio Conselho. Os conselheiros já decidiram e esperamos que o presidente deste mesmo Conselho colabore para que possamos avançar”, deseja Tiquinho.
Demais envolvidos
A reportagem do Toque de Bola encaminhou questionamentos ao presidente do Conselho do Tupi, Jarbas Cruz, sobre a notificação, da qual teria tomado ciência em 25 de outubro e respondido três dias depois. A resposta foi: “tenho que ver”. O Portal continua à disposição do mesmo para mais esclarecimentos ou futuras manifestações.
Ao deixar a reunião da última quarta, Juninho já se manifestou sobre o que considera ser um processo “arbitrário e ilegal”. O presidente licenciado se diz inocente das acusações de má administração e considera estar sofrendo perseguição pelos atuais dirigentes do Tupi. O Toque também segue aberto a qualquer manifestação do presidente licenciado sobre este ou quaisquer outros temas referentes ao clube.
Confira as cópias de documentos às quais o Toque teve acesso:
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: Toque de Bola; e divulgação/Tupi FC