Conheça a promessa de Matias Barbosa que chamou a atenção do Fluminense

Apadrinhado por Fred, capitão e camisa 9 do Fluminense, o pequeno Rafinha, que completou 10 anos nesta segunda-feira, 11, é uma das novas joias da base tricolor. O menino de Matias Barbosa, revelado pelo treinador Diego Milioni no projeto Esporte Nota 10, atua como meio-campo, e segundo seu professor, tem perfil parecido com o de Douglas Costa, meia do Bayern de Munique e da Seleção Brasileira, tanto pela qualidade com a bola nos pés, quanto pela personalidade.

 Destaque

“Conheci o Rafinha em 2013 no projeto de futsal da cidade e ano passado começamos o projeto de futebol, mas não tinha uma categoria para a idade dele, só para meninos dois anos mais velhos. Mesmo assim, ele se destacou. No futsal ele já era unanimidade e no campo foi a mesma coisa. Eu trabalhei com muitos garotos, mas o Rafinha é diferente. Ele absorve muito bem todos os fundamentos do esporte, mesmo com pouca idade. Chuta muito bem, cabeceia, é habilidoso, bom marcador, e, apesar do pouco tamanho, é forte. Ele parece com o Douglas Costa, pelo ímpeto ofensivo e também pela personalidade forte”, conta Diego Milioni.

 

 Contato com o Flu

O menino chegou ao Fluminense graças à proximidade do irmão de Diego com o atacante Fred. Após ser aprovado, Rafinha inicia 2016 o período de treinos em Xerém duas vezes por semana a partir de fevereiro.

“Meu irmão tem uma relação muito próxima com o atacante Fred e o seu irmão de criação, e na semifinal da Copa do Brasil de 2015 ele ficou no camarote deles no Maracanã e mostrou alguns vídeos do Rafinha para o Barriga (irmão do Fred). O coordenador da base do Fluminense estava lá, viu o vídeo também e gostou. Após a partida o Fred também assistiu, e, na primeira oportunidade, o Rafinha estava indo a Xerém para treinar. Foram três sábados, um em outubro, um em novembro e um dezembro e ele foi aprovado”, explica Diego.

Rafinha e seu treinador, Diego Milioni
Rafinha e seu treinador, Diego Milioni

 

 Popular em Matias

Com a oportunidade em um dos grandes clubes do país, o menino Rafinha virou atração na cidade de Matias Barbosa, e também gerou um certo reboliço entre os colegas de treino: “Há muito ciúme por parte dos outros alunos. O Rafinha é um menino muito genioso, um aluno muito difícil. Não engole sapo e apanha muito nos treinos, mas continua indo para cima, jogando bola. Em Matias Barbosa algumas pessoas param para assistir o treino, param o menino na rua para falar com ele. Já está conhecido na cidade. Ele não demonstra deslumbramento com isso. Claro que fica feliz por treinar no Fluminense, ansiedade para estar lá, mas não expõe nada disso”, comenta o treinador.

 

 Vivendo um sonho

O pai de Rafinha, Rafael Vaz, trabalha como caminhoneiro e até já se aventurou pelo futebol, chegando a atuar na base do Tupi. Ele deposita muita esperança no filho, assim como a mãe, Maria José da Silva Cabral, que dá o suporte dentro de casa: ”Para ser sincera estamos muito felizes por ele. A bola é a vida dele e espero que ele seja muito feliz. Ele já faz planos para nos ajudar quando se tornar um jogador profissional e isso me emociona muito, porque é só um menino. Estamos vivendo um sonho. Cogitou-se dele morar com uma tia dele, que mora no Méier, mas eu só gostaria que ele fosse em último caso, porque quero ter meu filho perto de mim. Mas graças a Deus, e com a ajuda do Diego, estamos conseguindo conciliar a vida dele aqui em Matias e a realização desse sonho que é jogar futebol em um clube grande”, declarou Maria, emocionada.

 

 Rumo a Xerém

Em 2016, Rafinha deverá se apresentar duas vezes por semana em Xerém. Situação em que a família da promessa vai precisar de uma força: “Antes era uma vez no mês. A primeira vez fui eu que levei no meu carro”, conta Diego. completando: “Quando não pude ir, meu pai levou. O pai do Rafinha é caminhoneiro, mas já deixou claro que pelo menos uma vez na semana vai levá-lo até lá. A situação é complicada, mas vamos dando um jeito”, comenta.

Veja em vídeo amador o Rafinha em ação em um treino em Matias Barbosa

 

 

Texto: Guilherme Fernandes, estagiário do Toque de Bola, com supervisão de Ivan Elias

Fotos e vídeo: Diego Millioni

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