Alessandro Fadul assumiu a equipe da UFJF em meados de janeiro. De lá pra cá, a Federal atuou em nove partidas oficiais, sete pela Superliga e duas pela Copa Brasil, e dois amistosos realizados nos dias 11 e 12 de fevereiro. Ao todo, foram 11 jogos, com apenas quatro derrotas: duas para o Sada Cruzeiro, uma para Vôlei Brasil Kirin de Campinas e uma para Montes Claros, retrospecto que garantiria a equipe com tranquilidade na zona de classificação aos playoffs da principal competição do vôlei nacional, se estivesse no início.
Fadul estreou com vitória em confronto de mata-mata pela Copa Brasil contra Montes Claros, fora de casa, por 3 sets a 2. Em seguida, comandou a equipe pela primeira vez na Superliga e foi derrotado por 3 sets a 0 pelo Brasil Kirin, de Campinas. No primeiro jogo em casa, o treinador e seus atletas obtiveram uma heroica vitória sobre o Sesi no tie break.
Sequência de três derrotas seguidas e três vitórias consecutivas
Depois, dois jogos contra o Sada Cruzeiro. Um pela Copa Brasil e outro pela Superliga e derrota nas duas partidas: a primeira no tie break e a posterior por 3 sets a 1. Após perder dois confrontos, um jogo importante em casa contra Montes Claros, rival direto na briga pelos playoffs, e uma dura derrota por 3 sets a 0. A partir deste momento, porém, a sequência de vitórias começou: 3 sets a 1 sobre Voleisul em Novo Hamburgo e contra o Taubaté Funvic, em Juiz de Fora. Fechando a sequência, partida impecável sobre o São José, no interior de São Paulo.
Com a pausa para o Sul Americano e Carnaval, o time juizforano disputou dois amistosos contra o Unincor Três Corações, que disputa a Superliga B, para manter o ritmo e não perder a boa sequência de vitórias. Os comandados de Fadul venceram os dois jogos por 3 sets a 1 e agora só pensam no Ziober Maringá, adversário seguinte pela Superliga.
Classificação é o que importa
Fadul admite que a fase é muito boa, mas sabe que se a classificação para os playoffs não vier, de nada adiantará a boa sequência: “O trabalho está sendo bom, temos um ótimo aproveitamento nesse período e esperamos manter. Nosso objetivo é classificar, se não conseguirmos isso o nosso rendimento não vai valer de nada e irá cair no esquecimento. Temos duas rodadas para confirmar isso que estamos pretendendo. Agora é focar na partida contra Maringá, não dá para tirá-los da cabeça. Tem muita coisa pela frente, mas temos que pensar jogo a jogo, esquecer quem está na nossa frente e fazer o nosso melhor em cada partida, que com certeza no final o melhor virá para nós para coroar todo nosso esforço”, declarou, otimista.
Manius: “Com Fadul a equipe deu um salto de qualidade”
Experiente ponteiro da UFJF, Manius destacou os perfis diferentes de Fadul e Chiquita, ex-técnico da Federal, e que a mudança foi benéfica para o grupo: “Com a entrada do Fadul a equipe deu um salto de qualidade, voltou a jogar mais solta e os resultados mostram isso. Acho ele um grande um técnico. O Chiquita exigia bastante e acredito que por esse time ser, em sua maioria, formado por jogadores mais jovens, acabaram não se adaptando ao estilo dele, o que é um pecado. Ele é um treinador que, pelo menos da minha parte, tinha total confiança. A diretoria optou pela mudança e as coisas estão vindo de uma maneira natural, então é continuar daqui para frente buscando as vitórias”, analisou.
Texto: Guilherme Fernandes
Foto: Toque de Bola