Os seis clubes que seguem na disputa da Superliga B 2020 estão em compasso de espera.
Vôlei Futuro, Brasília, Anápolis Vôlei e Vila Nova contam as horas para jogar. JF Vôlei e Unimed/Aero aguardam as condições para que esta decisão seja tomada.
A pandemia da covid-19 afeta o calendário de jogos desde o início da competição em janeiro. Atualmente, eventos esportivos estão suspensos em várias cidades e Estados, por causa das medidas de restrição de circulação e incentivo ao distanciamento social.
O Toque de Bola entrou em contato com os clubes. Até o fechamento desta reportagem, Brasília Vôlei e Vila Nova não enviaram posicionamento. Se eles se manifestarem, o texto será atualizado.
Retomada das quartas de final
A CBV anunciou na sexta, dia 26, as datas e o local dos jogos das quartas de final entre Brasília Vôlei/Upis (DF) e Vôlei Futuro (SP).
Com o fim do prazo das medidas restritivas em Brasília, as partidas serão na quinta-feira, 1º de abril; sexta, dia 2 e, se necessário o terceiro jogo, será no sábado, 3. As duas equipes decidiram que os três jogos serão às 16h, no ginásio do Sesi Taguatinga, no DF.
O presidente do Vôlei Futuro, Luis Henrique Reis destacou que a pandemia afetou o campeonato. “A maioria das equipes está sem treinar há quase um mês e isso faz com que toda qualidade técnica e física se perca, além de aumentar o risco de lesão no retorno dos jogos. Esta questão influencia diretamente na qualidade do jogo, mas ainda temos a questão dos patrocinadores que cobram o investimento feito com suas expectativas”, disse.
Luiz Henrique Reis ressaltou que o objetivo agora é concluir o campeonato da melhor forma possível. “Hoje temos as quartas de finais marcadas, mas infelizmente toda preparação para este momento tão importante de longe será a adequada. Como não temos onde treinar, fazemos atividades no hotel onde a equipe está e estudamos o adversário com vídeos e estatísticas para contribuir nas ações dentro do jogo. Este e um momento muito importante para todas as equipes, falamos que o campeonato vale agora, pois todos ainda possuem condições para chegar na final, então vamos fazer o máximo dentro de quadra”.
O confronto goiano entre Vila Nova, sexto colocado na primeira fase, e Anápolis Vôlei, que ficou em terceiro começa na quarta, dia 31, em Goiânia. No dia 3 de abril está marcada a segunda partida, em Anápolis. Caso necessário, o terceiro embate será no dia 4, também no interior de Goiás.
Expectativa de retorno
O diretor do projeto Anápolis Vôlei, Dante Amaral, ressaltou a necessidade da pausa na competição.
“É um momento delicado e de muita atenção que estamos passando, temos que pensar no mundo em nossa volta que sofre por conta da pandemia de covid-19. Mas nossa equipe segue focada e pronta para esses próximos desafios já com o retorno dos jogos contra a equipe do Vila Nova-FC”, garante Amaral.
Respeitando o decreto
De acordo com Dante Amaral, os atletas respeitam o distanciamento determinado pelas autoridades. No entanto, ele tem uma estimativa de possibilidade de volta às atividades presenciais.
“Nossa equipe se encontra com os treinamentos parados por conta do decreto estadual. Nossa equipe segue realizando treinamento virtuais em casa temporariamente, sem atividades presenciais”, explica Dante.
Os semifinalistas: JF Vôlei e Unimed/Aero
Os primeiros classificados para a semifinal, JF Vôlei e Unimed/Aero aguardam a definição dos outros dois times para que a CBV e clubes decidam sobre a penúltima fase da Superliga B. A possibilidade de uma bolha em Saquarema, nos moldes da disputa da Superliga Feminina, não foi descartada.
Sem jogos e treinos presenciais, o treinador Marcão ressalta que o JF Vôlei considera que a gravidade da pandemia exige análise de vários aspectos antes de tomar uma decisão.
“É muito importante para a gente jogar, mas a gente tem que entender o momento que não é fácil, a piora que o pais está enfrentando, uma crise mundial, muita gente morrendo. Esperar, hoje, é a melhor solução. Não tem lugar nenhum para jogar e colocar os atletas para viajar o país inteiro na esperança de um jogo só, acredito que seria muito arriscado, muito perigoso. Todo mundo está sofrendo, não só a nossa equipe. A gente tem que ser muito inteligente e muito humano para tentar achar uma saída tanto para os atletas quanto para os projetos”, ressaltou.
Período de incerteza
O levantador do Unimed/Aero, Marlon, destacou que a união da equipe é o apoio enquanto durar o período de incerteza sobre sequência do torneio.
“Ainda esperamos dias melhores, esperamos as datas para os jogos que virão, de acordo com que tenho conhecimento, por orientações da CBV. Mas ainda sem perspectiva, o que nos deixa sem chão. Porém, a nossa equipe está muito unida neste momento, as nossas conquistas fora o resultado e sim a possibilidade de disputar esta vaga neste momento nos deixa muito confiantes, nos deixa de certa forma apreensivos, mas muito positivos de que tudo é possível”.
Texto: Toque de Bola – Roberta Oliveira com informações da CBV
Fotos: Tathy Serbêto Fotografia/Anápolis Vôlei; e JF Vôlei/Divulgação