Caros e caras, escrevo estas mal-traçadas sob o impacto direto da disputa da Supercopa do Brasil, entre Atlético-MG e Flamengo. Que maneira de começar de verdade a temporada do futebol brasileiro! Parabéns ao clube de Belo Horizonte pela conquista merecida!
E como foi bom de ver o jogo, suas alternâncias, os jogadores em campo, o trabalho dos treinadores. Enfim, gostei de quase tudo que vi na partida que, parece, caiu no gosto do torcedor comum também.
Claro, os pênaltis deram a dramaticidade final, a cereja no bolo de emoções da decisão que abre a disputa de taças nacionais. Mas, me permita, colocarei as cobranças de lado – com todo respeito, porque teve até torcedor passando mal nas arquibancadas da Arena Pantanal.
Que dure
Meu desejo é que todo jogo seja assim. Com dois times jogando bola, sem cair na pilha de bastidores e dirigentes – e, olha, estes tentaram avacalhar, né? – e, acima de tudo, buscando o ataque. Que isso dure o máximo possível por aqui.
Como é bom ver jogadores clássicos como Nacho Fernández e Arrascaeta pensarem a partida. Como é empolgante ver jovens como Guilherme Arana e João Gomes usando sua força e vigor a favor da construção de jogadas. Como e inacreditável ver a potência física de Hulk e Bruno Henrique. Poderia ficar aqui citando vários jogadores.
Trabalho sério
Nesta Supercopa do Brasil se enfrentaram, a meu ver, os melhores elencos aliados às melhores ideias de futebol do país. Que Turco Mohamed e Paulo Sousa possam fazer brotar as sementes que já plantaram no Atlético e no Flamengo. O argentino com um time que até jogada ensaiada de saída entre o goleiro e o volante tem, e o português com sua marcação dinâmica e variável para atrair o adversário até uma armadilha quase sempre mortal.
Mesmo com pouco mais de um mês no comando de ambos os clubes, já dá para notar que o trabalho é sério. Falta superar os cornetas e esse moedor de treinadores que é o futebol brasileiro. É só o começo, mas é bastante promissor. Que outros clubes entrem nesta onda. Já perdemos muito tempo com times jogando pelo meio a zero.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Foto: Pedro Souza/Atlético