Coelho e Galo ficaram no 0 a 0. Não teve gols, mas não faltaram reclamações no Independência na tarde deste domingo, 16, no clássico que tem 107 anos e é rivalidade mais antiga do Mineiro.
Por causa da melhor campanha, o Atlético joga por dois empates ou pela combinação de vitória e derrota pela mesma diferença de gols para ficar com 46º título na 15ª final consecutiva. O América precisava vencer para poder empatar no jogo de volta e levar o 17º caneco.
Com o empate, o Atlético pode empatar e o América precisa vencer para ficar com o título. O segundo jogo da decisão será no próximo sábado, 22, às 16h30, no Mineirão.
Travado e sem gol
A catimba no clássico começou antes da bola rolar. Coelho e Galo demoraram para divulgar as escalações, não querendo entregar ao adversário as mudanças para o jogo.
O América não contou com lateral esquerdo João Paulo, por contusão. E o Atlético deixou em casa Jair, Keno, Zaracho e Dylan
Quem esperava uma partida com criação de muitas chances e, talvez, muitos gols, se deparou com um jogo mais lento e travado das duas equipes.
Com algumas mudanças, incluindo Rever no meio campo, o Atlético entrou bem diferente em campo. A marcação alta do América queria impedir as ações do setor ofensivo do Galo da capital.
Mesmo assim, as principais chances no primeiro tempo foram do Atlético: chutes de longa distância de Hulk, Arana e Tche Tche. E o zero não saiu do placar.
Tensão e nada de gol
Cuca mudou o time no intervalo, colocando Allan no lugar de Réver e antes dos dez minutos, Eduardo Sacha entrou no lugar de Dodô.
Os americanos pediram pênalti em lance onde o goleiro Éverson acertou o zagueiro Anderson Luiz, mas a checagem do VAR não viu nada anormal.
Aos 27 minutos, em um lançamento longo, Allan segurou Ademir para evitar um contra-ataque e foi expulso. O volante era o último antes do goleiro.
Com um a menos, Cuca tirou Nacho, Savarino e colocou Hyoran e Franco para recompor a marcação. O América foi para cima, pressionou, mas não criou uma chance clara.
Na reta final, vários jogadores da defesa do Atlético levaram amarelo Guga, Júnior Alonso, Arana e Éverson. Os motivos variaram de reclamação à tradicional cera para fazer o relógio correr a favor do Galo.
Fim de jogo e reclamação
Depois de determinar acréscimos de sete minutos, o juiz Wanderson Alves de Souza deu mais um minuto por conta da cera atleticana. No entanto, ele encerrou a partida antes que o Atlético cobrasse uma falta no campo de ataque.
Vários jogadores do Atlético cercaram o árbitro para reclamar. Diego Tardelli aumentou a lista dos amarelados do Galo.
Estes foram os primeiros 90 minutos da decisão. No sábado, a torcida vai conhecer o campeão do Mineiro 2021.
Texto: Toque de Bola – Roberta Oliveira
Foto: FMF/Instagram; América/Instagram