Um treino marcado por muita cobrança da comissão técnica e entre os jogadores. Foi assim o coletivo apronto realizado na tarde desta quinta-feira, 18, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, palco da partida de sábado, 20, às 16h, contra o Oeste (SP), pela penúltima rodada da fase de classificação da Série C. Pelo que foi visto na atividade, o Tupi deve ter apenas duas modificações, já esperadas, em relação à equipe que perdeu para o Brasiliense na última rodada.
Após cumprir suspensão automática, Alex Travassos está de volta à lateral direita no lugar de Henrique, titular contra o Jacaré, mas que está suspenso após receber o terceiro cartão amarelo. George, que também não enfrentou o Brasiliense, é outro que retorna ao time principal. Assim, Léo Salino atuará mais adiantado, ajudando Glauber na armação de jogadas, função de Michel Cury na última partida. Nesta semana, Cury teve o seu contrato encerrado e o clube não demonstrou interesse em renová-lo faltando apenas dois jogos para o fim da temporada.
Coletivo nervoso
Antes do início da atividade, o técnico Antônio Carlos Roy conversou separadamente com a equipe titular. O bate-papo demorou cerca de dez minutos. Com a bola rolando, o treinador buscou orientar a equipe a todo momento. Em uma jogada ofensiva, Alex foi à linha de fundo e cruzou para Alexandro. Roy não perdoou ao ver a fácil defesa do goleiro. “Bate rasteiro que a bola toca no zagueiro e entra”, disse o treinador. “Se eu chuto, reclama, se cruzo, reclama também. Estava tentando acertar o Alexandro”, retrucou Alex. “Então tenta acertar mesmo. Não pode errar”, finalizou Roy.
Na segunda parte da atividade, Cassiano entrou no lugar de Fabinho, que apresentou dores na musculatura posterior da coxa, motivando preocupações ao treinador. Entretanto, segundo o Departamento Médico, Fabinho vai para o jogo. No tempo em que atuou entre os titulares, Cassiano se desentendeu com Glauber, que tentou orientar após o companheiro perder a bola: “Para a bola, Cassiano”. O atacante não gostou da reprimenda e os dois iniciaram discussão.
Para o treinador, esse clima de cobrança pode ser o que estava faltando ao Tupi. “Foi o que eu falei para eles ao final do coletivo. Disse que a gente vive um momento de pressão, em que a cobrança vem. Eles têm que ser inteligentes para aceitar uma cobrança do companheiro ou uma orientação. Talvez era isso que estava faltando, esse espírito de cobrar, de exigir do companheiro, mas de forma a ajudar”, explica.
Alex Travassos, o mais cobrado por Roy durante a atividade, também acredita que a cobrança é importante. “Time sem cobrança não chega ao objetivo. É para acertarmos nos treinos e chegarmos 100% nos jogos”, afirma. O lateral esquerdo Jean é outro que acredita que maior grau de exigência entre os atletas é positivo para o Tupi neste momento. “Foi o primeiro coletivo apronto que eu senti isso, que acontece pela situação que a gente está. O clima é mesmo de cobrança, de palavras mais ríspidas para que a gente possa conseguir o resultado positivo. Espero que surta um pouco de efeito e no sábado a gente possa vencer a equipe do Oeste”, analisa.
Texto: Thiago Stephan
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