A equipe do Vôlei UFJF perdeu, na noite desta quarta-feira, 5, para o Vôlei Brasil Kirin, na primeira partida em casa dos juizforanos pela Superliga Masculina de Vôlei 2014/15 . Os campineiros, superiores desde o início, fecharam o duelo em 3 sets a 0, parciais de 17/25, 19/25 e 20/25.
A rádio web do Toque de Bola transmitiu ao vivo a estreia da Federal, direto do Ginásio da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid). O treinador dos donos da casa, Chiquita, não gostou da atuação de seus comandados, enfatizando as críticas em uma estatística.
“Fomos agredidos do início ao final. No primeiro set, nosso side-out (virada de bola ou sequência de recepção do saque, passe e ataque) fez 17%, a recepção foi muito baixa e sobrevivemos de contra-ataques no fim, que melhorou um pouco. A partir do segundo set jogamos um pouco mais, só que ainda com o side-out muito baixo. Jogo desse nível é difícil, porque você precisa ter side-out e transição muito alta. Com uma variação como a de hoje, é muito difícil ganhar um set. O início determina o que a equipe vai apresentar no jogo e começamos muito mal. Não estamos nos comportando com o mínimo possível para um jogo dessa grandeza. Postura do time muito abaixo e podemos melhorar muito”, analisou Chiquita.
A UFJF iniciou o duelo em quadra com Rodrigo Ribeiro (levantador), Bergamo (oposto), Ialisson e Victor Hugo (centrais), Manius e Sérgio (ponteiros) e Tatinho (líbero). Também jogaram Gelli (levantador), Alemão (oposto), Guinter (central), Daivison e Batagim (ponteiros) – este último que, após entrar, ainda no primeiro set, foi destaque ao lado de Ialisson, e anotou 8 pontos, sendo o melhor nestes dados pelo lado da UFJF. O ponta pediu mais vontade e vibração da equipe após o jogo.
“Desde o primeiro jogo a gente melhorou demais. Acho que faltou um pouco de paciência, começamos mal e eles abriram muito e na Superliga é difícil de buscar. Se mantivermos um ritmo bom e com mais vibração, que junto da torcida dá um algo a mais, teremos mais sucesso. Eles têm uma equipe muito boa, estão entre os primeiros e temos que ter mais vontade e pegada, mas com o tempo vamos conseguir melhorar”, opinou o ponteiro.
André Heller elogia projeto e pede que torcedor acolha UFJF
Campeão olímpico com a seleção brasileira em Atenas-2004, André Heller se aposentou como jogador de vôlei, mas segue trabalho no Vôlei Brasil Kirin, agora como coordenador técnico. O ex-central concedeu entrevista exclusiva ao Toque de Bola depois da vitória sobre a UFJF, destacando, inicialmente, o desempenho dos campineiros.
“Foi um ótimo jogo, esperávamos mais dificuldades, mas o mérito da partida foi nossa preparação durante a semana. A UFJF tem uma equipe bastante competitiva, hoje não foi o melhor jogo deles, mas muito em função da apresentação do Brasil Kirin”, avaliou Heller.
Com larga experiência no vôlei e já tendo atuado em clubes do Brasil e da Itália, o ex-jogador destacou a iniciativa e continuidade do projeto juizforano, pedindo a presença pacífica do torcedor nos jogos na Faefid: “Torço muito para que as coisas daqui andem muito bem. Que a cidade e a Universidade acolham com muito carinho essa equipe, porque não é fácil manter um time de vôlei. Que o torcedor entenda quais são os reais objetivos do time, onde ele pode chegar e que lote esse ginásio. A única competição é feita pelos jogadores dentro da quadra, o torcedor tem que transformar esse ginásio em um caldeirão apoiando a equipe”, discursou Heller, que complementou garantindo que, ao lado do torcedor, a Federal tem muito a evoluir, podendo chegar aos playoffs, objetivo juizforano.
“Acho que o sonho tem que existir e ser transformado em meta. E para alcançar o objetivo, é necessário um plano de ação e com certeza todos estão trabalhando nisso. Não vou cometer injustiças de fazer um julgamento com apenas um jogo, afinal vencemos por 3 sets a 0 com razoável vantagem, mas tem um campeonato inteiro ainda e esse time com certeza irá evoluir e mostrar o que sabe”, finalizou.
Texto: Bruno Kaehler