
O fim de semana foi de festa para o técnico radicado em Juiz de Fora, Welington Fajardo. Com um empate em 0 a 0 com o Fast, no sábado, dia 27, no Estádio da Colina, o treinador pôde comemorar o título de campeão amazonense com o Manaus, equipe que comanda desde fevereiro deste ano.
Mas não há tempo para muita comemoração. Nos próximos dias, Fajardo se reúne com a diretoria do clube para definir seu futuro e o do time na Série D do Campeonato Brasileiro. O Manaus trem estreia marcada na competição para sábado, dia 4, às 16h, contra o Santa Cruz, em Macapá, no Amapá. “A princípio o contrato é até o fim da Série D. Mas, quando termina um campeonato desses, fecha um ciclo. Vamos sentar, fazer uma análise do trabalho, jogadores que a gente acha importante, contratações. Ainda não tivemos tempo de fazer nada disso”, explica Welington.
Em cima da hora

Por conta de um imbróglio provocado pelo Nacional, as partidas decisivas do Amazonense, que deveriam ser realizadas nos dias 13 e 20 de abril, acabaram adiadas. Assim, o fim do Estadual ficou a apenas uma semana da estreia do Manaus na Série D.
O atraso para disputar o título tirou dias do calendário que seriam usados para recarregar as baterias e planejar o futuro. “Não temos tempo nem para descanso. A Série D já começa imediatamente. Acabou ficando em cima, atropelado, pois não tivemos tempo de preparar nada pois o foco era a decisão do Amazonense. Agora, vamos sentar e definir o caminho a seguir”, diz Fajardo.
Vantagem sem oba-oba

Como entrou em vantagem para os jogos decisivos do Campeonato Amazonense, o Gavião do Norte nem precisou balançar a rede na segunda partida para soltar o grito de campeão. Na ida, no dia 24 de abril, o Manaus havia vencido o Fast por 2 a 0 e podia perder pela mesma diferença de gols que ainda assim se sagraria campeão.
Segundo Fajardo, o maior trabalho foi contar a empolgação de todos o clube entre a quarta e o sábado. “Foi uma trabalho muito difícil. Ganhamos o primeiro jogo por 2 a 0, e tivemos que redobrar as atenções para conter a euforia. Poderíamos perder o título para nós mesmos. Clima de oba-oba atrapalha sempre. Em minha experiência na bola, vi muitos exemplos de títulos escaparem assim”, conta.
Jogo tenso

Decisão com clássico é sinônimo de tensão, e o empate que deu o título ao Manaus não foi diferente. Dois jogadores do Fast foram expulsos e um do Gavião. Logo após, as chances apareceram para os campeões, mas o placar ficou em branco mesmo.
“Foi um jogo com expulsões por ser final, e o Fast precisar descontar o resultado. Muitas faltas. Nosso time suportou bem todo o jogo a pressão deles. Tivemos chances de fazer gols após as expulsões, mas não concluímos com eficiência”, avalia Welington.
No fim, o título e a manutenção da invencibilidade de Fajardo à frente do Manaus no Campeonato Amazonense. “Mantivemos essa sequência de 13 jogos invictos. Ficamos felizes de um trabalho finalizado com vitória. Um tricampeonato inédito para o Manaus. Ainda está todo mundo eufórico”, celebra o treinador.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: Janailton Falcão/Manaus FC