Brasil vence Polônia por 3 sets a 0 e segue líder na Liga Mundial de Vôlei

Rio de Janeiro, 4 de junho de 2011

A seleção brasileira não decepcionou os mais de 10 mil torcedores que lotaram o ginásio do Maracanãzinho, no Rio de Janeiro, e venceu em sua primeira partida em casa na Liga Mundial de Vôlei 2011. A equipe eneacampeã da competição bateu a Polônia por 3 sets a 0 (25/23, 26/24 e 25/20) na manhã deste SÁBADO (04.06) e garantiu sua permanência na liderança do Grupo A da competição. Brasileiros e poloneses voltarão a duelar no Rio de Janeiro neste DOMINGO (05.06), a partir das 10h, em partida que será transmitida ao vivo pela TV Globo.

Com três vitórias, todas sem perder sets, o Brasil é o primeiro colocado da chave, agora com nove pontos. Os vice-líderes são os Estados Unidos, com seis, seguidos pela Polônia, com três, e Porto Rico, com zero. As duas melhores equipes do grupo avançarão à Fase Final.

“Estamos felizes por conquistar três pontos, mas insatisfeitos, pois sabemos que temos muito mais a apresentar. Enfrentamos o alto bloqueio polonês mais do que deveríamos no primeiro set. O time estava um pouco ansioso e este fator, somado ao pouco tempo de preparação e à falta de ritmo, gerou a instabilidade, que foi a tônica da nossa equipe”, comenta o técnico Bernardinho, satisfeito com a oportunidade de enfrentar um rival forte como a Polônia logo na primeira fase da competição.

“Queremos chegar entre os oito finalistas e lutar pelo nosso décimo título. Por isso, é muito importante termos a oportunidades de enfrentar times de bloqueio pesado, como a Polônia. O Anastasi conhece muito bem as peças da nossa equipe e sabe como nos colocar em dificuldades”.

O líbero Serginho, um dos destaques da equipe com defesas impressionantes, seguiu a linha do treinador na avaliação sobre o desempenho da equipe.

“É sempre difícil jogar contra um time alto, mais ainda quando alguns fundamentos não funcionam, como aconteceu no início do jogo. A vitória foi importante, por somarmos três pontos, mas não apresentamos o voleibol que gostaríamos e que estamos acostumados”, completa.

Em manhã inspirada, o oposto Leandro Vissotto foi o principal destaque da partida, com 18 pontos. Pelo lado polonês, o ponteiro Kurek marcou 16 pontos.

O JOGO

O Brasil teve muitas dificuldades para superar o bloqueio polonês no início da partida. Foi neste fundamento, com Mozdzonek parando Rodrigão, que os europeus chegaram a ter 10/6 a seu favor. O Brasil aproveitou uma boa sequência de saques para chegar à igualdade no décimo ponto, mas logo permitiu nova ascensão dos poloneses, que chegaram a ter 19/14 à frente. No fim, Leandro Vissotto brilhou, empatando em 22/22, e Giba usou toda sua categoria para marcar os dois últimos pontos e dar a vitória ao Brasil, com 25/23.

Na segunda parcial, a Polônia também começou melhor. Os europeus chegaram ao primeiro tempo técnico com vantagem de 8/3. Aos poucos, o Brasil reduziu a diferença, até chegar ao empate, no 17º ponto. Pouco depois, aproveitando um erro de ataque do oposto Bartman, os brasileiros assumiram a liderança pela primeira vez no set, em 21/20. No final, Lucas bloqueou Mozdzonek no meio de rede para definir a vitória brasileira por 26/24.

Na terceira parcial, quem saiu na frente foi o Brasil. Depois e comandar o placar no início do set, a seleção abriu 10/6 aproveitando um erro do oposto polonês Bartman. Voltando a utilizar seu forte bloqueio, a Polônia se aproximou em 12/13. Retomando o ritmo inicial, o Brasil conseguiu se distanciar novamente antes de confirmar a vitória, com Giba explorando o bloqueio: 25/20.

EQUIPES

BRASIL – Bruno, Leandro Vissotto,Giba, João Paulo Bravo, Lucas e Rodrigão. Líbero – Serginho

Entraram – Marlon e Wallace

Técnico – Bernardinho

POLÔNIA – Zygadlo, Bartman, Kurek, Ruciak, Kosok e Mozdzonek. Líbero – Ignaczak

Entraram – Bakiewicz, Jarosz, Woicki e Nowakowski

Técnico – Andrea Anastasi

Outros jogos

Pela chave A, a mesma de Brasil e Polôia, os Estados Unidos derrotaram Porto Rico, em San Juan, na sexta, por 3 sets a 1 (24/26, 29/27, 25/17 e 25/17), com 20 pontos do oposto Stanley. As duas equipes voltarão a se encontrar neste sábado, às 21h30.

No Grupo B, também na sexta, a Rússia derrotou a Alemanha por 3 a 0 (29/27, 25/23 e 25/23), em Kaliningrad, com 17 pontos do oposto Mikhaylov. Neste sábado, o time voltam a jogar a partir das 12h. No mesmo horário, a Bulgária enfrentará o Japão em Varna.

Na chave C, os visitantes estão em vantagem na segunda semana. Jogando em Belgrado, a Finlândia bateu a Sérvia por 3 a 1 (25/27, 26/24, 25/20 e 27/25), com 26 pontos de Mikko Oivanen. Em Povoa de Varzim, o oposto Pereyra marcou 15 pontos na vitória da Argentina sobre Portugal. Os duelos se repetirão neste sábado.

Pela chave D, a Coreia do Sul aproveitou o mando de quadra e fez 3 a 1 (25/21, 24/26, 25/20 e 25/16) sobre a França, que teve no oposto Moreau o principal pontuador da partida, com 20 pontos. O duelo entre coreanos e franceses voltará a acontecer neste domingo, assim como a segunda partida entre Itália e Cuba, em Barletta.

MUNDIAL JUVENIL: Brasil conhece primeiros adversários

O Brasil conheceu neste SÁBADO (04.06), os primeiros adversários no Campeonato Mundial juvenil masculino, que será disputado no Rio de Janeiro, entre os dias 1º e 10 de agosto. O sorteio dos grupos foi realizado após a coletiva de imprensa da partida entre Brasil e Polônia pela segunda rodada da fase intercontinental da Liga Mundial. Atuais campeões mundiais da categoria, os brasileiros são os cabeças de chave do grupo A, composto também por Estados Unidos, Japão e Bulgária.

(A seleção brasileira juvenil fez três amistosos abertos ao público nos dias 27, 28 e 29 de maio, na UFJF, e venceu dois, diante da Argentina).

O grupo B será formado pelas seleções da Argentina, Tunísia, Porto Rico e Espanha. A chave C é composta pela Rússia, atual campeã européia, Índia, Egito e Alemanha. No grupo D, participam o Irã, Sérvia, Canadá e Bélgica.

O Brasil jogará a primeira fase no ginásio do Maracanãzinho, mesmo palco do grupo C. Já as partidas das chaves B e D serão realizadas no Complexo Esportivo Miécimo da Silva, em Campo Grande, Zona Oeste do Rio de Janeiro.

A cerimônia do sorteio dos grupos contou com a presença do belga Phillipe Berben, representante da FIVB e vice-presidente da Conferação Europeia de Volleyball (CEV); de Ary Graça, presidente da Confederação Sul-Americana de Voleibol (CSV) e da Confederação Brasileira de Voleibol (CBV); e a secretária municipal de esportes do Rio de Janeiro, Márcia Lins. Diversos veículos CE comunicação também estiveram presentes na cobertura do evento.

Técnico brasileiro prevê dificuldades

Treinador da seleção brasileira juvenil, Leonardo de Carvalho admite que o caminho da equipe rumo à final não será fácil. “Temos um grande desafio e uma vantagem pela frente. Jogar em casa, sem precisar nos adaptar ao clima, fuso horário e alimentação, vai ser de grande ajuda. O importante é concentrar e manter o foco, pois vamos enfrentar grandes adversários. O Japão é campeão asiático e os Estados Unidos, da Norceca. Além disso, a Bulgária é vice-campeã europeia”, analisou o técnico.

Representante da FIVB, Phillipe Berben destacou o know-how do Brasil em organizar competições internacionais. “A FIVB tem certeza que este será um dos melhores mundiais já realizados, pois o Brasil é o país do voleibol, e organizará um grande campeonato”, destacou Berben.

A secretária municipal de esportes, Márcia Lins, lembrou da importância da realização deste evento no Rio de Janeiro, cidade sede dos Jogos Olímpicos de 2016. “O Maracanãnzinho é a casa do vôlei brasileiro. Também há um significado forte em recebermos este mundial porque vamos contribuir com a qualidade do esporte no país”, comentou Márcia.

Está será a 16ª edição do Campeonato Mundial Juvenil Masculino. O evento retornará ao local da sua primeira edição. Em 1977, a cidade do Rio de Janeiro sediou a competição, vencida pela antiga URSS. O Brasil ficou com a medalha de bronze. Depois de 34 anos, o torneio terá a participação das 16 melhores seleções do mundo na categoria.

“O Brasil sempre esteve entre os primeiros lugares do pódio”, lembrou o presidente da CBV, Ary Graça. Os brasileiros têm quatro títulos mundiais da categoria (93, 01, 07 e 09), e são, ao lado da extinta URSS – campeã em 1977, 1981, 1985 e 1989 -, os maiores vencedores.

A tabela da competição foi definida no evento. Somente os horários dos jogos e que não foram fixados. A Confederação Brasileira de Voleibol irá esperar a definição da televisão que transmitirá a competição para definir todos os horários.

OS GRUPOS DO MUNDIAL

Grupo A – Brasil / Estados Unidos / Japão / Bulgária

Grupo B – Argentina / Tunísia / Porto Rico / Espanha

Grupo C – Rússia / Índia / Egito / Alemanha

Grupo D – Irã / Sérvia / Canadá / Bélgica

 

TABELA DA COMPETIÇÃO

01 de agosto de 2011

Grupo A

Brasil x Japão

Estados Unidos x Bulgária

Grupo B

Argentina x Porto Rico

Tunísia x Espanha

Grupo C

Rússia x Egito

Índia x Alemanha

Grupo D

Irã x Canadá

Sérvia x Bélgica

02 de agosto de 2011

Grupo A

Japão x Bulgária

Brasil x Estados Unidos

Grupo B

Porto Rico x Espanha

Argentina x Tunísia

Grupo C

Egito x Alemanha

Rússia x Índia

Grupo D

Canadá x Bélgica

Irã x Sérvia

3 de agosto de 2011

Grupo A

Estados Unidos x Japão

Bulgária x Brasil

Grupo B

Tunísia x Porto Rico

Espanha x Argentina

Grupo C

Índia x Egito

Alemanha x Rússia

Grupo D

Sérvia x Canadá

Bélgica x Irã

Textos: Assessoria de Comunicação – CBV | Idigo – Núcleo de Inteligência Digital

 

 

Deixe seu comentário