Rio de Janeiro (RJ), 23 de março de 2011
O futebol carioca viveu uma quarta-feira, 23, movimentada, com a roda-viva dos treinadores. O Botafogo confirmou Caio Júnior na vaga de Joel Santana. E o Fluminense anunciou que vai mesmo esperar por Abel Braga, e o presidente do clube, Peter Siemsen, criticou a “deselegância” na saída de Muricy.
O Botafogo agiu rápido e precisou de cerca de 24 horas para encontrar o substituto para Joel Santana. Trata-se de Caio Júnior, que estava no futebol árabe até alguns dias atrás e agora volta a trabalhar no Brasil via Rio de Janeiro.
A opção alvinegra é exatamente igual à do rival Flamengo em 2008. Na ocasião, o clube da Gávea fora eliminado na oitavas de finais da Libertadores da América pelo América, do México, e Joel Santana deixou o comando da equipe para assumir a seleção da África do Sul, como combinado já previamente. Na sequência viu o mesmo Caio Júnior ocupar sua vaga.
O último trabalho do novo treinador do clube de General Severiano foi no Al-Gharafa, do Catar, clube no qual atua o brasileiro Juninho Pernambucano, ídolo vascaíno. Tempo de contrato e possíveis valores devem ser revelados quando do anúncio oficial. O técnico ainda encontra-se no país árabe e deve desembarcar no Brasil na apróxima sexta-feira.
Joel Santana pediu para deixar o Botafogo na manhã de terça-feira, 22, alegando estar “magoado” com algumas situações, principalmente as constantes críticas da torcida, que no clássico de domingo contra o Vasco havia pegado muito em seu pé.
“Nome na história do clube”
Caio Jr assumiu seu posto no clube na tarde desta quarta, 23, e prometeu dedicação máxima para poder ficar marcado na história no time. “Estou muito feliz em voltar. A torcida pode ter certeza de que vou me doar ao máximo para conseguir escrever meu nome na história vitoriosa do clube”, declarou o treinador, que fará sua segunda passagem pelo futebol carioca.
Caio Jr, que estava no comando do Al-Gharafa, no Catar, não quis falar sobre o esquema tático que pretende adotar no Botafogo. O novo técnico disse que ainda precisa analisar o perfil de cada jogador para poder montar sua equipe. “Ainda preciso analisar os atletas, saber as condições físicas que eles apresentam e, aí sim, começar a montar o melhor esquema para levar o time às vitórias”, avaliou.
O treinador também fez questão de elogiar o uruguaio Loco Abreu, principal atacante do Botafogo nas últimas temporadas. “O Loco Abreu é um líder, um jogador com uma excelente força física. Gosto muito de trabalhar com jogadores com esse perfil”. A estreia de Caio Jr deverá ocorrer no dia 30 de março, na partida contra o Paraná, pela Copa do Brasil.
Flu explica “caso Kleina”
O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, explicou nesta quarta-feira, 23, o imbróglio em que se tornou a tentativa do clube em contratar o atual comandante da Ponte Preta, Gilson Kleina, e também confirmou, como já antecipou o blogueiro do ESPN.com.br e comentarista dos canais ESPN Paulo Vinícius Coelho que está tudo “muito bem encaminhado” com Abel Braga. (Na charge, os treinadores Dorival Júnior, do Atlético Mineiro, Renato Gaúcho, do Grêmio, e Gilson Kleina, da Ponte Preta).
Segundo o dirigente tricolor, foi o agente de Kleina quem procurou o clube das Laranajeiras primeiro. “Na verdade, quem nos telefonou foi o agente dele dizendo que ele estava se colocando à disposição do Fluminese. A partir daí observamos, avaliamos e decidimos ir atrás dele”, disse Siemsen ao canal SporTV.
O mandatário tricolor também explicou a gafe em que se tornou a história após o clube ter confirmado, via assessoria, para vários veículos de imprensa que Kleina já era o novo técnico, o que acabou não se confirmando depois.”Ele nos disse que já tinha até comprado as passagens, e nós nos sentimos confortáveis naquele momento para deixar vazar a informação. Depois deu no que deu”, segiu.
Siemsen revelou que a negociação com Kleina era na base da aposta, na qual o contrato que seria feito teria a duração de três meses. “Íamos fazer um contrato pelos campeonatos que estávamos disputando, Libertadores e Carioca. Ele era um pouco uma aposta mesmo, se ele se adaptaria bem ao Fluminense e se o Fluminense se adaptaria a ele.
Sobre Abel Braga, Siemsen cravou: “É a nossa vontade e [a negociação] está muito bem encaminhada.” O próprio treinador, como já dissera nos últimos dias ao ESPN.com.br, entrou ao vivo por telefone no programa e confirmou que está tudo apalavrado para assumir o Fluminense no final de maio, quando deixará o Al Jazeera.O presidente do Fluminense, Peter Siemsen, explicou nesta quarta-feira o imbróglio em que se tornou a tentativa do clube em contratar o atual comandante da Ponte Preta, Gilson Kleina, e também confirmou, como já antecipou o blogueiro do ESPN.com.br e comentarista dos canais ESPN Paulo Vinícius Coelho que está tudo “muito bem encaminhado” com Abel Braga.
Segundo o dirigente tricolor, foi o agente de Kleina quem procurou o clube das Laranjeiras primeiro. “Na verdade, quem nos telefonou foi o agente dele dizendo que ele estava se colocando à disposição do Fluminese. A partir daí observamos, avaliamos e decidimos ir atrás dele”, disse Siemsen ao canal SporTV.
O mandatário tricolor também explicou a gafe em que se tornou a história após o clube ter confirmado, via assessoria, para vários veículos de imprensa que Kleina já era o novo técnico, o que acabou não se confirmando depois.”Ele nos disse que já tinha até comprado as passagens, e nós nos sentimos confortáveis naquele momento para deixar vazar a informação. Depois deu no que deu”, segiu.
Siemsen revelou que a negociação com Kleina era na base da aposta, na qual o contrato que seria feito teria a duração de três meses. “Íamos fazer um contrato pelos campeonatos que estávamos disputando, Libertadores e Carioca. Ele era um pouco uma aposta mesmo, se ele se adaptaria bem ao Fluminense e se o Fluminense se adaptaria a ele.
Sobre Abel Braga, Siemsen cravou: “É a nossa vontade e [a negociação] está muito bem encaminhada.” O próprio treinador, como já dissera nos últimos dias ao ESPN.com.br, entrou ao vivo por telefone no programa e confirmou que está tudo apalavrado para assumir o Fluminense no final de maio, quando deixará o Al Jazeera.
Muricy deixou o Fluminense há dez dias, depois do empate sem gols no clássico com o Flamengo. Na saída, ele disse que não tinha condições de trabalho, como campo de treinamento adequado, e relatou até que existiam ratos nos vestiários das Laranjeiras.
“A forma que ele saiu não foi a ideal. É um dos maiores técnicos do Brasil, nos deu um título brasileiro, mas foi deselegante com a torcida e ofendeu o nosso grupo”, disparou Peter Siemsen, que até insinuou incoerência do treinador por defender o ex-vice de futebol, Alcides Antunes, apesar deste ser o responsável por gerenciar as Laranjeiras.
“Quando ele reclama da higiene, do pouco cuidado com o gramado, tem pouca consistência os elogios que ele fazia ao ex-vice de futebol, que era quem cuidava desta parte”, explicou o mandatário tricolor. “Ele foi muito aos jornais e à mídia bater nisso”, criticou o dirigente.
Questionado se contrataria hoje novamente Muricy Ramalho, Peter Siemsen foi categórico: “Pela maneira como ele saiu, hoje, pessoalmente, não o contrataria”.
Charge: publicada no blog do jornalista Juca Kfouri (www.uol.com.br/esportes)