“Hoje garanti a mãe de todas elas, a medalha olímpica, mas agora vou em busca de mudar a cor dela”. Foi com esta frase que a pugilista baiana radicada em Juiz de Fora, Beatriz Ferreira, comemorou nas redes sociais a chegada às semifinais da categoria até 60 kg das Olimpíadas de Tóquio.
Ela venceu nas quartas de final a uzbeque Raykhona Kodirova, por decisão unânime dos juízes por 5 a 0, na madrugada desta terça, 2.
Especialistas consideravam Bia Ferreira a “medalha mais garantida do Time Brasil”. Favorita ao ouro, ela terá pela frente na semifinal a finlandesa Mira Potkonen.
O duelo está programado para às 2h, horário de Brasília, de quinta-feira, 5. Potkonen teve uma vitória apertada contra a turca Ezra Yildiz por 3 a 2. As duas já se enfrentaram antes, e Bia venceu a última luta.
“A meta é ouvir o meu hino no alto do pódio”
A campeã mundial Bia Ferreira explicou que se divertiu na luta contra a pugilista uzbeque e que, com a medalha garantida, está perto de cumprir a meta pessoal: conquistar o primeiro ouro do boxe feminino do Brasil.
“Já consegui a mãe de todas, agora só falta mudar a cor dela. A meta é ouvir o meu hino no alto do pódio. Treinei muito e imaginei várias vezes estar aqui numa semifinal. É uma mistura de sensações. Estava concentrada na luta, mas também me divertindo”, disse a atleta, em depoimento ao Comitê Olímpico do Brasil (COB).
Nos últimos cinco anos, Bia Ferreira subiu no pódio em 29 das 30 competições que disputou. O boxe não tem disputa pelo bronze, por isso as semifinalistas já tem essa medalha como certa e lutam para chegar à decisão.
Texto: Toque de Bola – Roberta Oliveira com informações do COB, ge e Agência Brasil
Fotos: @wander_imagem/COB