
Pode-se dizer que a saída do técnico Felipe Surian do Tupynambás para o Joinville pegou todos no clube juiz-forano de surpresa, no contrapé. Isso porque, antes do final da derrota por 2 a 0 para o América, no sábado, dia 9, em Belo Horizonte, ninguém além do auxiliar Osmar Coelho – que seguiu como treinador para Santa Catarina – sabia da negociação, muito menos do acerto com os catarinenses.
Fontes ligadas à direção do Baeta afirmam que logo após a apito final do jogo contra o Coelho os dirigentes souberam, através da imprensa, do acerto de Surian com o Joinville e sua consequente saída do Tupynambás. Ainda segundo pessoas próximas à diretoria, ao final da partida, Surian foi confrontado com as informações e não teve como negar a transferência.
Clima tenso
Informações de bastidores também dão conta de que o clima ficou tenso no vestiário do Tupynambás após o vazamento da saída de Surian. Dirigentes do Baeta cobraram de maneira ríspida o treinador, que também reagiu. Somente após bate-boca Felipe chamou jogadores – alguns até mesmo já haviam deixado o Independência – e o restante da comissão técnica para anunciar sua saída.
Segundo as fontes ouvidas pelo Portal Toque de Bola, o clima no vestiário era de mal-estar, tensão e incredulidade no momento da despedida de Surian. De acordo com pessoas ligadas ao clube, o sentimento no Baeta é de que a direção foi traída pelo treinador, embora os diretores reconheçam que essa não é uma situação inédita no futebol brasileiro. Entre os dirigentes, segundo fontes, a sensação é de que, caso Felipe tivesse conversado abertamente sobre a proposta, tudo poderia ser conduzido de maneira mais tranquila, inclusive a contratação de seu sucessor.

Tempo curto
Em meio ao turbilhão de emoções, a diretoria trabalha com três nomes para substituir Surian no restante do Campeonato Mineiro. O clube tem mais dois jogos na fase de classificação: dia 17 de março, contra a Caldense, em Poços de Caldas; e dia 20 de março, contra o Atlético, em Juiz de Fora. Se avançar entre os oito melhores times do Estadual – atualmente é o quinto -, o Baeta joga as quartas de final em jogo único e só terá mais outras duas partidas se chegar à semifinal, fazendo jus a mais duas se avançar à finalíssima da competição. Após o torneio, o Tupynambás não tem mais calendário em 2019.
Por conta do pouco tempo de contrato e a dificuldade caso um treinador completamente alheio à situação do time juiz-forano assuma, todos os três nomes já conhecem o elenco, segundo as fontes consultadas. Mas, o principal problema é que os profissionais estão empregados. A solução ventilada é conseguir um treinador por empréstimo. Um outra possível saída, com chances remotas, seria alçar o preparador físico Luiz Carlos Caldiron ao cargo de treinador.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: Facebook Tupynambás FC e Patrocínio Photo Studio/Tupynambás FC