Nos bastidores: Pet, recorde, números, carnês e microfones

Pet veio a negócios e descartou possibilidade de deixar o Flamengo
Gilmar Estevam, treinador do América por quatro anos consecutivos

Juiz de Fora (MG), 19 de fevereiro de 2011 

A presença de Petkovic, a já tradicional “novela” para liberar a escalação do adversário, a presença maciça da imprensa de Teófilo Otoni e os segredos de um técnico há quatro anos no mesmo clube foram destaques nos bastidores de Tupi 1×1 América de Teófilo Otoni, neste sábado, 19, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio. 

Pet veio a Juiz de Fora para, segundo ele, “tratar de assuntos particulares e profissionais”. Com negócios na cidade, mostrou-se- informado sobre o Tupi, mas descartou qualquer possibilidade de vestir a camisa alvinegra no momento: “Tenho contrato com o Flamengo até o final do ano e pretendo encerrar a carreira no clube”, afirmou. (Wanderley Luxemburgo avisou no início de temporada que o sérvio não estava em seus planos). 

A imprensa de Teófilo Otoni, que marcou presença com quatro emissoras de rádio (Teófilo Otoni AM e Mucuri, 98 e Imigrantes FM) e uma de TV (Imigrantes), também conversou com o craque antes da partida sobre uma eventual transferência para o futebol mineiro. Com a fisionomia muito serena, Pet, educamente, refutou a ideia. 

A exemplo do que ocorreu com o Democrata, de Governador Valadares, no sábado, 12, a escalação do América custou a ser divulgada. A diferença, desta vez, foi a numeração da equipe visitante. O ex-Tupi Eládio, goleiro titular, vestiu a camisa 59. O ala direito Osvaldir jogou com a 20 e o atacante Chris, filho de Aílton, ex-jogador de Flamengo, Fluminense e Grêmio, entrou em campo com a camisa número 86. No banco, o atacante Geovane estava com a 80. 

Pouco antes da partida, o blog conversou com o treinador Gilmar Estevam, que é um recordista de permanência no atual futebol mineiro. Já está em seu quarto ano consecutivo como treinador do América, desde a terceira divisão do futebol estadual. “Os resultados ajudam, dependemos deles e felizmente estamos esse tempo todo no comando”, destacou Gilmar, que encerrou a carreira como jogador no Democrata, de Governador Valadares. 

Abordamos com ele a preocupação em chegar mais cedo a Juiz de Fora e até mesmo treinar no local da partida, o que o América fez na sexta, 18, à tarde. “Temos, sim, essa preocupação e agradeço a diretoria por se esforçar para antecipar a chegada da equipe e amenizar esse desgaste das longas viagens. Perdemos pelo menos um dia de trabalho no campo e procuramos compensar com alguns intervalos, na própria viagem, para caminhadas ou outro exercício orientado pelo nosso preparador físico”, revela. Para o jogo contra o Uberaba, por exemplo, a delegação saiu 7h da manhã para chegar ao destino por volta da meia-noite. 

Sobre a característica da equipe, de não se intimidar como visitante, Gilmar diz que explica aos jogadores a importância de não abrir mão de buscar os gols, dentro ou fora de casa. “O campeonato é muito equilibrado e se não der para vencer vamos perseguir o empate para pontuar”, afirmou, quase antevendo o que aconteceria minutos mais tarde, quando a equipe reagiu e empatou com o Tupi. 

Outro detalhe interessante dos bastidores do adversário do Tupi neste sábado, 19: o envolvimento do torcedor e atitudes tomadas pelo clube que boa parte dos juiz-foranos cobra dos dirigentes locais. É que o América, de Teófilo Otoni, lançou carnês para todas as partidas do clube em casa, e segundo Gilmar, todos os 3.500 carnês foram vendidos com antecedência. Assim, toda partida em Teófilo Otoni já é garantia de casa cheia… Com o bom início de campanha e a invencibilidade mantida em Juiz de Fora, o clima no América é de otimismo para a sequência do Estadual 

Texto: Ivan Elias

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