Apresentado! Paulo Campos: “quero levar o nome do Tupynambás a um patamar cada vez mais alto!”

Cláudio e Jorge Dias apresentaram Paulo Campos (dir)

  Se depender da empolgação e da disposição de Paulo Campos, o torcedor do Baeta pode se empolgar com a sequência no Campeonato Mineiro 2019. Contratado para estar à frente do time nas duas últimas rodadas da fase de classificação, e quem sabe comandar o Leão do Poço Rico nas fases seguintes do Estadual, o experiente técnico que tem currículo invejável foi apresentando oficialmente nesta quarta, dia 13.

  Campos chegou querendo aproveitar o período em sua volta à Princesa de Minas, e mais. “Vim para cá, primeiro porque já conhecia a cidade, segundo pelo agradecimento ao convite. Do presidente (Jorge Dias), do Cláudio (Dias, conselheiro do clube) e do Alberto Simão (ex-gerente executivo de futebol do Baeta), que foi quem me ligou. Tenho um compromisso no futuro? Tenho. Mas espero fazer esses dois jogos e chegar à próxima fase para levar o nome tanto do Tupynambás como da cidade de Juiz de Fora e seus torcedores a um patamar cada vez mais alto!”

Futuro promissor

Antes da coletiva, um papo com o grupo

  Segundo o presidente do Baeta, Jorge Dias, o time pode sonhar alto com Paulo no comando. “Nosso objetivo era não cair. Mas agora estamos brigando por objetivos maiores. Caiu do céu para nós o professor Paulo Campos, que já conhece a nossa cidade, e é um nome quase que incomparável no futebol brasileiro e no exterior. Onde chega é conhecido. Esperamos que, com a categoria dele, nosso Tupynambás continue caminhando para um futuro promissor”, deseja.

  Precedido por seu currículo, Campos teve que responder algumas perguntas no primeiro contato com seus novos comandados. “Os mais experientes já me conheciam. Os mais novos estavam meio atônitos, querendo saber: ‘como deve ter sido trabalhar com Zidane?’ Então foi um questionário. Se os jovens apresentarem maturidade e futebol, estarei satisfeito. Pois os mais experientes vão carregar. Seguindo todos nessa pegada, vamos ter um time forte”, acredita.

Clube lutador

“É uma alegria muito grande voltar à Juiz de Fora. Especialmente para um clube lutador. Estava na Terceira Divisão, lutou. Subiu para a Segunda, mais um pouco, e chegou à Primeira. O Tupynambás teve o objetivo de permanecer na Primeira Divisão de Minas, algo grande demais no país. E o clube agora pertence à ela. Mas quer mais.”

Só fera

“Quando trabalhei no Real Madrid, com  Zidane, Ronaldo, entre outros, era uma inteligência monstruosa dentro de campo. Também jogadores jovens que trabalhei aqui no Brasil. Seleção Brasileira. Thiago Silva era reserva no Fluminense. Vagner Love com 16 anos. Nossa Seleção de base campeã do mundo em Dubai. Felipe Melo, Adailton, Diego Souza. Diversos deles foram para a Europa e se tornaram grandes jogadores. Por que aqui os experientes não podem ajudar os mais jovens a conquistar o espaço?”

Trabalho

“Um trabalho que vai ser muito bonito. Simples, com pés no chão, mas quando terminar a competição, se Deus quiser vamos ver o Tupynambás em uma condição muito elevada. É o que espero. Esse é meu objetivo. Agradeço a Deus demais por tudo que ele me dá na vida e a essa oportunidade também.”

Cada vez melhor

“Voltei melhor do que antes. Mais experiente e com mais vontade. Fiz 62 anos, 42 como treinador profissional, em 12 países. É muita coisa. A cada ano me sinto melhor. E não é porque a gente tem problemas de saúde – tive câncer de pele no rosto, tive um infarto no ano passado e estou com uma costela fraturada – que vou deixar de agradecer. Inclusive por passar essas dificuldades. São desafios a serem superados, assim como tenho mais esse no Tupynambás. Vai ser um degrau maravilhoso que tenho que alcançar, junto com atletas, torcida e diretoria. Fazer com que a gente consiga levar o time para fase seguinte. O dia que eu sair, vou sair ainda melhor. Quando voltar no futuro, será ainda melhor. A vida é isso.”

Mesmo sistema?

“São desafios a cada momento. Futebol não é receita de bolo. Não se pode dizer que o sistema que eu usava naquela época vai ser o mesmo de agora. Depende muito das características dos jogadores, que são diferentes, embora tenham alguns que já jogaram comigo naquela época. Parece que o momento é igual, mas usaremos a experiência que tivemos. Embora os desafios sejam sempre novos.”

Equilibrar é preciso

“Minha filosofia é de equilíbrio. Não podemos defender esquecendo o ataque, nem atacar deixando de lado a retaguarda. Se isso acontecer, o torcedor vai notar e vir junto. Quero os jogadores alegres, com espírito, com raça e coração, para poder a torcida vibrando e empurrando. Espero um jogo dificílimo com a Caldense lá, claro, diante do Atlético em casa. Mas, já dei muita sorte contra grandes clubes, quem sabe a gente não repete a mesma coisa?”

Ademilson e Núbio Flávio

“São jogadores que respeito, amigos que fiz anos atrás. Vão poder me ajudar com o detalhe, uma conversa. O que eles sabem da minha maneira de ser, da minha característica. Quero que minha equipe tenha jogadores-treinadores dentro de campo. Que saibam como ajudar a nós, de fora, dentro de campo. Que comentem o jogo. Quando trabalhei nas grandes equipes, o entendimento dentro de campo, no gestual, em um simples olhar, era deles, jogadores. Nós de fora não podemos é atrapalhar.”

Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos

Fotos: Toque de Bola e Tupynambás FC

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