
Foi em clima bastante informal e descontraído a apresentação da equipe do JF Vôlei para a temporada 2018/2019 nesta quarta, dia 1º de agosto. Diretores, comissão técnica e atletas do time local se reuniram para, pela primeira vez, falarem sobre o novo elenco e as projeções para a temporada.
Pode-se dizer que, exceto os remanescentes na direção e coordenação do projeto e poucos em quadra, tudo será novo no JF Vôlei para o ano. A começar pelos jogadores: o time de Juiz de Fora terá base de atletas entre 20 e 21 anos, e nenhum deles passa dos 22.
Processo de formação
Além do atletas, quem também é novo é o técnico, Marcos Henrique do Nascimento, ou simplesmente Marcão. Analista de desempenho do JF Vôlei em 2017/2018, o agora comandante usou seus conhecimentos de dados para formar o atual elenco que comandará em competição a partir do início de setembro, quando está previsto o Campeonato Mineiro, e no grande desafio da temporada, a Superliga B, em janeiro.
Mas não foram só os números que contaram na hora de buscar os novos atletas para o JF Vôlei. “Temos no time um programa, o Data Vôlei, fantástico e com o qual trabalhei o ano passado como analista de desempenho. Pegamos nele todos os jogos da Superliga B para conhecermos a nossa nova realidade e ter um leque maior de contratações. Fomos buscar também, além dos números, o perfil de atletas aguerridos e batalhadores”, explica.

Mescla de origens
Segundo o diretor técnico do JF Vôlei, Maurício Bara, o novo elenco foi pensado para ter três subdivisões dentro dele. “Primeiro, aquele grupo de jovens muito bem avaliados pelo Marcos (Marcão). Ele montou um estudo muito profundo e uma lista de jogadores para que pudéssemos negociar. Daí vêm os que estão aqui pela primeira vez. Todos com características de buscar um lugar ao sol”, define o dirigente.
No novo elenco, foi reservado espaço para quem já conhece o projeto e os “prata da casa”. “Um segundo grupo mais identificado com a cidade, atletas como Athos e do Vítor. Como tinham trabalhado muito bem no ano passado, trouxemos eles de novo. Assim como o Tarik que fez a base no Bom Pastor, esteve conosco e voltou para Campinas. E a garotada, que vamos subir três. Mais três vão compor os treinamentos, o que já era uma intensão nossa há tempos”, detalha Bara.
Da base
Criado no Clube Bom Pastor, na parceria mantida com o JF Vôlei, o líbero Álvaro Gonçalves, aos 18 anos, vai ter uma grande chance na carreira. O local, que frequentava os jogos no Ginásio da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) e era boleiro, agora vai estar em quadra.

Gonçalves espera corresponder e poder passar para quem está chegando o que é o JF Vôlei. “Espero ganhar experiência, evoluir e ajudar o time. Na base, como era mais velho, a molecada sempre perguntava como eram os treinos e o projeto. Espero poder passar isso também para quem está chegando agora ao time”, deseja.
Remanescente e repatriado
Um dos dois atletas os que vão para seu segundo ano seguido no JF Vôlei, o líbero Athos, de 20 anos, projeto uma boa temporada. “Acho que vai ser um ano bom para nós de aprendizado e luta. Somos um dos times mais novos da Superliga B, então vai ser uma temporada de evolução. Quero ajudar e passar um pouco para esse grupo da experiência que tive treinado com atletas mais rodados no Sada e aqui no ano passado”, pretende.
Já o levantador Tarik, de 22 anos, é o mais velho, se é que se pode usar essa palavra, do elenco e foi repatriado pelo JF Vôlei depois de ser formado pelo Bom Pastor e ter passagem pelo Brasil Kirin, de Campinas, e o Monte Cristo, de Goiânia. “Saí muito novo, retornei, saí de novo e passei dois anos agora jogando a Superliga B. Quero ajudar os mais novos com toda a bagagem que conquistei. Passar para eles, mesmo sendo novo ainda também”, deseja.

Objetivos e oportunidade
Nas duas competições que certamente irá disputar nessa temporada – a diretoria ainda negocia uma possível participação no Campeonato Carioca – os objetivos do JF Vôlei são fazer um bom papel, mesmo que a principal competição ainda seja uma incógnita. “Entramos no Mineiro para brigar pelo terceiro lugar. Estarão jogando Minas, Sada/Cruzeiro, nós e Lavras, que é praticamente a equipe B do Cruzeiro, inclusive com muitos atletas que aqui estiveram. Então a disputa é essa, o objetivo. Na Superliga B, ainda não dá para prever. Mas, nesse primeiro momento, é ter uma equipe competitiva para jogar de igual para igual com todas”, deseja Bara.
Pela primeira vez à frente do time no início da temporada como técnico – Marcos Henrique já esteve à frente do JF Vôlei em dezembro do 2017 quando Henrique Furtado se ausentou –, o novo treinador destaca a chance que está tendo. “É uma grande alegria. Mesmo trabalhando com categoria de base e universitário, sempre gostei de comandar. Estava com saudade. Ano passado tive um grande aprendizado com o Henrique, assim como Paulão que trabalhei em Bento Gonçalves. Agradeço ao Maurício essa nova oportunidade e todo o suporte. Estou me sentindo um privilegiado”, define Nascimento.

Sem fechar
Mesmo com a apresentação do elenco desta querta, Bara garante que existe a possibilidade de contratações. “Até pelas nossa limitações, a característica seria próxima de ser um grupo jovem. Ainda estamos buscando um ou outro atleta mais experimentado para dar uma sustentação para a garotada”, revela.
Mas a chegada de algum jogador mais rodado não pode trazer prejuízo para o elenco em nenhum aspecto e depende de um aporte financeiro ainda inexistente. “Tem que ser muito acertada essa contratação. Já tivemos atletas experientes que atrapalharam grupos jovens nossos. Tem que ser a dedo. Apesar de o grupo estar aí com 14 ou 15 atletas, ainda temos espaço para mais três, quatro contratações, caso haja possibilidade. Atualmente não temos, mas caso surja um patrocinador novo, por exemplo”, explica.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: Toque de Bola
Arte: Reprodução JF Vôlei