Um pensamento não sai da cabeça da boxeadora baiana radicada em Juiz de Fora, Beatriz Ferreira: em 2024, mudar a cor da medalha olímpica que conquistou este ano.
Prata nos Jogos Olímpicos de Tóqui, na categoria até 60kg do boxe feminino, Bia agora quer mais. Mesmo reconhecendo que 2021 foi um ano fantástico em sua carreira e para o boxe feminino brasileiro, o grande objetivo de vice-campeã olpimpica é subir ao alto do pódio em Paris 2024.
“Tremendo, incrível”
Relembrando a temporada, o destaque, claro, fica para a participação na Olimpíada disputada no Japão. Bia não só traz fresca na memória a disputa dos Jogos, mas usa os momentos vividos como inspiração.
“Um ano tremendo, incrível mesmo. Muito esperado, por conta da pandemia, tínhamos muitas expectativas pelas competições, principalmente a Olimpíada. Foi um ano de muita alegria, momentos especiais, de gratificação, de reconhecimento. Tóquio foi para mim o maior evento até aqui na carreira. Valeu muito, valeu à pena tudo que passei para chegar aos Jogos Olímpicos. Foi um momento mágico. Sempre eu estou lembrando daquele momento, me pego sorrindo. Por vezes estou com alguma dificuldade, relembro aquele momento, o quanto eu estava feliz e o quanto vale à pena para poder sentir aquilo de novo. Certamente dá sempre um gás a mais”, considera a boxeadora.
Além de Tóquio
Bia também destaca outra competição importante na temporada, onde foi eleita a melhor atleta do torneio. Para a campeã dos ringues, os resultados mostram que o topo do pódio olímpico está ao alcance.
“Logo após Tóquio teve o Mundial Militar. Fui campeã e eleita a melhor atleta do evento. Fiquei muito feliz. Não consegui a medalha de ouro em Tóquio, mas consegui várias outras medalhas, de ouro, em outros campeonatos. Na Olimpíada veio a prata que também é linda. O topo do pódio não veio, mas tenho capacidade. Vamos correr atrás que vem. É só treinar e se dedicar pra isso que vem”, acredita.
Mudar a cor
Falando sobre o futuro, a meta é clara. Imediatamente, Bia quer aproveitar o espaço conquistado em Tóquio para brilhar mais. “Agora é dedicação para mudar a cor da medalha. A expectativa para 2022 é alta. A gente está feliz que está fazendo o trabalho certo. É aproveitar essa visibilidade que os Jogos Olímpicos e o boxe deram e conquistar mais coisas. Logicamente, os investimentos, automaticamente, vão acontecendo. Então, é aproveitar o máximo, com inteligência e sabedoria”, pretende.
Embora não descarte novos planos, a ideia de Beatriz é permanecer no boxe olímpico pelo menos mais este ciclo. “Não sei ainda como vai ser o futuro. Mas a princípio, continuarei no boxe olímpico. Com foco até Paris. Tá chegando, tá perto. Por que não ir mais experiente, mais fria? Tentarei sim. Esse é o meu plano. Tudo pode acontecer e estou aberta a outras propostas, mas a intenção é ir para os Jogos de 2024, junto com essa nação imensa aqui. Para a gente conseguir trocar essa medalha.”
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: divulgação/COB; e Instragram/Bia Ferreira