Adil e Nascif analisam revés e contratações no Tupi

  As expressões de abatimento tomaram conta do elenco, comissão técnica e diretoria do Tupi no domingo, dia 16, após o castigo no fim do confronto com o Guarani de Divinópolis.

   A derrota sofrida com gol aos 49 do segundo tempo caiu como um balde de água fria em todos, já que a expectativa era uma vitória na estreia em casa em 2020, depois do empate em Pouso Alegre na rodada inicial do Módulo 2 do Campeonato Mineiro. Após o jogo o treinador do Carijó, Alex Nascif, e o vice-presidente de futebol, Adil Pimenta, analisaram o revés e o momento do time alvinegro.

Análise do jogo

Alex Nascif não gostou do que viu no domingo

  De acordo com Nascif, o time não conseguiu executar o que foi treinado. Para ele, também falou sobre a inexperiência dos atletas.

  “Não conseguimos botar em prática nem 10% do que a gente vem trabalhando e eu acho que isso é muito por conta da ansiedade dos jogadores. Muitos deles nunca tiveram nenhum jogo profissional. A ansiedade gera uma pressão muito grande nos atletas, e acabou que nós não conseguimos colocar em prática os comportamentos táticos que o jogo pediu”, disse Nascif.

Faltou lastro

  Adotando o mesmo tom, Adil se disse chateado com a derrota e elencou razões para que o Tupi ainda não tenha atingido o desempenho esperado.

  “A gente fica muito chateado por ser o início de um trabalho que está sendo feito com muita dificuldade e que começou tarde, devido a uma série de fatores. A equipe se comportou bem em Pouso Alegre, e a perspectiva era até melhor para a segunda rodada. Mas ficamos abaixo do que esperávamos. Entendemos o torcedor, que deu um voto de confiança e veio ao Estádio. Temos uma equipe muito jovem, com atletas que não têm um lastro de competição. Em um momento como esse, quanto menos falar, melhor”, analisou Pimenta.

Contratações

Adil Pimenta falou sobre contratações

  Questionado sobre a necessidade das contratações, Nascif preferiu não falar sobre posições carentes no elenco. “Essa pergunta já me foi feita uma vez e eu não vou falar sobre posições. Todo mundo, internamente, quer trabalhar isso. Nós sabemos as posições que são carentes no elenco e a gente vai trabalhar. Já sabemos tudo isso desde a primeira semana da pré-temporada”, confessou.

  Responsável pelo setor do futebol, Adil pregou cautela na hora de planejar as negociações. “Temos que ter muita cautela. A receita do clube é pequena, as dificuldades financeiras são enormes. Não podemos fazer loucuras e não vamos fazer loucuras. Sabemos que temos carências em algumas posições, precisamos trazer alguns jogadores, mas temos que ter cuidado. Podemos inscrever apenas 30 jogadores, o que demanda uma cautela ainda maior”, disse o dirigente. 

Muito carijós fazem primeiros jogos profissionais

Time de jovens

  Nascif e Pimenta falaram muito sobre a inexperiência de muitos jogadores do elenco, que tem, do regulamento, uma influência muito grande. No Módulo II, apenas sete dos 30 jogadores inscritos podem ter mais de 24 anos.

  “Falta experiência de saber o que fazer nesse momento. Está sendo a primeira vez deles. Tenho certeza que daqui a dois ou três anos eles vão lembrar do que aprenderam aqui. Não podemos culpar esses garotos. Chegar no profissional e ter que trabalhar técnica, físico e componentes que os meninos não aprenderam nas categorias de base fica muito difícil para o treinador. Não tem como resolver oito anos de formação em apenas um mês”, finalizou Alex.

Sequência

  O Tupi encara o Serranense neste sábado, dia 22, às 16h, em Nova Serrana. No jogo, válido pela terceira rodada do Módulo II, o Carijó busca a primeira vitória na competição.

Texto: Toque de Bola – Pedro Sarmento

Fotos: Toque de Bola

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