Palmeiras e Santos entraram em campo neste domingo (09), às 16h, em Santos, pelo Campeonato Brasileiro, para realizar mais um grande duelo na história dos dois clubes. Nos últimos sete confrontos, o Verdão havia vencido cinco, e os outros dois, deram empate. A superioridade alviverde nos últimos anos foi um combustível a mais para a equipe comandada por Luiz Felipe Scolari.
Apesar de chegar confiante, o time palmeirense teve importantes desfalques para o clássico. No total, foram seis ausências: o goleiro Marcos, poupado, o lateral-direito Cicinho, que se recupera de uma torção no tornozelo direito, o atacante Kleber, que se recupera de uma tendinite no joelho esquerdo, o volante João Vítor, com uma lesão no joelho esquerdo, o atacante Luan, suspenso pelo terceiro cartão amarelo, e o meia Valdivia, na seleção chilena.
A tarde não foi boa para o Verdão. Com poucas oportunidades, o time palestrino voltou com uma derrota para São Paulo.
Um tempo nublado, feio e chuvoso. Essa foi a imagem que os torcedores palestrinos presenciaram na cidade de Santos. Um clássico regado a chuva e muitos desfalques, mas que não impediria a realização de uma grande partida de futebol. O Palmeiras todo de verde e o Santos inteiro de branco.
E logo aos 3min, o time santista assustou a zaga palmeirense. Após cruzamento na área, o zagueiro Durval cabeceou e a bola passou raspando na trave direita do goleiro Deola. Quatro minutos depois, foi a vez do Palmeiras tirar o ar dos santistas. Marcos Assunção cobrou falta e levou perigo ao gol do Santos.
E pararia por aí? Não. Marcos Assunção, aos 10min, em outra cobrança de falta, resolveu arriscar direto para a meta do goleiro Rafael. A bola foi perigosa, mas não entrou. Os minutos iniciais do clássico correspondiam às expectativas dos torcedores que assistiam ao jogo. Um começo elétrico e uma divisão de forças no gramado da Vila Belmiro.
As jogadas do Verdão tinham força pelo lado esquerdo do ataque. O lateral Gabriel Silva buscava jogadas de linha de fundo e lançava a bola na área, porém sem eficiência. Uma eficiência que não aparecia em ambas as equipes. Um jogo truncado que parecia ter como destino um sofrível empate, pelo menos na primeira etapa.
Talvez o gramado molhado, ou o frio que fazia em Santos, prejudicava o rendimento de Palmeiras e Santos. Um duelo que seria decidido nos pequenos detalhes, assim como todo grande confronto. Aos 38min, a zaga palmeirense deu um vacilo, mas conseguiu se recuperar e não sofreu nenhum prejuízo.
Aos 44min, Maikon Leite perdeu a melhor oportunidade do Palmeiras nos primeiros 45 minutos de jogo. O atacante avançou pelo lado direito do ataque e arriscou direto para o gol. Se o camisa 7 tivesse cruzado para o meio da área, talvez as chances de abrir o placar seriam maiores. Não foi dessa vez. Um minuto depois, o time praiano acertou a trave de Deola.
E não tinha tempo para mais nada. Quando o relógio marcou 47min, o árbitro Guilherme Ceretta de Lima pôs fim ao primeiro tempo. As equipes seguiram para o vestiário.
Os times voltaram iguais para o segundo tempo. Iguais na escalação e idênticos na maneira de jogar, pelo menos no início da etapa final. Os dez primeiros minutos foram perdidos. Nenhuma oportunidade foi criada para a abertura do placar. E logo aos 11min, a primeira alteração do Palmeiras, o atacante Maikon Leite saiu e Ricardo Bueno entrou.
As boas chances não marcavam presença no clássico. Uma ou outra acontecia, mas nada que tirasse suspiros dos torcedores. Cada vez com mais cara de empate, o jogo entre Santos e Palmeiras trouxe poucas emoções. Aos 19min, um lance perigoso, mas contra o Verdão. O zagueiro Durval fez o goleiro Deola trabalhar após cabecear a bola para baixo. Que perigo.
A equipe palestrina perdeu força no segundo tempo e apenas bloqueava os ataques do time santista. Jogando fora de casa, o Palmeiras tentava administrar o resultado. Aos 25min, Pedro Carmona deixou o gramado para a entrada de Patrik. Saia um meia e entrava outro.
O ataque palmeirense estava sem forças. Os atacantes não conseguiam chegar na área do Santos e não levavam perigo ao goleiro Rafael. E o castigo viria aos 29min. Léo avançou pelo lado direito da defesa palestrina e cruzou para Borges abrir o placar. 1 a 0 para o Santos na Vila Belmiro.
Após o gol santista, Felipão mexeu novamente na equipe do Palmeiras. Márcio Araújo deu lugar para o lateral Paulo Henrique. Quando o relógio chegou aos 36min, Fernandão fez boa jogada individual e encheu o pé para a grande defesa do goleiro santista. Quase o Verdão chegou ao empate em Santos.
Chegamos aos 40min e nada parecia mudar para o lado alviverde. O resultado se encaminhava para a vitória do Santos e mais um jogo ruim faria parte da campanha palmeirense no Campeonato Brasileiro.
Não teve jeito. Aos 47min, o clássico foi encerrado. A próxima partida do Palmeiras será quarta-feira (12), no Rio de Janeiro, às 21h50, contra o Flamengo pela 29ª rodada do Campeonato Brasileiro.
FICHA TÉCNICA
SANTOS 1 x 0 PALMEIRAS
Local: Estádio Vila Belmiro, em Santos (SP)
Data: 9 de outubro de 2011, domingo
Árbitro: Guilherme Ceretta de Lima (SP)
Assistentes: Marcelo Carvalho Van Gasse (Fifa-SP) e Danilo Ricardo Simon Manis (SP)
Renda: R$ 177.340,00
Público: 7.373 pagantes
Cartões amarelos: Ibson (Santos); Pedro Carmona (Palmeiras)
Gol: SANTOS: Borges, aos 29 minutos do segundo tempo
SANTOS: Rafael; Crystian, Bruno Rodrigo, Durval e Léo; Adriano, Henrique, Danilo e Ibson (Bruno Aguiar); Alan Kardec e Borges (Renteria). Técnico: Muricy Ramalho
PALMEIRAS: Deola; Maurício Ramos, Henrique e Thiago Heleno; Márcio Araújo (Paulo Henrique), Chico, Marcos Assunção, Pedro Carmona (Patrik) e Gabriel Silva; Maikon Leite (Ricardo Bueno) e Fernandão. Técnico: Luiz Felipe Scolari
Texto: site oficial do Palmeiras