A jornada do Tupynambás na série D em 2020 terminou neste domingo, 13, em Aparecida de Goiânia. O Baeta foi dominado e goleado por 4 a 0 pela Aparecidense, no Estádio Annibal Batista de Toledo.
Depois do empate arrancado na reta final em Juiz de Fora, uma vitória simples era o resultado buscado pelos dois times. No entanto, o time juiz-forano levou um gol logo no início e, em nenhum momento, teve o controle da partida.
Com o resultado, a Aparecidense enfrentará o São Luiz (RS), que fez 2 a 0 na Cabofriense. O primeiro confronto terminou empatado em 1 a 1 em Cabo Frio, na semana passada.
Em desvantagem muito cedo
O Tupynambás começou o jogo com uma postura mais fechada na defesa, em busca de brechas para descer ao ataque.
A Aparecidense não se importou em ficar com a bola e controlar o jogo, usando a velocidade dos jogadores de ataque e as linhas avançadas pressionando os visitantes.
Na primeira iniciativa que o Baeta tomou, Negueba recuperou a bola, virou o Uederson, que estava livre pela esquerda e deu de primeira para o meio, onde Albano dominou, cortou a defesa e chutou.
Alex Henrique venceu o goleiro Artur e marcou o nono gol dele na Série D. Aparecidense na frente com pouco mais de 6 minutos do primeiro tempo.
Pressão
Com a vantagem, o Tupynambás não conseguiu passar da intermediária da Aparecidense. Os donos da casa começaram a criar chances: em uma jogada ensaiada, em um escanteio cobrado rasteiro, Uederson chutou para fora.
No lance seguinte, em erro de passe do Baeta, o chute de Negueba passou à direita do gol de Artur.
Após o gol, o primeiro lance de ameaça do ataque do Tupynambás foi aos 11 minutos, quando a cobrança de falta parou na barreira, no bate-e-rebate, conseguiu um escanteio pela direita, mas a defesa goiana afastou.
Paulo Vítor recuperou e iniciou nova jogada, que sobrou para Marcos Alemão, que arriscou de longe, mas a bola subiu e não passou perto do gol de Tony.
A Aparecidense permaneceu com o controle do jogo, conseguia o rebote sempre que a defesa do Baeta e seguiu tentando ampliar o placar, sem conseguir.
O Tupynambás teve uma chance não muito ameaçadora quando Marcos Alemão cabeceou, após a cobrança de um escanteio que foi defendida com tranquilidade pelo goleiro Tony.
Sem artilheiro, mas com gol
O ritmo intenso do início do jogo caiu por volta dos 20 minutos. E teve uma má notícia para a Aparecidense. Ao participar de um lance de ataque que Rayro concluiu por fora, Alex Henrique sentiu uma contusão e foi substituído por Édipo aos 22 minutos.
O Baeta tentou descer ao ataque e o Aparecidense aproveitava os espaços deixados para ameaçar o goleiro Artur. Albano tentou primeiro, mas a bola foi para fora.
Em seguida, Arthur defendeu chute de Negueba e também a finalização de Édipo, que aproveitou o rebote. Mas, se entrasse, não valeria, porque foi marcado impedimento.
No entanto, aos 28 minutos, Nunes cometeu uma falta em Rayro, pela esquerda. O juiz deu vantagem porque a bola seguiu com a Aparecidense. Na troca de passes entre Uederson e Édipo, a bola chegou a Negueba pela direita. Ele jogou na área. Adriano Lucas tentou afastar, mas acertou as costas de Guilherme. Albano se aproveitou, tirou do goleiro Artur e ampliou para Aparecidense.
Faltas e bola “pra arquibancada”
Os jogadores da Aparecidense não tiveram vergonha em fazer faltas táticas ou dar bicão isolando a bola na arquibancada vazia do Estádio Annibal Batista de Toledo.
Uma exceção surgiu após uma falta de Negueba em Adriano Rafael. Na cobrança, Coquinho tirou da barreira, a bola desviou e saiu rente à trave esquerda do gol de Tony.
Após a cobrança de escanteio, no bate e rebate, a bola sobrou para Fabinho Alves que finalizou a queima-roupa. Tony defendeu a melhor chance criada pelo time até então.
O primeiro tempo terminou com o Baeta não conseguindo outra oportunidade clara de gol e permanecendo em desvantagem no placar.
Cameleão cozinhando o Leão
Para o segundo tempo, o técnico Guiba mudou os parceiros de Fabinho Alves no ataque, colocou Reis e Linhares nos lugares de Ygor e Nunes.
Precisando de, pelo menos, dois gols para levar para os pênaltis, o Tupynambás partiu para a pressão. Com o relógio a favor, a Aparecidense afastava as tentativas do adversário sem pressa. E seguia ameaçando: Negueba e Uederson arriscaram, mas não conseguiram marcar.
Pela maior parte do segundo tempo, o jogo ficou truncado, sem chances claras.
Expulsão e mudanças
Aos 25 do segundo tempo, Paulo Vítor foi expulso, pelo segundo cartão amarelo, após uma falta em Negueba. Isso forçou Guiba a tirar Wellington para colocar Gustavo França no meio e mover Coquinho para lateral.
A Aparecidense teve mais espaço para trabalhar as jogadas. O técnico Thiago Carvalho colocou no jogo a dupla que deu muito trabalho ao Baeta na semana passada: Cardoso e Bessa.
Cardoso chegou mostrando a que veio, roubou a bola de Felipe Linhares, desceu pela direita, invadiu a área e, mesmo com a opção de passe, chutou para fora.
Goleada em dois minutos
Com o domínio do jogo e mais espaço, foi questão de tempo. Aos 32 minutos, Bruno Henrique lançou Édipo, que passou entre Alemão e Adriano Lucas, ficou cara a cara com Artur.
Teve a tranquilidade de driblar o goleiro do Baeta e marcar o terceiro. A defesa pediu impedimento, mas a arbitragem confirmou o gol.
Dois minutos mais tarde, em uma troca de passes que começou pela esquerda ainda no campo de defesa, passou pelo meio, chegou à direita de onde saiu o passe para Cardoso que estava livre e cara a cara com Artur.
Desta vez, ele não desperdiçou e sacramentou a goleada e a classificação da Aparecidense: 4 a 0.
Depois disso, foi esperar o apito final e comemorar. A Aparecidense avança para as quartas-de-final da série D em 2020.
Aparecidense 4 x 0 Tupynambás
Gols: Alex Henrique (APA) aos 6 do 1º tempo; Albano (APA) aos 28 do 1º tempo; Édipo (APA) aos 32 do 2º tempo e Cardoso (APA) aos 34 do 2º tempo.
Aparecidense
1 – Tony
2 – Rafael Cruz
3 – Renato
4 – Ícaro
6 – Rayro
5 – Bruno Henrique
8 – Rodriguinho (15 – Washington)
10 – Albano (16 – Filipe Trindade)
11 – Negueba (20 – Cardoso)
7 – Uederson (17 – Bessa)
9 – Alex Henrique (19 – Édipo)
Técnico: Thiago Carvalho
Tupynambás
1 – Arthur
2 – Paulo Vitor
3 – Adriano Lucas
21 – Marcos Alemão
5 – Guilherme
6 – Adriano Rafael (16 – Diego)
7 – Marcos Nunes (18 – Reis)
8 – Albert Coquinho
9 – Ygor (20 – Felipe Linhares)
10 – Wellington (13 – Gustavo França)
15 – Fabinho Alves (19 – Marcus Vinícius)
Técnico: Guiba
Texto: Toque de Bola – Roberta Oliveira
Fotos: reprodução CBF TV/MyCujoo; Nicolle Mendes/Assessoria Aparecidense
Arte: Toque de Bola