Ao lado do pai, ator Matheus Abreu estreia no IOR 2021: “não tem preço”

Matheus Abreu

A semana será de duas estreias para o ator Matheus Abreu. Além da nova novela das 19h da Rede Globo, “Quanto mais vida melhor” ele vai participar pela primeira vez do Ibitipoca Off Road (IOR) – Edição Épica, entre os dias 26 e 28 de novembro.

Na ficção ou na vida real, o esporte está presente na rotina do mineiro de Ouro Branco, de 24 anos. Se na novela, o personagem dele, Antonio Tigrão, é skatista, na vida real, o ator é apaixonado por esportes a motor.

Um amor iniciado com incentivo dos pais e que terá um novo capítulo, já que o pai, Adely, irá acompanhá-lo nas trilhas na  Zona da Mata neste fim de semana.

Confira o bate-papo com Matheus Abreu sobre o amor pelo esporte desde muito pequeno, as influências familiares, a paixão pelas motos e as expectativas para a participação no primeiro IOR.

Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/IOR: Como começou a sua relação com os rallys?

Matheus e o pai pelas estradas da região de Ouro Branco (MG)

Matheus Abreu: Eu sou de Ouro Branco (MG). É uma região maravilhosa, linda, tem muitos atrativos naturais, muita cachoeira, muito lugar para conhecer. Tanto meu pai quanto minha mãe sempre foram muito do ar livre, então desde muito cedo eu comecei a fazer trilha com eles. Com três meses, meu pai, minha mãe e um casal de amigos me levaram para a cachoeira de Itatiaia, que fica em Ouro Branco, e eu fui batizado na cachoeira por eles. Então eu acho que o amor pela natureza começou aí. Depois, meu pai sempre teve moto, desde jovem. Eu cresci vendo a moto na garagem e a gente andava muito, quando eu era bem criança.

Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/IOR: É mesmo? E quais lembranças você tem de andar de moto com o seu pai?
Matheus Abreu: Eu com uns 4 anos. A estrada de Ouro Branco para Ouro Preto nem era asfaltada, era toda de terra e, entre as duas cidades, tem Lavras Novas que é um lugar muito gostoso, também com contato com a natureza muito grande. E meu pai me colocava na frente dele, desde novinho, bem no tanque da moto, eu ia segurando o guidão nessas estradas de terra. Então eu acho que desde cedo isso aí foi borbulhando em mim. Quantas vezes a gente não voltou de Lavras Novas comigo dormindo e meu pai me segurando. Depois com uns 5 ou 6 anos, meu pai comprou um jipe Willys, ano 1958. Aí a gente começou a fazer trilha de jipe. Todo final de semana colocava os amigos e os primos no jipe e era maravilhoso. Foi uma infância muito bem vivida no mato. Por motivo de saúde do meu pai, ele tem problema na coluna, a gente teve que parar de arrumar essas confusões e ficou um tempão sem nada.

O ator na trilha

Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/IOR: Esse então foi o ponto de partida para você encarar as trilhas quando cresceu?
Matheus Abreu: Bem mais tarde, com uns 16 anos, que eu fui aprender a andar de moto, com a motinho de trilha. Aí essa paixão veio muito forte. Já tinha uma herança da infância, mas, quando comecei a pilotar, eu me encontrei. Sou realmente apaixonado, com certeza, o hobby de que eu mais gosto é fazer trilha de moto. Só que, quando estou trabalhando, não posso fazer trilha, por risco de machucar mesmo. Graças a Deus, eu estou trabalhando bastante, quase não sobra tempo para fazer trilha. E quando dá, o gosto é melhor ainda. todas as férias, sempre que eu posso, volto a andar de moto, porque é algo que me faz muito bem. Eu comparo fazer trilha de moto com terapia.

Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/IOR: Como esse passatempo que você considera uma terapia te levou ao Enduro da Independência em 2020?

No Enduro da Independência ao lado do saudoso Tunico Maciel e de Bárbara Neves e Dário Júlio (pilotos da equipe Honda)

Matheus Abreu: Então só fazia trilha de bobeira, como hobby mesmo. E aí surgiu o Enduro da Independência. Desde criança, eu sempre ouvi falar muito bem dele, uma prova muito clássica, já tive tio que sempre teve envolvido, dando apoio. Surgiu essa oportunidade porque, em 2019, fui assistir a uma largada do Enduro da Independência e começou ali o contato com a Honda. Conheci o grandioso e saudoso Tunico Maciel, a Bárbara Neves, o Dario Julio.Na época, eu estava trabalhando. Um ano depois, tinha terminado um trabalho, estava de férias e a gente fechou a participação no Enduro da Independência.

Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/IOR: E como foi participar da prova? Você correu nas duplas, não foi?
Matheus Abreu: Foi a minha primeira prova em um enduro de regularidade. Foi fantástico! Com certeza, uma das melhores experiências que tive na vida. Corri na dupla com João Caçamba Desmaiado, que foi um parceirão, me ensinou tudo de navegação, nunca tinha navegado, então para mim foi muito, muito especial. As pessoas que fazem trilha, merecem se dar uma oportunidade de fazer uma prova. Não com o intuito de ganhar, só participar, de estar junto, de estar dentro da prova. E uma coisa muito legal que eu percebi no enduro de regularidade, apesar de ser uma competição, a gente faz amigos dentro da competição. É sempre um ajudando o outro. Eu achei isso fantástico.

Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/IOR: Neste ano, você fará a sua primeira participação no Ibitipoca Off Road. O que te levou a se inscrever na Edição Épica 2021?
Matheus Abreu: O companheirismo me fez ter muita vontade de ir para o Ibitipoca off Road, que também é uma prova que, desde muito tempo, eu escuto falar. Disseram que é uma das provas mais lindas e mais gostosas de fazer. E a região de Ibitipoca é muito, muito linda. Na verdade, eu fui uma vez só, então estou doido para conhecer.

Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/IOR:  Você fez o EI 2020 nas motos e vai disputar o IOR 2021 nos carros. Por que optou por competir nessa categoria do rally mais charmoso do Brasil?
Matheus Abreu: Eu acho fantástico numa prova de regularidade que, com uma moto de trilha, você conhece lugares fantásticos que geralmente não conheceria de outra forma e que talvez não teria tanta oportunidade. Eu até brinco que eu não conhecia nem as cidades que eu estava passando no Enduro da Independência, mas fiz trilhas nelas. A minha vontade agora foi fazer de carro para agregar meu pai nessa aventura. A moto te leva para muitos lugares. E o bom do carro é que você consegue agregar amigos, família nesses passeios, que normalmente só quem anda de moto consegue. Eu acho que esses momentos de conexão tanto com a família, com amigos e principalmente estando na natureza eu acho que são fortíssimos e nós não podemos deixar passar.

Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/IOR:  Mas, confessa, seu coração tem algum xodó? Você é mais das duas ou das quatro rodas?
Matheus Abreu: Em termos de preferência, realmente, a moto me chama mais. A relação que a gente tem com o entorno é diferente. Na moto, você faz parte da paisagem. Exige mais, eu acho mais gostoso sentir o vento na cara e ver que a moto está na sua mão, depende totalmente de você e do seu corpo. A liberdade é indescritível. Eu gosto muito dos dois, mas querendo ou não, a moto me bate mais.

Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/IOR:  Quais as expectativas para disputar o IOR 2021 ao lado do seu pai?
Matheus Abreu: Fazer trilha, estar nesse movimento com meu pai é algo que não tem preço que pague. Desde muito cedo, a gente compartilha esses rolês junto. Tanto meu pai quanto minha mãe me influenciaram positivamente a gostar de desbravar o mundo. Conseguir compartilhar esse momento com ele vai ser fantástico. E a minha primeira prova vai ser logo o Ibitipoca Off Road, que é o rally mais charmoso do Brasil. Estou muito feliz, que a gente esteja juntos nesse momento. A gente está indo para divertir, para dar risada e para deixar ainda mais forte essa nossa relação.

Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/IOR:  Vocês conseguiram treinar para se preparar para o IOR 2021?
Matheus Abreu: Não tem muito tempo que eu estou com o Troller. Então a gente já fez uns passeiozinhos, mas não com tanta frequência, porque agora eu estou trabalhando no Rio e ele trabalha muito em Minas. E a gente não está conseguindo que as agendas batam. Desde março eu não volto para Minas. Mas quando a gente se encontra sempre é muito especial e então a gente está bem ansioso para a chegada do Ibitipoca Off Road.

Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/IOR:  Das aulas do grupo Galpão, passando pelo cinema e chegando à TV com a minissérie Dois Irmãos, onde você dividiu o papel dos gêmeos protagonistas com Cauã Reymond, chegando ao Tato da bem-sucedida e premiada temporada “As Five”, da Malhação. Há alguma comparação entre atuar e o mundo das trilhas e do enduro?

Com Cauã Reymond nos bastidores de “Dois irmãos”: trabalho que ficou com lugar especial no coração de Matheus

Matheus Abreu: Eu comecei no teatro com 9 anos e logo eu percebi que aquilo ali era o que fazia os meus dias terem sentido. A minissérie baseada no livro Dois Irmãos do Milton Hatoum, me marcou muito, pelo aprendizado que a gente teve na preparação, pelas vivências que a gente teve. Foi desafio enorme e eu fiquei honrado de ser agraciado com ele. Querendo ou não, o que move a minha vida são esses desafios. É o que me faz acordar e encarar a vida mesmo. E eu acho que a gente para se manter em movimento tem que se puxar. Se a gente não se puxar, o corpo é preguiçoso, a gente fica procrastinando. Então que esses desafios me mantêm alerta, me mantém vivo.

Texto: Toque de Bola/Misto Quente Comunicação/Ibitipoca Off Road –

Fotos: Janjão Santiago, Divulgação e Arquivo pessoal

Deixe seu comentário