André Domingos emociona público na Camilo com sua história: “O esporte pode transformar uma criança”. Veja galerias de fotos

Ao ser homenageado domingo, 14, pelo Gerente Geral da Caixa Econômica Federal, Mauro Costa, na cerimônia de premiação da 5ª Corrida de Rua Rodoviário Camilo dos Santos/Associação dos Cegos pelos serviços prestados ao esporte, o atleta medalhista olímpico brasileiro André Domingos emocionou o público e a comunidade esportiva presentes, no estacionamento do Estádio Municipal radialista Mário Helênio.

Clique sobre os links abaixo para conferir quatro galerias de fotos exclusivas do evento, duas do Desafio e duas da Corrida (fotos: Thiago Amaral):

Superação, suor e social – 1

Superação, suor e social – 2

Corrida concorrida – 1

Corrida concorrida – 2

Depois de emocionar a todos, André Domingos se junta às três equipes primeiras colocadas em meio ao alto astral do pódio
Depois de emocionar a todos, André Domingos se junta às três equipes primeiras colocadas em meio ao alto astral do pódio

André Domingos motivou jovens atletas dos diversos programas sociais em atividade em Juiz de Fora, inclusive no próprio 28º Ranking de Rústicas de Juiz de Fora. O ex-atleta brasileiro revelou que corria descalço e que “o sonho de uma criança não tem preço”. Contou que a busca do seu sonho começou com dois pares de tênis que sua mãe, empregada doméstica, ganhou da patroa. Os pares eram dois números menores e ao reclamar com sua mãe escutou a seguinte resposta: “Filho, infelizmente pé de pobre não tem tamanho, foi o que a mãe conseguiu ganhar, o que a mãe conseguiu conquistar”, e André Domingos ainda disse: “A partir daquele dia eu tirei força da onde eu não tinha e comecei a acreditar e construir o meu sonho e por isso eu digo que o esporte tem toda a condição e oportunidade de transformar uma criança”.

Ele ressaltou que pelo esporte ele conseguiu fazer duas faculdades e parabenizou o idealizador do evento, Eduardo Santos, pelos projetos sociais, disse que ficou emocionado com a competição infantil, realizada sábado, 13l: “Ontem aqui em Juiz de Fora, eu fiquei muito emocionado Eduardo, pelo seu trabalho, garra e pela sua necessidade de passar o que você aprendeu para a sociedade, em especial para as crianças, porque sabemos que muitas crianças estão perdidas e você está fazendo sua parte, a oportunidade tem que ser dada, com projetos como este, que tiram as crianças da marginalidade, das ruas, das drogas”.

Prova é exemplo de organização

Muitos foram os elogios sobre o percurso, estrutura, apoio ao atleta e até mesmo sobre a beleza das medalhas. O evento teve início no sábado de manhã com o 1º Desafio Camilo dos Santos para Assessorias Esportivas, continuou com a competição infantil na tarde do mesmo dia e terminou com a 5ª corrida Camilo dos Santos no domingo pela manhã. A distribuição de água foi ilimitada para atletas e para o público que prestigiava a competição. A tenda do conforto oferecia massagem fisioterápica gratuita e distribuiu cafezinhos. Antes da corrida, um alongamento aqueceu os atletas. A largada foi pontualmente às 8h e contou com aproximadamente 1990 corredores.
Eberth da Silva Silvério, da equipe Vida Ativa, e Erika Maria Jose Vieira, da Ascomcer, repetiram a dobradinha da Duque de Caxias e venceram também a Camilo dos Santos. Para Eberth, que compete pelo 28º Ranking de Corridas de Rua Prefeitura de Juiz de Fora, não dá para contar vitória antes da hora: “Tudo pode acontecer nesta reta final, tem que manter o foco e não perder o objetivo final”. O corredor destaca ainda que o restante do ranking é composto de provas diferentes, distâncias diferentes, e por isso é necessário treinar diferente também.

Para a competidora Ana Paula Santos Machado o percurso foi um pouco mais difícil que as outras provas e que a organização “foi nota 10”. Sandra Cristina, que correu com a panturrilha machucada, exalta o ânimo dos competidores: “Só com a animação do povo já vale a pena vir até machucada”. Já para Samuel Elias Tiango, o percurso foi muito tranquilo, e o desafio do sábado foi muito legal: “Triste foi só puxar o caminhão, mas foi top (sic) demais, é uma alegria para todos, correr, cuidar da saúde e se divertir”. Para Bruno Augusto, que está começando a correr, foi tudo perfeito, do início ao fim.

A superação fica por conta de Claudio Nunes. O atleta tem uma deficiência visual chamada retinose pigmentar, mas não deixa de participar das corridas: “Já conheço os percursos, inclusive este, corri 8,8km muito, mas muito bem”. Claudio compete com o atleta guia Marcelo Montenegro, que se diz realizado espiritualmente: “Faço uma ginástica, mantenho minha saúde corporal, e ajudo o próximo, mantendo minha saúde espiritual, o que me traz um bem para as tarefas do dia a dia”.

Reportagem: Toque de Bola por Thiago Amaral

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