É positivo, na avaliação pelos organizadores, o resultado da 10ª edição da Olimpíada das APAEs da região da Zona da Mata I, que reuniu, entre os dias 5 e 7 de outubro,  cerca de 200 atletas de 12 cidades num evento esportivo que integra pessoas portadoras de necessidades especiais e toda a comunidade, no SESC Pousada e no Complexo Esportivo da Universidade Federal de Juiz de Fora. Estudantes do curso de Educação Física participaram como voluntários.

 

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  Participantes

Alto do Rio Doce, Dores do Turvo, Mercês, Paula Cândido, Piraúba, Ponte Nova, Senador Firmino, Visconde do Rio Branco, Ubá, Viçosa, Rio Pomba e Juiz de Fora foram representadas na competição, que não possui um vencedor declarado, tendo em vista que o evento, apesar de caráter classificatório para a etapa estadual das Olimpíadas, tem como objetivo integrar os participantes e selecionar talentos.

   Todos ganham

As modalidades disputadas foram tênis de mesa, peteca individual e dupla, basquete masculino, futsal, vôlei gigante misto, bocha, ginástica rítmica, dama, atletismo e natação. Todos os atletas receberam uma medalha pela participação nas Olímpiadas e isso melhorou o desempenho deles, segundo Sandra Visentin, organizadora do evento, que trabalha há 28 anos com educação para especiais: “Antes alguns atletas ficavam decepcionados por ver que um que se destacava mais ganhava cinco medalhas e eles só uma. Agora, todos se sentem mais motivados por não ter essa cobrança por resultado. Incentivamos a participação de todos e, através das súmulas, selecionamos alguns que tenham se destacado para a etapa estadual. Os atletas de alto-rendimento não participam desta competição. Agora eles só atuam em torneios que são organizados pela Abdem – Associação Brasileira de Desportos para Deficientes Intelectuais”, explica.

Interação com acadêmicos

Esta Olimpíada foi marcada pela participação de alunos de Educação Física da UFJF, Estácio de Sá, Granbery e Universo. Eles receberam o convite em palestras feitas em cada uma das instituições e receberam cursos de capacitação para atuarem como árbitros: “Foi muito bacana a interação com os alunos. Eles adoraram participar, agradeceram muito o convite e já me procuraram para saber como se tornarem voluntários. Isso deixa um legado muito bacana, porque abrimos um leque muito grande, tanto para as pessoas com deficiência se beneficiarem com novos profissionais, quanto para os acadêmicos que descobriram esse novo nicho que eles podem trabalhar”, comemorou Sandra.

Experiência incomparável

O estudande de Educação Física, Lucas Assumpção, participou pela primeira vez das Olimpíadas da APAE e definiu como incomparável esta experiência: “Experiência incrível, incomparável com qualquer outra. Me chamou atenção a felicidade deles praticarem o esporte sem ter aquele espírito competitivo. Conhecer o esporte sendo praticado por deficientes e aprender mais sobre isso foi muito gratificante”, declarou.

 

Texto: Guilherme Fernandes, estagiário do Toque de Bola, com informações da organização do evento e supervisão de Ivan Elias

Fotos: Divulgação/Maga Bastos

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