Interrompida em 2020 pela pandemia, a busca do JF Vôlei de voltar à elite da Superliga Masculina recomeça neste sábado, dia 23.

O time juiz-forano estreia na Superliga B em partida que teve mando invertido, um dos efeitos da ainda alta taxa de infecções por covid na cidade. Isso motivou a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) a não permitir (veja comunicado abaixo) que a equipe atuasse no Ginásio da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) como de hábito.
Assim, o JF Vôlei enfrenta o Vila Nova, em Goiânia, às 19h, na primeira rodada da fase de classificação da divisão de acesso para a Superliga Nacional 2021/2022.
Expectativa
Mas mesmo com a inversão do mando, o técnico do JF Vôlei, Marcos Henrique acredita que o clima da estreia não muda muito. Para o treinador, seguindo o plano traçado, sua equipe pode estrear com o pé direto na Superliga B 2021.
“Estreia tende sempre a ser um jogo mais nervoso. Vamos jogar contra um time que conhecemos individualmente, mas não coletivamente. Trabalhamos em conhecê-los, mas também em melhorar nossas qualidades. Estamos bem confiantes que, entrando concentrados e disciplinados no que nos propomos a fazer, podemos começar com a vitória”, acredita o técnico do JF Vôlei.
Cada jogo uma final
Segundo o central e capitão do JF Vôlei, Fernando Pilan, a equipe espera estrear bem. “A expectativa é a melhor possível. Treinamos bastante, escutamos bastante o Marcão e vamos aplicar tudo treinado para essa estreia.”

Pilan considera que cada confronto tem que ser abordado como uma decisão. “Na Superliga B, a cada jogo que jogamos é encarado como uma final. Tem que ser assim, pois é um campeonato de tiro curto, que muda depois da fase classificatória. O time vai encarar cada partida como uma batalha”, prevê.
Longe de JF
Sobre a troca de local da estreia, Marcos Henrique não vê problemas muito grandes. “É sempre bom jogar em casa. Estamos mais ambientados com a quadra. A torcida, que é um fator extremamente importante, já não teríamos mesmo. Não vejo um fator tão negativo, porque a diretoria correu atrás para nos proporcionar toda estrutura, mesmo fora de casa. Fisicamente e mentalmente vamos estar preparados para esse primeiro jogo”, garante.
Além de ter que atuar na estreia em Goiânia, o JF Vôlei encara duas viagens na sequência da Surpeliga B. Vai a Natal, enfrentar o Unimed/Aero, dia 27; e Brasília, para duelar com a Upis, dia 30. A sequência vai dar um tempo para que o time consiga autorização para jogar em Juiz de Fora, a partir do dia 6 de fevereiro, ou bata o martelo em outra alternativa.
Em BH?
Caso não possa atuar em Juiz de Fora, a principal opção para o JF Vôlei é atuar em Belo Horizonte ou na região metropolitana da capital mineira. Segundo diretor técnico do time juiz-forano, Maurício Bara, essa possibilidade ainda não está certa, mas sendo estudada seriamente.

“Vamos jogo a jogo, mas, como a UFJF já tinha a sinalização de não podermos jogar por lá mesmo na onda amarela (do Programa Minas Consciente), cremos que o cenário não mude. Atuar em Belo Horizonte, onde estão sendo realizados jogos da Superliga Masculina 2020/2021 é e principal alternativa. Estudamos os ginásios do Mackenzie (em BH), do Riacho (em Contagem) e Municipal de Betim”, explica Bara.
Confira a íntegra do comunicado do JF Vôlei:
A partida de estreia do JF Vôlei na Superliga B, contra o Vila Nova, acontecerá em Goiânia, e não em Juiz de Fora, como estava previsto. A data está mantida para o próximo sábado, 23, a partir das 19h. A mudança se deu em razão da impossibilidade de realização da partida no ginásio da Faefid.
Após duas consultas formais do JF Vôlei à UFJF desde o final de 2020, a instituição não liberou a utilização do espaço por conta da pandemia, ainda que o clube tenha apresentado as garantias para os protocolos já implantados pela Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) e pela Federação Mineira de Vôlei nos jogos oficiais, que vêm sendo realizados sem a presença de público pelo país e no estado desde o ano passado. Estes protocolos prevêem, por exemplo, a obrigatoriedade de testagem periódica de todos os atletas e membros da Comissão técnica.
Dessa forma – e na ausência de condições exigidas para a competição em outras quadras da cidade – a direção do JF Vôlei optou pela primeira partida no estado de Goiás. Para as demais partidas previstas em casa na tabela da fase de classificação – nos dias 6, 11 e 20 de fevereiro -, o clube aguarda possíveis evoluções no quadro epidemiológico que alterem o cenário, mas já estuda realizar os jogos em Belo Horizonte. O JF Vôlei viaja para Goiânia na noite desta quinta-feira (21), onde pretende dar a largada para a busca ao acesso à Superliga A.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: divulgação/JF Vôlei; e Facebook/JF Vôlei