Juiz de Fora (MG), 16 de julho de 2011
Tinha tudo para ser uma vitória heróica, de superação. Com a equipe desfalcada de alguns de seus principais jogadores, o ADJF/Vianna Jr. chegou a estar vencendo por seis gols de diferença o Niterói Rugby, mas cedeu o empate no tempo regulamentar (25 a 25) e perdeu por 31 a 30 a disputa de terceiro lugar da Copa Brasil da Handebol Masculino, no final da manhã deste sábado, 16, no ginásio da Faculdade de Educação Física (Faefid), na UFJF.
O título ficou com Blumenau, que bateu Maringá, algoz juiz-forano na semifinal, por 28 a 24, na última partida do dia. Abrindo a rodada, Codesp ficou em quinto lugar, superando CEPE Caxias (RS).
O ADJF/Vianna Jr. entrou em quadra sem três jogadores importantes: Guilherme, que se contundiu no início da semifinal, na sexta, quando era o principal goleador da competição, Jorge e Wendel, também contundidos. Ainda assim, o time fez boa partida e encaminhava-se para garantir o terceiro lugar. Com seis gols de frente, uma irregularidade em substituição do goleiro fez com que o time juiz-forano ficasse com somente quatro jogadores de linha, período em que o adversário se aproveitou, reagiu, chegou à igualdade e levou a definição do terceiro lugar para a prorrogação. No tempo-extra, vitória do Niterói Rugby por 31 a 30.
O treinador Cláudio Humberto Dias lamenta as contusões: “Guilherme, com luxação na clavícula, tem previsão de dois meses sem jogar. Jorge, com torção no polegar direito, só deve voltar em 30 dias, e Wendel, com problemas no joelho, até deve seguir com a delegação para Manhuaçu, na disputa da segunda fase dos Jogos do Interior de Minas (JIMI), mas não estará em plenas condições de jogo.
Para o técnico, a Copa Brasil teve o desfecho previsível. “Blumenau tem sempre jogadores na seleção e era o favorito, até que a diferença no placar na decisão foi pequena”, analisou. Quanto ao representante juiz-forano, a expectativa é que, com mais jogos e competições, e participando com maior frequência de eventos como a própria Copa Brasil, a tendência é o crescimento do time e do “volume de jogo”. A média de idade da equipe, de 22 a 23 anos, ainda pesa em confrontos contra equipes mais tarimbadas.
Para o técnico, são detalhes que podem fazer a diferença. “Até nas quedas, nossos jogadores precisam melhorar, saber cair, para evitar contusões mais sérias. Por isso no handebol até se treina o rolamento do judô, porque é muito contato, choque todo momento. A juventude também, somada a menor experiência em competições mais fortes, prejudica quando temos uma vantagem e às vezes é necessário valorizar mais, segurar o jogo, fazer uma manha, administrar o resultado, nem sempre conseguimos isso”, avalia Cláudio Humberto.
Nos quatro jogos pela Copa Brasil, o time juiz-forano contou com os atletas: Plínio, Luciano, Pablo, Everton, Guilherme, Talisson, Jorge Henrique, Evandro Cabelinho, Júnior Cubano, Gláucio, Pedro, Pancini, Wendel, Felipe Robinho.