Após confirmar a participação nas principais competições nacionais de handebol da próxima temporada, o presidente da ADJF, Guilherme Facio, afirmou estar inicialmente buscando patrocinadores para posteriormente pensar nos atletas que disputarão a Liga Nacional e outros campeonatos, ressaltando o fato de já possuir um elenco que atuou pela equipe em 2013.
“Temos a equipe base, que já existe. Vamos esperar o final do ano para realmente configurar o que está sendo negociado quanto aos patrocinadores, para a partir de janeiro a gente correr atrás de novas contratações para reforços”, garantiu Guilherme.
O presidente também confirmou como consolidada a parceria com a MRS para 2014, além de estar em conversas avançadas com um segundo patrocinador. “Temos um patrocínio fechado com a MRS e com tudo correndo bem, nos próximos dias vamos estar recebendo essa verba. Possuímos um segundo patrocínio que realmente ainda não podemos mencionar, porque não estamos 100 por cento fechados”. Guilherme ainda agradeceu ao Instituto Vianna Júnior e à Secretaria de Esportes e Lazer, que vem apoiando a equipe com locais de treinamento.
Campeonatos em 2014
A ADJF tem calendário cheio no próximo ano para as equipes de handebol masculino e feminino. Os homens disputarão, a partir de março, a Liga Nacional de Handebol, competição que, de acordo com Guilherme, será encarada como prioridade na temporada, pela forma de seleção dos times, em que são convidadas pela Confederação Brasileira de Handebol (CBH), as 12 melhores equipes do país.
O presidente ainda ressaltou o trabalho desenvolvido, lembrando que a ADJF foi convidada também em 2013, mas por falta de apoio e estrutura, a participação não pode ser concretizada, adiando o sonho dos envolvidos na equipe. Com novo contato da CBH, para o próximo ano, Guilherme avaliou que a participação será possível com o suporte que vem recebendo e eventuais novos apoiadores para o projeto.
“Pelos nossos resultados, já havíamos sido convidados da CBH ano passado, mas não tivemos viabilidade financeira para poder fazer isso. Recebemos novamente o convite da Confederação e, desta vez, estamos acenando positivamente, porque temos a condição de conseguir alguns patrocínios, temos a estrutura necessária para começar”, explicou.
Guilherme ainda ressaltou o crescente número de participações nos torneios em 2014, lembrando os compromissos nas duas categorias das equipes da ADJF. “Pretendemos disputar a Liga Nacional de Handebol pela primeira vez, pelo masculino, mas tanto no masculino, quanto no feminino, temos em vista os Jogos de Minas, o Campeonato Mineiro, os Jogos Abertos, além da Copa do Brasil também. É um ano que promete ter jogos em toda a sua extensão”, finalizou.
Consequências do título mundial feminino
A conquista do Mundial da Seleção Brasileira de handebol feminino de forma invicta, na Sérvia, no domingo, 22, foi muito comentada em todo o Brasil. Além do histórico resultado, foi enfatizado que, das 16 atletas campeãs, apenas três jogam no país. O presidente da ADJF acredita que esse título pode mudar dados como este, além de causar um efeito semelhante ao de quando Guga passou a conquistar títulos de maior expressão no cenário mundial.
“Acredito que vai trazer um impulso muito grande, porque sempre que você tem algum atleta ou equipe vencedora em uma modalidade esportiva, repercute no interesse das crianças em praticar o esporte. Acho que isso foi muito visível quando o Guga começou a ganhar os torneios, em Roland Garros principalmente, que impulsionaram muito o tênis. Com o handebol espero que aconteça a mesma coisa, até porque já é muito praticado em escolas”, analisou.
Guilherme ainda reiterou a maior simplicidade da prática do handebol em relação a outros esportes. “É uma modalidade fácil de ser disputada em relação ao basquete e ao vôlei, por exemplo, já que para basquete você precisa da tabela e no vôlei, necessita de uma rede. Já o handebol, você pode jogar em qualquer quadra de futsal, basta ter uma bola apropriada”.
Por fim, o presidente ainda ressaltou que a existência de uma equipe como a ADJF somada ao resultado da Seleção Feminina também contribui no crescimento do número de jovens praticantes do handebol. “Essa procura do esporte vai refletir em Juiz de Fora também, porque já tem uma equipe, então não vamos começar nada do zero, já é uma estrutura bem interessante que existe há 16, 17 anos. Isso tudo favorece também e esperamos que cada vez mais jovens e crianças apareçam para que realmente tenhamos esse esporte mais fortalecido.
Texto de Bruno Kaehler