Ademilson: “Dor a gente tem que passar por cima”

Juiz de Fora (MG), 15 de agosto de 2011

Principal nome da reação e vitória sobre o Anapolina (3 a 1) que devolveram a liderança da Chave A5 da Série D ao Tupi, o atacante Ademilson manteve a serenidade após a partida. Já de banho tomado, conversou com a imprensa depois da coletiva do técnico Ricardo Durbscky.

“Nós sabíamos das dificuldades que iríamos encontrar na partida. Agora, com a vitória, teremos um pouco mais de tranquilidade para corrigir os erros até a próxima partida”. Os elogios pela atuação decisiva – além de empatar a partida com muito oportunismo, comandou a equipe com inteligência quando havia a vantagem de 11 contra 9 – não mudam o comportamento do atacante.

“Já disse várias vezes que me sinto honrado em vestir a camisa do Tupi. Acho que ainda tenho muito a acrescentar ainda, não só eu como todos os jogadores”, analisa. Questionado sobre eventuais dores que possam ocorrer em função da recente lesão muscular, Ademilson emendou: “Eu acho que dor a gente tem que passar por cima e honrar a camisa que vestimos”.

Sobre o lance polêmico que originou, mais tarde, no seu gol, o de empate, Ademilson acredita que o árbitro tenha acertado. “Eu toquei na bola, mas depois houve o toque do adversário em direção ao nosso ataque, então para mim não havia mesmo impedimento, mas foi tudo muito rápido”, conta.

Ademilson: “Homenagem da torcida foi um incentivo a mais para a vitória”

Uma bandeira com os dizeres “Ademilson – Sangue Carijó” chamou a atenção de quem foi ao Estádio Municipal Radialista Mário Helênio no sábado, 13, ver a vitória do Tupi sobre a Anapolina por 3 a 1. E a homenagem acabou sendo um incentivo a mais para o triunfo, nas palavras do próprio homenageado. “Claro que uma demonstração de carinho dessas faz a gente querer ainda mais vencer. Fiquei muito emocionado e bastante satisfeito por ter feito o gol que deu início a nossa virada”, disse o centroavante, cujo rosto, em caricatura, está estampado na bandeira e é chamado carinhosamente pela torcida de Adê.

(texto a seguir atualizado pela assessoria) A bandeira foi feita por diversos torcedores do Tupi, que se organizaram pela comunidade do Orkut e idealizada pelos torcedores Áureo Nasser, Otávio Botti e Kiko Halfeld. Portanto, a homenagem ao Ademilson foi feita por todos aqueles da grande Nação Carijó. O estandarte está praticamente pronto desde o início do campeonato e só não fez a sua “estreia” no jogo contra o Tocantinópolis (em 23/julho) porque o homenageado não atuou naquela partida. A ideia é levar a bandeira a todos os jogos do Tupi, mesmo os fora de casa, já que a Tribo Carijó, fundada em outubro de 2006, marca presença em todos os campos onde o Galo atua.

  Alívio

O treinador Ricardo Drubscky mostrava uma fisionomia que misturava alegria e alívio. “O primeiro tempo foi nosso. Nos 15 minutos iniciais do segundo tempo, porém, o time não se acertou, ficou sem lucidez. Pouco depois veio o pênalti, cabuloso, esquisito, talvez por saber que não foi pênalti o árbitro tenha passado por aquelas confusões depois”, relata Drubscky.

Para ele, “depois de sofrer o gol de pênalti, o time começou a jogar. Vieram o empate e as expulsões, mas o importante foi que soubemos jogar com a vantagem, então ganhamos com méritos”. Drubscky reconhece que embora o time troque passes com eficiência em diversos momentos do jogo, falta criar chances mais claras de gol – no primeiro tempo, somente uma vez Cassiano ficou diante do goleiro e perdeu a chance de abrir o placar. “Concordo. Não criamos tantas chances claras na proporção do nosso volume de jogo, mas faz parte, estamos trabalhando para melhorar isso”.

Analisando a sequência da Série D, o técnico carijó não tem opinião formada sobre vantagens ou desvantagens de uma nova folga de 15 dias na tabela – antes de enfrentar o Anapolina, houve o mesmo período. “Não dá para saber se a folga será para o bem ou para o mal. Antes desta partida, depois da folga de dois dias, os primeiros treinos na volta ao trabalho não foram bons. Então fica difícil avaliar. A diferença é que pretendemos, neste período agora de nova folga na tabela, marcar um amistoso para o fim de semana em que não jogaremos pela competição”.

Drubscky acredita que com 65% de aproveitamento o time se classifique para a segunda fase da Série D. “Mas já disse aos jogadores, inclusive na preleção, que a nossa matemática é jogo a jogo, não adianta ficar projetando lá na frente”.  Sobre os incidentes que envolveram o Anapolina com a arbitragem e posteriormente a participação da Polícia Militar, o técnico não acredita em clima de guerra no jogo de volta, no campo do adversário. “Não houve problemas deles com o Tupi. Já trabalhei com quatro ou cinco jogadores que hoje estão no Anapolina, os conheço bem, não acho que vai haver nada de anormal, mesmo porque haverá equipes de TV que vão fazer imagens do jogo, e não penso em problemas lá”.

Tupi faz jogo-treino contra o campeão da região

Com o astral elevado (por conta da vitória sobre o Anapolina, 3 a 1, e a liderança do Grupo A5 da Série D do Campeonato Brasileiro), o elenco Carijó se reapresentou na tarde desta segunda-feira, 15, para um treino físico em Santa Terezinha. É o início da preparação para o próximo jogo do torneio, que só acontece no dia 28, contra o mesmo Anapolina, em Anápolis (GO).

Como parte desses preparativos, o Tupi faz, no próximo sábado, 20, um jogo-treino contra o XV de Novembro, de Rio Novo, em Rio Novo (MG), cidade vizinha. O adversário é o atual campeão regional, após vencer a Copa Panorama, que reune equipes de vários municípios da Zona da Mata. A partida está marcada para as 15h e servirá para a entrega das faixas de campeão ao XV de Novembro, que se prepara para disputar a Liga de Ubá. “Será uma boa atividade, já que estaremos de folga na rodada e é sempre produtivo este tipo de jogo-treino”, destacou o técnico Ricardo Drubscky.

Veja fotos da partida, do Toque de Bola e da assessoria de imprensa do Tupi. Ressalte-se que não vimos nenhuma agressão do policiamento a integrantes da delegação da Anapolina. Em algumas fotos, os policiais estão perto do vestiário com a pessoa que invadiu o campo. A PM entrou em ação, retirou o invasor, sem efetuar, segundo seus representantes, qualquer prisão ou outro ato em seguida.

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