Tocantins, na Zona da Mata de Minas Gerais, parou para saudar Bárbara Rocha, a campeã sul-americana de kickboxing K1 60kg. A Leoa Chakuriki foi à Cascavel (PR), que sediou a competição no início de dezembro, com um sonho e voltou com a realidade: a medalha de campeã da categoria.
Em meio à semana corrida e com uma quantidade incontável de mensagens no whatsapp, Barbara conversou com o Toque de Bola sobre a segunda conquista do ano, a emoção ao voltar para casa e a perspectiva de seguir evoluindo para ir ainda mais longe.
Sonho realizado
Antes da competição, Bárbara contou em entrevista ao Toque de Bola como estava a reta final de preparativos para competição. Ao falar sobre o Sul-Americano, a Leoa Chakuriki explicou o impacto da pandemia para a presença de adversárias.
“Infelizmente eu não tive uma luta internacional, a maioria do pessoal de fora gosta de lutar tatame ou das modalidades de ringue e na minha categoria não tinha atleta de fora. E a pandemia, estão voltando as coisas agora. Acredito que não esteja fácil para elas também”, avalia Bárbara.
Isso não significa que as coisas foram fáceis. Por isso, ela destacou a alegria de conseguir o resultado tão desejado.
“Lutei com uma brasileira, que é experiente. Fizemos um lutão e consegui me consagrar campeã sul-americana e eu estou muito feliz. Graças a Deus, eu fui lá para Cascavel para disputar o Campeonato Sul-Americano com o foco de disputar o título e se concretizou”, festeja a lutadora.
“Nunca imaginei”
Bárbara Rocha contou que não esperava a recepção que teve ao retornar à Tocantins no dia 14 – imagens que ela registrou e publicou nas redes sociais.
“Eu não imaginava a repercussão que daria. Eu imaginava que lógico, ia ter (festa), mas não do tamanho que foi. Fui recepcionada na minha cidade com carreata, foi uma festa, a cidade parou numa terça-feira 9h para me ver. Tinha gente chorando, rindo, as crianças doidas comigo, gente querendo tirar foto, foi uma coisa que eu nunca imaginei na minha vida”, comenta.
Seleção brasileira
Encerrando o ano com dois títulos, o do Brasileiro e o do Sul-Americano, chancelados pela Confederação Brasileira de Kickboxing (CBKB) e pela World Association of Kickboxing Organizations (WAKO), a Leoa Chakuriki celebrou também a convocação para o camping com a seleção brasileira.
E ela conta que recebeu uma notícia muito boa durante o Sul-Americano: virão mais oportunidades entre os melhores atletas do kickboxing do país.
“Quando eu terminei a luta, o técnico da seleção brasileira falou que me quer nos próximos campings. Para a gente trabalhar para estar crescendo, evoluindo e representando o Brasil nos próximos campeonatos internacionais. E eu estou muito feliz”, resume a atleta.
Texto: Toque de Bola – Roberta Oliveira
Fotos: Barbara Rocha/Instagram