
Após duas goleadas avassaladoras sofridas no Campeonato Brasileiro para São Paulo e Atlético-MG, Domènec Torrent não é mais técnico do Flamengo. No Rio Grande do Sul, Eduardo Coudet deixou o comando do Internacional e ir para a Europa comandar o Celta de Vigo, da Espanha.
Até aqui, no Brasileirão, foram 14 trocas oficiais de técnicos envolvendo os clubes da Série A. Afinal, o que acontece no Brasil para tantas trocas de comando?
Dome por Ceni no Flamengo
A decisão de demitir o então técnico do Flamengo, Domènec Torrent, foi tomada poucos menos de 24h após mais uma goleada sofrida no Brasileirão. Em Belo Horizonte, o Flamengo tinha a possibilidade de ser líder, mas foi massacrado.
O ex-goleiro Rogério Ceni, do Fortaleza, foi anunciado como novo treinador do Fla na manhã desta terça-feira, dia 10.
Dome chegou ao Flamengo no fim de julho como substituto de Jorge Jesus, que deixou o clube para assumir o Benfica. Desde então foram 26 jogos, com 15 vitórias, cinco empates e seis derrotas – aproveitamento de 63,8%, com 42 gols marcados e 36 sofridos.
O Flamengo é terceiro colocado do Brasileirão, com 35 pontos, com a mesma pontuação do Atlético-MG e um a menos que o líder Internacional, que também vive momento turbulento nos bastidores.
Coudet no Inter

A passagem de Eduardo Coudet pelo Inter chegou ao fim. O argentino, que vem fazendo sucesso no Brasil, recebeu uma proposta do Celta de Vigo, da Espanha, e já comunicou à diretoria que tem o desejo de deixar o cargo.
De acordo com a imprensa gaúcha, o silêncio da diretoria colorada desde então também incomodou o treinador. Coudet entende que o Inter deveria manifestar publicamente que ainda conta com seu trabalho.
No início da noite, em coletiva, o clube confirmou a saída de Coudet, mas não anunciou o nome do substituto.
A rescisão contratual antes do fim de 2020 tem valor equivalente a quase R$ 10 milhões a ser pago. Se a ruptura ocorresse a partir de 2021, este valor despenca para três meses de salário. Enquanto isso, a diretoria colorada entende que fez até mais do que pôde para contratar peças para o treinador. As dificuldades financeiras agravadas pela pandemia frearam qualquer possibilidade de maior investimento
As mudanças
O tempo médio de permanência de um técnico em um clube da elite no Brasil é de quase seis meses. A sequência de resultados negativos e as eliminações são os principais motivos que ajudam a explicar a dança das cadeiras no país.
Mudanças durante o Brasileirão
Athletico**: Dorival Junior por Eduardo Barros e Eduardo Barros por Paulo Autuori
Atlético – GO: Vagner Mancini por Marcelo Cabo
Bahia: Roger Machado por Mano Menezes
Botafogo**: Paulo Autuori por Bruno Lazaroni e Bruno Lazaroni por Ramon Díaz
Coritiba**: Eduardo Barroca por Jorginho e Jorginho por Rodrigo Santana
Corinthians: Tiago Nunes por Vagner Mancini
Flamengo: Domènec Torrent por Rogério Ceni
Goiás**: Ney Franco por Thiago Larghi e Thiago Larghi por Enderson Moreira
Internacional: Eduardo Coudet por Abel Braga
Red Bull Bragantino: Felipe Conceição por Mauricio Barbieri
Sport: Daniel Paulista por Jair Ventura
Vasco da Gama: Ramon Menezes por Ricardo Sá Pinto
Palmeiras: Vanderlei Luxemburgo por Abel Ferreira
** clubes que já trocaram de técnico mais de uma vez desde o início da Série A 2020
Texto: Toque de Bola – Pedro Sarmento, com informações das agências, edição e supervisão Ivan Elias
Artes: Toque de Bola