
O rebaixamento da Associação Esportiva Uberabinha para a segunda divisão do Campeonato Mineiro de base, concretizado na última rodada da fase de classificação do Estadual diante do Atlético, decretou o fim de uma temporada para esquecer.
No total, reunindo as categorias sub-15 e sub-17, a agremiação juiz-forana disputou 28 jogos na competição, conquistando cinco vitórias, nove empates e 14 derrotas, com 22 gols marcados e 64 sofridos.
E 2020?
Em entrevista ao Toque de Bola, o coordenador do clube, Sérgio Eduardo, projetou o próximo ano com possível permanência na primeira divisão.
“Mesmo com o descenso, o Uberabinha ainda tem chances de disputar a primeira divisão. De acordo com o regulamento do campeonato, caso a equipe rebaixada se profissionalize, ela tem o direito de disputar a elite no próximo ano. No entanto, vamos depender que a equipe da Associação Desportiva Frigoarnaldo não efetive sua profissionalização. A prioridade é deles porque o clube de Contagem não foi rebaixado. Caso a profissionalização deles não ocorra e nós nos profissionalizemos, nós temos chances de estar na elite no próximo ano”.
Para viabilizar a profissionalização da equipe junto à Federação Mineira de Futebol (FMF), de acordo com o treinador e dirigente, o clube deve pagar uma taxa de R$ 400 mil para a entidade. Mesmo com os altos valores, há esperança do Uberabinha em concretizar esse processo e estar na Primeira Divisão em 2020.
“Não fomos felizes”
A análise de Dudu acerca do desempenho da equipe em 2019 é sincera. Mesmo com um péssimo início de Estadual, com muitas derrotas, Dudu viu sua equipe brigar até o fim contra o descenso.
“Nós começamos o Campeonato Mineiro perdendo os primeiros jogos e isso complicou muito. Fizemos cinco pontos no sub-15 e passamos a ter que buscar alguns resultados fora de casa, o que não aconteceu. No meio do caminho, antes da parada para as férias, nós conseguimos conquistar o título da Liga de Juiz de Fora no sub-15, o que deu bons números no primeiro semestre. Esses números foram fundamentais para nos mantermos vivos na briga contra o rebaixamento até a última rodada, mas não fomos felizes”, comentou.
Apoio na cidade!
Em meio a um cenário de muitas reclamações sobre a falta de apoio da cidade com o esporte, o Uberabinha se destacou positivamente com a obtenção de alguns patrocinadores importantes.

“Conseguimos muito apoio de pequenas empresas, que nos ajudaram muito por saber da seriedade do trabalho. Em Juiz de Fora, conseguimos oito patrocinadores e arrecadamos um valor médio de R$ 4.000,00 de cada um por ano, o que nos ajudou muito a organizar a equipe”, disse Dudu.
Jogos-chave
Apesar de colecionar resultados ruins durante todo o Estadual, o Uberabinha teve jogos-chave para evitar a queda, mas não conseguiu vencer. Segundo Dudu, o jogo diante do Minas Boca em casa e o duelo contra o Santa Cruz foram pontuais para a queda aurinegra.
“Primordial para o rebaixamento foi não termos ganhado do Minas Boca aqui em Santa Terezinha. Tivemos um pênalti a nosso favor, perdemos a cobrança e não ganhamos o jogo. Além disso, teve um empate contra o Santa Cruz, fora de casa, que também fez muita falta no final. Decidir contra o Atlético em BH seria muito difícil, e foi”, finalizou.
Texto: Toque de Bola – Pedro Sarmento
Fotos: Toque de Bola; Marcos Alfredo