O saldo do Pan 2019

  A campanha do Time Brasil nos Jogoa Pan-Americanos de Lima, encerrados no domingo, dia 11, foi repleta de marcas históricas. No total, a delegação verde e amarela conquistou recordes de ouros (55) e total de medalhas (171).

Brasil bateu recorde de ouros e número geral de medalhas

  Com a segunda colocação no quadro geral, que não ocorria desde São Paulo 1963, o Brasil só teve menos medalhas que os Estados Unidos. Além dos 55 ouros, foram 45 pratas e 71 bronzes. O país também garantiu 29 vagas olímpicas para Tóquio 2020.  

  Em entrevista ao site do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o chefe de missão em Lima 2019 e vice-presidente do COB, Marco Antônio La Porta, falou sobre a campanha brasileira. “Temos que exaltar o resultado, porque mostra o bom momento de várias modalidades. Voltamos ao segundo lugar no quadro de medalhas após 56 anos, outro dos objetivos traçados para Lima. Apresentamos evolução em vários esportes, tendo aumentado o número de modalidades que foram ao pódio.”

Os números

Quadro de medalhas final do Pan de Lima 2019 (clique para ampliar)

  Em Lima, 41 modalidades brasileiras conquistaram medalhas, sendo que 22 ganharam ao menos um ouro. Além disso, algumas modalidades melhoraram seus resultados em relação a Toronto 2015: atletismo, boxe, ciclismo de estrada, esqui aquático, remo, tênis e tiro com arco.

  Ainda tratando da evolução de desempenho, 11 modalidades fizeram as melhores campanhas em todas as edições do Pan: badminton, canoagem slalom, BMX, mountain bike, ginástica artística, hipismo saltos, natação em águas abertas, natação, taekwondo, triatlo e vela.

Destaque nas águas… de novo!

  Pelo quarto Pan seguido, a natação é foi a modalidade que mais medalhou, com 30 medalhas (10 de ouro, nove de prata e 11 de bronze) em 2019. Desde o Pan do Rio, em 2007, são dez ouros em cada edição, o mesmo número conquistado em Lima. Como destaque, os ouros nas provas de 50m livre, com Bruno Fratus, 100m livre, com Marcelo Chierighini, e 100m peito, com João Gomes. Os três bateram campeões olímpicos.

  Logo atrás, o atletismo, com 16 medalhas, obteve o segundo melhor resultado do Time Brasil. Foram seis ouros, seis pratas e quatro bronzes, com grande destaque para Darlan Romani, no arremesso do peso, que conquistou o ouro com a marca de 22,07m, e Andressa Morais, prata no lançamento do disco, atingindo 65,58m. Alison dos Santos levou os 400m com barreiras com um tempo que lhe daria prata no último Mundial, e os revezamentos 4x100m rasos do Brasil não tiveram dificuldades para conseguirem o ouro tanto no masculino como no feminino.

A natação brasileira foi destaque mais uma vez

“Nem tudo são flores”

  Na esgrima, a atual campeã mundial, a brasileira Nathalie Moelhoussen, ficou apenas com a medalhas de bronze na espada individual. Antes da competição havia a expectativa de ela levar o ouro e encerrar o período de mais de 50 anos sem título brasileiro na modalidade. No número total de medalhas, o país caiu de cinco pódios em 2015 para três em Lima.

    Outro bronze que não “desceu muito bem” foi o do handebol masculino. O Brasil foi derrotado pelo Chile por 32 a 29 na semifinal da competição e teve que se contentar com o terceiro lugar, conquistado após vitória diante do México por 32 a 20.

A hegemonia e o próximo passo

  Pela 16ª vez em 18 edições dos Jogos Pan-Americanos, os Estados Unidos ficaram na frente do quadro de medalhas. Ao todo, foram 117 ouros, 87 pratas e 83 bronzes, totalizando 287 pódios e a primeira posição no ranking.

  Próxima parada: Tóquio 2020. Os Jogos Olímpicos têm início no dia 24 de julho do próximo ano. O COB opta por não estabelecer metas de medalha ou posição no quadro de medalhas. Ainda assim, há a expectativa de superar os 19 pódios conquistados na Rio 2016.

Texto: Toque de Bola – Pedro Sarmento, com informações do Comitê Olímpico Brasileiro (COB)

Fotos: Divulgação/Comitê Olímpico Brasileiro (COB)

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