
A crônica de um rebaixamento anunciado. Essa foi a tônica do confronto do Tupi com o Cruzeiro neste sábado, dia 16, no Mário Helênio. Atrapalhado e sem forças para reagir aos próprios erros – cuja somatória dentro e fora de campo resultaram na queda para o Módulo II – o Carijó nada mais fez do que assistir os gols do zagueiro Aislan, contra; do centroavante Fred, que marcou nos dois últimos rebaixamentos dos juiz-foranos; e do lateral-esquerdo Egídio, que acertou cobrança de falta de rara felicidade, nos 3 a 0 para a Raposa na décima rodada da competição.
O resultado tornou matematicamente concreta a queda do Tupi para a Segunda Divisão do Estadual. Na última rodada da competição, o Carijó vai até Patos de Minas, na próxima quarta, dia 20, dar seu adeus melancólico à elite do Mineiro após 13 anos consecutivos, enfrentando a desesperada URT. No horizonte do segundo semestre, a Série D do Campeonato Brasileiro, na qual o Carijó aposta como tábua de salvação do ano e precisa conseguir o acesso, sob pena de não ter calendário no segundo semestre de 2020 e 2021, pelo menos.
Como foi

Com o jovem Pablo no lugar de Léo Felipe na lateral-direita como única mudança em relação à derrota por 4 a 1 para o Boa Esporte na rodada anterior, o Tupi começou o jogo levando fogo amigo. Logo aos 2 minutos, a bola foi levantada da intermediária na área do Carijó. De cabeça, o zagueiro Aislan tentou cortar de cabeça, mas o goleio Vilar vinha saindo, e a bola morreu no fundo da rede, fazendo 1 a 0 para o Cruzeiro.
Aos 18 minutos, o zagueiro Guilherme canela fez pênalti infantil, colocando a mão na bola na área. Na cobrança, Fred colocou de um lado, e o goleiro Vilar foi para o outro. No placar, 2 a 0 para o Cruzeiro com domínio total do jogo.
A primeira finalização perigosa do Tupi só veio aos 29 minutos, quando Romarinho recebeu na direita da grande área e chutou cruzado para Fábio espalmar. Aos 36, Egídio quase marca o terceiro da Raposa, cobrando falta a direita. Após desvio leve de Vilar, a bola pegou na trave do Carijó. Controlando o jogo com facilidade, o Cruzeiro foi para o intervalo com o 2 a 0 de vantagem.
Fechou a conta

Apesar da vitória já praticamente assegurada, o Cruzeiro queria mais no segundo tempo. Os celeste começaram sem diminuir a pressão, e Vilar defendeu chute perigoso de Marquinhos Gabriel logo aos 9 minutos. Com o Tupi desesperado e se atirando, o jogo ficou mais aberto, com a Raposa sem conseguir finalizar com qualidade as diversas chances criadas.
Somente no final do jogo, o Cruzeiro conseguiu dar o golpe de misericórdia. Aos 38 minutos, em cobrança de falta da meia-lua, Egídio colocou no ângulo, sem chance para Vilar, para fazer 3 a 0 para o time de Belo Horizonte. O que se seguiu foi o inicio dos últimos e melancólicos minutos do Tupi com um time da elite do futebol mineiro.
TUPI 0 x 3 CRUZEIRO
Mário Helênio – Campeonato Mineiro
Gols: Aislan (contra) aos 2 do 1T; Fred aos 20 do 1T; e Egídio aos 38 do 2T (Cruzeiro)
Árbitro: Jeferson Antônio da Costa
Assistentes: Márcio Eustáquio Santiago e Helen Aparecida Araújo
Cartões amarelos: Leandro Brasília, Fábio Henrique e Aislan (Tupi); Egídio, Dedé e Henrique (Cruzeiro)
Tupi
1 – Vilar
2 – Pablo (Fábio Henrique)
3 – Aislan
4 – Guilherme Canela
6 – Lucas Sampaio
15 – Cleiton (Washington)
8 – Baiano (Nélio)
7 – Leandro Brasília
10 – Gabriel Tchó Tchó
11 – Gabriel Costa
9 – Romarinho
Técnico: Beto Sousa
Cruzeiro
1 – Fábio
2 – Edilson
3 – Léo
26 – Dedé
6 – Egídio
8 – Henrique
29 – Lucas Romero
7 – Rafinha (Marquinhos Gabriel)
19 – Robinho (David)
23 – Rodriguinho (Jadson)
9 – Fred
Técnico: Mano Menezes
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: Júnior Ayupe/Tupi FC