
Três rodadas atrás, nem o mais otimista carijó poderia imaginar a situação que se configurou após a rodada do fim de semana. A vitória do Tupi, sábado, dia 16, sobre o Tombense, fora de casa, por 1 a 0, somada aos demais resultados deixou os juiz-foranos às portas do G4 do grupo B da Série C do Campeonato Brasileiro e longe da luta contra o rebaixamento.
Os jogadores e comissão técnica comemoraram a vitória, conseguida nos minutos finais em Tombos. Autor do gol único da partida, o atacante Patrick destacou a dificuldade do confronto. “Foi na raça. O time deles tem muita qualidade, marcou de perto e não conseguimos trocar passes. Mas no final deu tudo certo, João Vítor vem entrando muito bem, foi feliz no chute e pude empurrar para a rede”, disse.
Ainda sem alívio
Mesmo com a vitória que abriu a possiblidade de entrada da equipe no G4 em caso de novo triunfo contra o Bragantino, no sábado, dia 23, o Tupi não se descuida da primeira meta na Série C: a permanência na divisão. Por isso, a diretoria faz as contas enquanto a competição se desenrola e o time vai se aproximando do objetivo em campo.

Segundo o diretor executivo de futebol, Nicanor Pires, o ideal é pensar em uma degrau após o outro. “Claro que o primeiro objetivo nosso em uma competição nacional é permanecer. E ainda não conseguimos a pontuação necessária para que isso aconteça. Temos que dar um passo de cada vez. Primeiro, conquistar a pontuação necessária para a permanência e, depois, falar em G4”, avalia.
Número mágico
No Tupi, a pontuação considerada ideal para evitar de vez o rebaixamento fica em torno dos 20 pontos, mas pode ser menor. “Se a gente se basear nos últimos anos, o Macaé foi rebaixado com 19 pontos e, no ano anterior, foi até menos, quando a Portuguesa-SP somou 14 pontos”, relembra Pires.
Mas, mesmo pregando a cautela e foco nos objetivos por etapas, os últimos resultados do Carijó fazem o time sonhar em mais alto. “Essa arrancada, essa sequência de jogos que temos desde a chegada do Eugênio (Souza, técnico que assumiu o Tupi na sexta rodada, após a demissão de Ricardo Leão uma partida antes) cria em nós a expectativa de brigar por uma vaga entre os quatro, certamente”, admite o dirigente.

Perto e longe
Pires acredita que conseguir ir ao grupo dos classificados nesse momento é positivo, mas a ideia é estar lá na última rodada do returno. “Além de entrar no G4 a gente tem que trabalhar depois para permanecer. Não adianta você passar diversas rodadas entre os quatro primeiros e chegar na última e não permanecer. Isso aconteceu com clubes como Joinville e Botafogo-SP no ano passado”, alerta.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos com entrevista de Patrick ao globoesporte.com
Arte: Toque de Bola com informações da CBF
Foto: Divulgado por torcedores do Tupi