
Ainda sem vencer ou mesmo pontuar na Superliga masculina 2017/18, o JF Vôlei chegou a um momento considerado como o mais importante da atual temporada. É que em função das dificuldades em sete rodadas disputadas, seria fundamental a equipe local vencer os dois próximos desafios, justamente contra as equipes mais próximas na classificação.
No domingo, dia 26, às 21h, o JF Vôlei, 12º colocado e lanterna, visita o Maringá, 11º lugar – o adversário leva vantagem em pontos conquistados durante os sets, uma vez que também não chegou a vencer dois sets numa mesma partida, situação em que é creditado um ponto ao time derrotado.
Em seguida, na nona rodada, no dia 2, às 18h, o time treinado por Henrique Furtado recebe o Ponta Grossa/Caramuru, que ocupa a décima posição, fruto de quatro pontos, fruto de uma vitória e de dois sets vencidos diante do Corinthians/Guarulhos, na noite de terça-feira, dia 21, no complemento da sétima rodada – o resultado foi 3 sets a 2 (16/25, 25/21, 25/23, 28/30 e 15/12), em 2h25 de jogo, no ginásio de Ponta Grossa.
Veja a classificação abaixo. Clique sobre a imagem para ampliar

Pelo regulamento, os dez primeiros colocados na atual edição da Superliga estarão garantidos na elite na próxima temporada. Os dirigentes já disseram que para 2018/19 há uma perspectiva melhor, em função de leis de incentivo ao esporte.
Na tarde de domingo, a derrota por 3 sets a 0 para o Sesc-RJ, treinado por Giovane Gávio, trouxe um dado que deixou o torcedor preocupado. No terceiro parcial, o JF Vôlei chegou a abrir 19 a 12, mas não teve a tranquilidade necessária para fechar o set e buscar uma reação na partida e na própria competição.
“Faltou aproveitar melhor o momento bom. Acho que corremos muito atrás enquanto estávamos atrás. Quando estávamos na frente não soubemos aproveitar. Tentamos matar a bola na primeira ação, tivemos pressa e a pressa não combina com nosso time. Nosso time combina com foco e determinação. Por um momento tivemos esse momento de pressa que nos atrapalhamos principalmente no ataque”, avalia Furtado.
Veja outros trechos da entrevista do treinador após a partida em dia e horário incomuns – a partida teve início às 13h para atender à grade de programação da Rede TV, que tem cortado o sinal de algumas partidas antes do final e gerado muita insatisfação entre os amantes do voleibol.
Sobre a estratégia para poder superar o Maringá, “avaliar o que foi bom (domingo) e o que foi ruim, o que podemos cuidar e melhorar em função do nosso time. Melhorar a regularidade no ataque, manter o saque agressivo o passe regular como foi hoje. E crescendo no ataque. Primeiro é mesmo avaliar os pontos a serem melhorados e depois estudar muito e trabalhar muito em cima dos dados do Maringá.”
Leozinho
Outra situação questionada por torcedores foi a ausência de Leozinho, que figurou na seleção da Superliga nas duas primeiras rodadas: “Teve uma pequena lesão no abdômen, já fez os procedimentos necessários e vamos avaliar como ele recupera durante a semana. E vamos ver como ele vai estar para o próximo jogo, ainda incerto”, revela o técnico.
Leozinho sentiu dores abdominais após dar um “mergulho” para buscar a bola durante uma partida. Já foi examinado em Juiz de Fora e até em Belo Horizonte, por profissionais do Sada Cruzeiro, para que se tenha o diagnóstico mais detalhado da contusão e do prazo para recuperação.
Não há definição sobre seu aproveitamento nos confrontos importantes contra os dois adversários mais próximos na pontuação.
Lei dos ex?
Se no futebol a torcida costuma dizer que funciona a “lei do ex” quando um atleta que defendeu o clube balança as redes, no confronto de domingo não faltavam “ex” na delegação do Sesc, do Rio de Janeiro, estreante na Superliga.

O treinador, Giovane Gávio, atleta bicampeão olímpico pela seleção brasileira e campeão em seu primeiro ano como técnico na Superliga pelo Sesi-SP, é nascido em Juiz de Fora. Foi revelado no Clube Bom Pastor e depois transferiu-se para o Banespa, quando passou a ser convocado para as seleções de base antes de brilhar na equipe adulta. Como técnico, ainda não dirigiu equipes locais.
Entre os destaques do elenco da equipe carioca, está o “gigante” Renan, de 2,17m, que teve sua melhor temporada até então no JF Vôlei, na edição 2016/17 da Superliga, quando foi o principal pontuador na fase de classificação e o sexteto juizz-forano chegou aos playoffs diante do Taubaté.
O oposto do Sesc RJ falou com naturalidade sobre ter enfrentado sua antiga equipe. “Temporada passada foi muito boa, o Henrique conseguiu comandar o time muito bem e fui muito feliz aqui em Juiz de Fora. Mas, enfrentar um antigo time acontece, é normal, é a nossa vida e temos que saber lidar com isso”, comentou Renan ao site da CBV.
Além de Renan, que ao contrário do que muitos pensam não pertence ao Sada Cruzeiro – a confusão é porque ele passou a defender o time da cidade justamente no ano em que a parceria foi firmada – outros ex-atletas locais revisitaram o “caldeirão”. Japa, que defendeu as cores do então Vôlei UFJF, recebeu o Troféu VivaVôlei como destaque em quadra.
Após a partida, Japa fez questão de dedicar o prêmio a todo o grupo. “Primeiro, quero dizer que é uma pena o João Rafael estar de fora, mas, quando preciso, tento entrar e dar o máximo para ajudar. Entrei e atuei bem no fundo. A vitória foi resultado do empenho da equipe toda e o mérito é de todo o grupo”, afirmou Japa.
O levantador Thiagiuinho comentou sobre o desempenho do seu time, que contou com duas mudanças na formação titular em relação aos jogos passados. “Infelizmente sofremos com duas lesões, do João e do Tiago Barth, mas temos um time de 15 pessoas que podem entrar e dar o máximo. Hoje foi a prova disso. O Japa entrou e foi o melhor, o Renatão fez uma partida muito boa e estou feliz pela reação que tivemos no terceiro set”, analisou Thiaguinho.
O JOGO
O JF Vôlei abriu o placar no erro do adversário. As equipes seguiram trocando pontos até 3/3. Com Maurício Borges duas vezes seguidas, o Sesc RJ marcou 4/3. Com Renan, a equipe carioca colocou dois de vantagem: 8/6. Com ponto do central Bruno, o time de Juiz de Fora marcou 9/11. Os donos da casa reagiram e deixaram tudo igual em 11/11 no contra-ataque de Emerson. O Sesc RJ voltou a abrir dois em 15/13. Com Renan pela saída de rede, a equipe do Rio de Janeiro chegou a 17/14. Quando o placar foi a 18/14, Henrique Furtado pediu tempo. Com bloqueio de Maurício Souza, o Sesc RJ marcou 20/15. JF Vôlei parou o jogo novamente. Com PV, 23/16. No final, Maurício Borges fechou para o Sesc RJ: 25/17.

Assim como no primeiro set, as equipes trocaram pontos até o 3/3. Dessa vez foi o JF Vôlei que abriu dois em 5/3 com o ponteiro Raphael. O Sesc RJ chegou ao ponto de empate (7/7) no erro de saque do adversário. Com Maurício Borges, o time carioca virou o placar em 8/7. Em combinação de bola rápida de Thiaguinho com Renan, o Sesc RJ fez 11/8. O JF Vôlei buscou e, com Rômulo, encostou em 10/11. Renatão pontuou para o time carioca e fez 14/11. Quando o placar foi a 15/11, Henrique Furtado pediu tempo. No ace de Everaldo, 17/12. Ainda com Everaldo no saque, o Sesc RJ marcou 19/12. Com mais um ace, dessa vez de Japa, o time carioca abriu boa vantagem: 21/13. E o Sesc RJ fechou em 25/18.
O JF Vôlei começou melhor e abriu 3/0 no terceiro set. Contando com erros do time carioca, os donos da casa abriram 6/2. Neste momento, Giovane pediu tempo. Com Maurício Borges, o Sesc RJ reduziu a diferença no placar para um ponto: 7/8. No lance seguinte, no erro do adversário, empate em 8/8. O JF Vôlei voltou a abrir vantagem (13/10) e com dois pontos de saque de Drago, 15/10. Mais um pedido de tempo para o Sesc RJ. Contando com erros do Sesc RJ, o JF Vôlei abriu boa vantagem em 19/12. Maurício Borges reduziu a desvantagem para o seu time em 15/20. Mais uma vez com o ponteiro, 17/20. Ainda em boa recuperação, o Sesc RJ encostou em 19/20. Com Japa, o time carioca chegou ao ponto de empate em 20/20. O time carioca seguiu pontuando e fechou o último set em 25/22.
EQUIPES
JF VÔLEI – Felipe, Emerson, Bruno, Rômulo, Rammé e Raphael. Líbero – Juan. Entraram – Adami, Vitor, Drago. Técnico: Henrique Furtado
SESC – Thiaguinho, Renan Buiatti, Maurício Souza, Renatão, Japa, Maurício Borges. Líbero – T. Brendle. Entraram – PV, Levi, Everaldo. Técnico: Giovane Gáveo
Texto: Toque de Bola, com reportagem de Elisa, informações do site da CBV e edição Ivan Elias
Artes: Toque de Bola, com informações do site da CBV
Foto: assessoria JF Vôlei