
A festa foi grande no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, desde a chegada da delegação do Tupi ao estádio. Na entrada, recepção calorosa da torcida para os jogadores com foguetes, sinalizadores, bandeirões e cantos de incentivo. Tudo para mostrar apoio ao time, que precisava marcar no mínimo dois gols – sem sofrer nenhum. O estádio lembrava o tempo em que o Tupi levava um bom público – e não faz tanto tempo assim que isso ocorria. A torcida fez sua parte, apoiou do começo ao fim e jogou junto.
Em campo os jogadores também fizeram o papel de retribuir todo o ambiente criado. Os quase 5.800 torcedores que assistiram à partida puderam ver uma atuação do Tupi bem diferente do primeiro jogo, quando a equipe foi derrotada pelo Fortaleza por 2 a 0, com um segundo tempo para se esquecer. Dessa vez a pressão foi desde o início, o que dava mostras de que estavam dispostos a buscar a classificação a qualquer custo.

Superação do time e erros de arbitragem
Mas não foi possível avançar às semifinais. A vaga na série B de 2018 ficou com o Fortaleza. A vitória por 1 a 0 não foi suficiente apesar do time ter tentando até o último minuto. Talvez fosse questão de tempo até o segundo gol, tempo esse que não houve. Erros de arbitragem foram cruciais na eliminação. Porém nada disso apaga o bom campeonato que o Tupi fez.
“Foi uma campanha muito boa. Antes do começo do campeonato nossa equipe era cotada para brigar contra o rebaixamento e conseguimos surpreender muita gente. Fomos para o mata-mata com o intuito de conseguir o acesso, fizemos duas grandes partidas, mas infelizmente o acesso não veio. Perdemos lá de 2 a 0. Tentamos aqui reverter, até conseguimos abrir o placar, porém, tiveram erros de arbitragem, erros cruciais que culminaram na nossa eliminação. Mas nosso grupo está de parabéns, todos nós fizemos um grande trabalho”, avaliou o zagueiro Edmário.
No sacrifício
Muito elogiado, o zagueiro acredita que fez um bom ano, mas não sabe se fica no clube. “Creio que fiz um grande campeonato, tanto no Campeonato Mineiro quanto na série C. Agora é descansar porque venho sentindo bastante com a pubalgia. Joguei no sacrifício, procurar tratar agora e já pensar no ano que vem. Ainda não tem nada certo, vou para casa com a cabeça tranquila e se Deus quiser vão aparecer coisas boas”, revela.
A pubalgia se caracteriza pela presença de dor, na região baixa do abdômen e na virilha.
O vice-presidente e responsável pelo departamento médico do clube, José Roberto Maranhas, confirma que o zagueiro sofre bastante com a pubalgia e elogiou o comprometimento do jogador na fase decisiva.
Papel do treinador
Sob o comando de Aílton, Edmário cresceu de produção e se tornou peça fundamental na defesa Carijó. Segundo o defensor, o treinador teve um papel determinante na campanha do time, que não era cotado à classificação e fez uma excelente primeira fase. Além disso, o técnico contribuiu muito não para seu desempenho individual, mas de todos os atletas.
“A participação do Aílton foi essencial, ele é uma pessoa super do bem, nos ajudou bastante. É um cara que trabalhador que veio agregar. Só tenho a agradecer porque aprendemos muito com ele. Espero que ele possa conquistar os objetivos na carreira e no decorrer dos anos estar em times de série A”, completa.
Texto: Toque de Bola, com reportagem de Patrick Alves, estagiário do Toque de Bola, edição e supervisão Ivan Elias, Toque de Bola
Fotos: Flickr Tupi – Felipe Couri e Leonardo Costa