30 05 2017
Guto Ferreira foi confirmado como novo técnico do Internacional-RS, para ocupar a vaga de Antônio Carlos Zago.
Confira, abaixo, matéria publicada no site oficial do clube gaúcho sobre a contratação.
O Sport Club Internacional comunica que Guto Ferreira será o treinador da primeira equipe para a sequência da temporada 2017. Ele terá a companhia dos auxiliares André Luís e Alexandre Faganello, e do preparador físico Juninho. O contrato se estende até dezembro de 2017 com possibilidade de renovação por mais um ano. A negociação foi concluída após conversa entre os dirigentes dos dois clubes. A apresentação oficial será na quinta-feira, dia 1º, na sala de imprensa do estádio Beira-Rio, em horário a ser confirmado.
Formação no Inter
Augusto Sérgio Ferreira, 51 anos, começou a carreira no XV de Piracicaba, seguiu para o São Paulo e em 1997 chegou para trabalhar nas categorias de base do Internacional. Além de participar da formação de diversos jogadores, comandou o time júnior na conquista da Copa São Paulo de 1998 e assumiu o time principal em 2002, sendo campeão gaúcho no mesmo ano.
No ano seguinte, deixou o Inter com o objetivo de adquirir experiência como treinador. Trabalhou no interior de São Paulo, no Noroeste e em dois clubes de Portugal até voltar para o Inter em 2005, quando passou a ser coordenador das categorias de base. A partir de 2008 passou a integrar a comissão técnica do grupo principal, tendo desempenhado as funções de auxiliar técnico e observador com os técnicos Tite, Mário Sérgio e Celso Roth. Na conquista da Copa Libertadores de 2010, Guto era o responsável pela observação dos times adversários.
Destaque no futebol de São Paulo
Guto deixou novamente o Inter em 2011 para se dedicar a carreira de treinador. Em 2012, levou o Mogi Mirim ao inédito título de campeão paulista do interior e conseguiu o acesso para a Série C do Brasileirão. Ainda em 2012, salvou a Ponte Preta do rebaixamento na Série A. No ano seguinte, pela Ponte, Guto mais uma vez conquistou o título de campeão paulista do interior, tendo a melhor defesa da competição. Ainda em 2013, assumiu a Portuguesa na lanterna do Campeonato Brasileiro e salvou o time do Z4.
Acesso para a Série A
Guto assumiu a Ponte Preta novamente em meio a disputa da Série B de 2014, quando o time estava em 10º lugar. Com uma arrancada de 15 vitórias em 21 jogos e 77% de aproveitamento, conduziu a equipe de Campinas de volta para a elite do futebol nacional. Em 2015, conseguiu o seu 3º título de campeão do interior de São Paulo e chegou a liderar a Série A do Brasileirão com a Ponte. Terminou a temporada na Chapecoense, mantendo o time na Série A. Em 2016, Guto conquistou o Campeonato Catarinense com o time de Chapecó. Com o bom trabalho feito em Santa Catarina, e aproveitamento de 56,2%, foi contratado pelo Bahia.
Segundo acesso para a Série A
Guto chegou ao Bahia em meio a disputa da Série B 2016, com o time na 9ª posição. Ao término da competição, com campanha de 60% de aproveitamento, classificou o Bahia de volta para a Série A. Na temporada 2017, levou o Bahia ao título da Copa do Nordeste, feito que não acontecia há 15 anos. Guto ganhou destaque pela solidez defensiva do time que não sofreu gols em 20 dos 31 jogos.
Ficha técnica:
Nome: Augusto Sérgio Ferreira
Nascimento: 07/09/1965 – 51 anos
Natural: Piracicaba (SP)
Formação: Faculdade de Educação Física – UNIMEP (SP)
Trajetória:
1992 | XV de Piracicaba
1995 | São Paulo
1997 | Internacional
2003 | Noroeste
2003 | Penafiel (Portugal)
2004 | Naval (Portugal)
2005 | Corinthians-AL
2005 | Internacional
2007 | XV de Campo Bom
2011 | Mogi Mirim
2011 | Criciúma
2011 | ABC
2012 | Mogi Mirim
2012 | Ponte Preta
2013 | Portuguesa
2014 | Figueirense
2014 | Ponte Preta
2015 | Chapecoense
2016 | Bahia
2017 | Internacional
Principais conquistas:
1996 e 1997 | Bicampeonato Gaúcho de Juniores (Inter)
1998 | Copa São Paulo de Futebol Júnior (Inter)
2002 | Campeonato Gaúcho (Inter)
2008 | Copa Sul-Americana (Inter) – auxiliar técnico
2009 | Campeonato Gaúcho (Inter) – auxiliar técnico
2010 | Copa Libertadores (Inter) – observador técnico
2012 | Campeonato Paulista do Interior (Mogi Mirim)
2013 | Campeonato Paulista do Interior (Ponte Preta)
2014 | Acesso para a Série A (Ponte Preta)
2015 | Campeonato Paulista do Interior (Ponte Preta)
2016 | Campeonato Catarinense (Chapecoense)
2016 | Acesso para a Série A (Bahia)
2017 | Copa do Nordeste (Bahia)
Depois da derrota do Tupynambás, por 1 a 0, na noite desta segunda-feira, dia 18, em Patos de Minas, diante da URT, o treinador Felipe Surian afirmou, em entrevista à Rádio Globo Juiz de Fora, que não há motivo para desespero e anunciou que o jogo de domingo, dia 24, às 11h, em casa, diante do Guarani, de Divinópolis “é uma nova decisão”.
A partida encerrou a sétima rodada do Campeonato Mineiro 2019, e o gol do zagueiro Ewerton, aos 10 minutos, após cobrança de escanteio da direita, acabaria sendo o único do jogo, no primeiro confronto na história entre as equipes. Mesmo com a vantagem de um jogador a mais durante quase toda a segunda etapa, o Leão do Poço Rico não encontrou o gol de empate, apesar de pressionar e criar chances.
Carijó na lanterna
A derrota foi ruim também – e muito – para o Tupi, uma vez que a URT somou três pontos e “empurrou” o Carijó, cada vez mais ameaçado de rebaixamento, para a lanterna – e o time de Patos de Minas, que parece ter se motivado com a vitória na Copa do Brasil (3 a 2 sobre o Coritiba, na quinta-feira, dia 14), ainda tem um jogo a menos no Estadual. A equipe da Terra do Milho encara o Boa, em partida adiada da quinta rodada do dia 3 de fevereiro, primeiro o para 27 deste mês e, agora, para o dia 4 de março, após a classificação do Trovão Azul para a segunda fase da competição nacional.
Início ruim
Surian reconheceu que a atuação do time no primeiro tempo deixou a desejar. “Só começamos a jogar e colocar a bola no chão depois da metade da etapa inicial”. Já no segundo tempo, na avaliação do treinador, o rendimento melhorou e faltou capricho para trazer ao menos um ponto como visitante.
Pontuação tranquiliza
Mesmo depois de mais uma partida sem pontuar – a equipe não vence desde a segunda rodada quando superou o Tupi por 1 a 0, Surian destaca que o número de pontos – oito – já alcançado pelo Tupynambás em comparação a de outras equipes deve ser levado em conta. Ele acredita que um triunfo sobre o Guarani, domingo, em Juiz de Fora, pode garantir a permanência na elite para 2020 e ainda aumentar as possibilidades de o time terminar entre os oito primeiros colocados na fase de classificação, chegando ás quartas-de-final – no momento, está na sétima posição.
Gol aos 9
De acordo com a assessoria de imprensa do Baeta, “com mais força ofensiva, a URT encurralou o Baeta nos minutos iniciais. Logo aos nove minutos, após cobrança de escanteio, o zagueiro Ewerton empurrou para o gol e abriu o placar no Zama Maciel. Após o gol, a URT continuou melhor e assustava à meta do arqueiro Renan Rinaldi. Na segunda metade do primeiro tempo, o Baeta teve uma leve melhora, mas não conseguia finalizar. Aos 44 minutos, o volante e capitão da URT impediu um contra-ataque do Baeta e foi expulso após receber o segundo cartão amarelo”.
Segundo tempo
Ainda segundo relato da assessoria, “com um jogador a mais em campo, o Baeta partiu pra cima dos donos da casa. Em menos de quinze minutos, foram nove finalizações em direção à meta da URT. O Leão do Poço Rico dominava totalmente a partida, com muita posse de bola e muito volume de jogo, chegava com facilidade na área do Trovão, mas as dezenas de chances criadas não resultavam em gol. Numa delas, em cobrança de falta, o zagueiro Gilson quase marcou contra, acertando a trave após desvio de cabeça. Na parte final, a URT também acertou a trave através de Rafael Oller. Aos 44 minutos, o zagueiro Adriano, do Tupynambás, acabou expulso. Final de partida: URT 1×0 Tupynambás.”
URT 1 x 0 TUPYNAMBÁS
Zama Maciel – Campeonato Mineiro
Gol: Ewerton aos 9 do 1T (URT)
Arbitro: Jerferson Antônio da Costa
Assistentes: Breno Rodrigues e Fabiano Jesus da Silva
Cartões amarelos: Geovani, Adriano (Tupynambás); Diogo Orlando e Marcão (URT)
Cartões vermelhos: Adriano (Tupynambás); Diogo Orlando (URT)
URT: Marcão; Rodney, Ewerton, Marcos Vinícius e Djalma Silva; Diogo Orlando, Derly, Rafael Oller (Bruno Aquino) e Patrick (Gilson); Juninho Potiguar (Carrara) e Reis. Técnico: Ito Roque
Tupynambás: Renan Rinaldi; Paulinho, Marcelinho, Adriano e Lucas Hipólito; Marcel, Léo Salino (Eraldo), Leandro Salino e Geovani (Téssio); Igor Soares (Ygor) e Ademílson. Técnico: Felipe Surian
Texto inicial: Toque de Bola, com informações da Rádio Globo JF
Texto sobre o jogo com informações da assessoria de imprensa do Tupynambás FC
Artes: Toque de Bola e Toque de Bola com informações da Federação Mineira de Futebol
Foto: Tupynambás FC
Uma equipe que ainda tem muitos aspectos a evoluir, mas que errou menos Essa é a avaliação da Comissão Técnica e jogadores sobre o resultado do JF Vôlei, que venceu a primeira partida na Superliga B 2019 no último sábado, dia 16: 3 sets a 0 sobre São José dos Campos, no ginásio do adversário, com parciais de 19/25, 17/25 e 22/25.
Com a vitória, o JF ocupa a quinta colocação na tabela, com quatro pontos ganhos: três diante do São José na última partida e um contra o Anápolis, na estreia da competição, quando foi derrotado por 3 sets a 2, fora de casa.
Após o final do jogo, o técnico Marcão se mostrou satisfeito com o comportamento da equipe e a primeira vitória: “Foi uma partida interessante. Conseguimos nos comportar muito bem, principalmente em duas coisas propostas aos meninos: o número de erros, que diminuiu muito em relação ao último jogo, e o ataque funcionando quando o passe não saía. Ainda temos alguns detalhes a serem corrigidos como saque viagem e transição, mas fiquei muito feliz com o desempenho da equipe”.
A partida
O primeiro set começou com muito equilíbrio, com as equipes se alternando na liderança do placar. O JF Vôlei conseguiu abrir vantagem de três pontos a partir da metade do set e fechou em 25/19. No segundo set a equipe de Juiz de Fora não tomou conhecimento do São José e chegou a abrir nove pontos de vantagem, o que permitiu que o time conduzisse com tranquilidade a partida e fechasse em 25/17. O terceiro e último set foi o mais equilibrado. Jogando “tudo”, o São José reagiu e chegou a ficar na frente na reta final, mas o JF Vôlei teve tranquilidade e fechou a partida com um 25/22 no último parcial.
Sobre a partida, o líbero Athos falou com exclusividade ao Toque de Bola e colocou a vitória na conta da vontade. “Foi uma partida bem jogada. Ganhamos por termos tido bastante vontade e cometido menos erros. Essa vitória nos coloca em uma boa condição no campeonato porque nos dá a possibilidade de conseguir uma classificação melhor. É importante darmos confiança a todos para que possamos continuar nessa crescente”, disse o atleta.
Próximo compromisso: “Pedreira”
No próximo sábado, dia 23, o JF Vôlei recebe o Botafogo, em partida válida pela quinta rodada da Superliga B, às 18h, no ginásio da Faculdade de Educação Física e Desportos (Faefid) da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Marcão aponta o adversário carioca como franco favorito no duelo e espera surpreender e conquistar uma vitória em casa.
“O Botafogo está invicto na competição. É uma pedreira. Sabemos do poder de ataque deles, da presença de jogadores experientes e importantes, mas estamos nos preparando bem para fazer uma boa partida. É possível, dentro de casa, fazer um espetáculo e buscar a vitória. Essa é a ideia”, disse o comandante da equipe juiz-forana.
A sequência
Após a partida diante do Botafogo, o JF Vôlei entra em quadra mais duas vezes pela fase classificatória na competição. Dia 27 a equipe vai a Canoas enfrentar o APAV. Depois, recebe a UPIS na sétima e última etapa da primeira fase, compromisso marcado para 9 de março.
De acordo com o regulamento, todas as equipes que participam da a Superliga B disputarão a segunda fase da competição.
Texto: Toque de Bola
Fotos: Juliana Kageyama; Caroline Delgado/JF Vôlei
Arte: Toque de Bola, com informações da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV)
As primeiras horas da sexta-feira, dia 8 de fevereiro, trouxeram uma atmosfera de consternação ao mundo do futebol. Um incêndio matou dez adolescentes com idade entre 14 e 16 anos no Centro de Treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro. Os jovens foram surpreendidos ainda no início na manhã, enquanto dormiam. De acordo com informações preliminares, tudo teria ocorrido após um curto circuito no ar condicionado de um dos quartos do alojamento.
Por todo o País, diversos clubes passaram por fiscalizações em suas estruturas, sendo algumas delas interditadas. Ao longo dos dias que sucederam a tragédia, várias instituições se envolveram no início das investigações, assim como opiniões de personalidades vieram à tona.
Em Juiz de Fora não foi diferente. O Toque de Bola traz a opinião de diversos profissionais locais, com experiência em categorias de base, para falar sobre os efeitos do incêndio no Ninho do Urubu. Entre diretores, coordenadores e professores, o luto e a necessidade de providências imediatas foram o consenso.
Todos foram questionados não apenas sobre a morte dos atletas, mas a abordagem por parte do clube, da imprensa e da opinião pública. O receio e preocupação de pais que possuem filhos no mundo do futebol também foram temas das entrevistas. Confira abaixo o posicionamento dos profissionais.
A tragédia
Marcelo Matta – coordenador do projeto de extensão “Futebol UFJF”
“Conforme todo esportista ficou chateado com esse evento, eu também fiquei. O que envolve ali são dez crianças, uma cultura brasileira muito forte, que é o futebol, a possibilidade de ascensão social através do esporte, a possibilidade de ajudar os familiares, conforme muitas histórias que a gente conhece. Alguns meninos do projeto sentiram muito o acidente, pois conheciam alguns desses garotos que faleceram. É muito triste ter que acompanhar isso”.
Henrique Biaggi – professor da Escola Oficial do Flamengo e ex-treinador do Tupi Futsal
“É lamentável. Se nós estamos tristes dessa forma, nem imaginamos como estão as famílias dessas crianças que estavam buscando um sonho. Acompanhando os desdobramentos nós vemos que não só o Flamengo mas boa parte das equipes brasileiras possuem CTs irregulares. E agora, como tudo no Brasil, após ocorrer uma tragédia, todos correm atrás. Que sirva de alerta a todos os clubes, todas as empresas, para que todos regularizem seus estabelecimentos para ficar de acordo com o que a norma pede. Torço para que tudo seja resolvido da melhor maneira possível, principalmente com os familiares das vítimas”.
Leonardo Beire – diretor do Centro de Futebol Zico Juiz de Fora
Diretor do Centro de Futebol Zico, JF, Léo Beire, entrega placa ao Galinho de Quintino antes de amistoso
“Nós, como formadores que trabalhamos em uma escola de futebol, recebemos com muita tristeza a notícia. Vira e mexe nós mandamos garotos para realizarem avaliações nos grandes clubes do País, inclusive o Flamengo, e temos essa surpresa terrível desse incêndio. Me coloco no lugar de todos os envolvidos, porque é uma situação muito difícil.”
A experiência
– Luiz Fernando Freitas – ex-jogador do Bahia e professor na Escola Oficial do Flamengo
“Morei seis anos e meio em alojamento. Durante dois anos e meio morei em Itaperuna, onde até em arquibancada eu tive que dormir algumas vezes, porque faltava energia e nós dormíamos na arquibancada para não sentir calor. Depois morei durante quatro anos na sede de praia do Esporte Clube Bahia. Era um galpão com cerca de 20 a 30 criança, juntos, atrás de sonhos. Infelizmente, um trágico acidente, que agora vai abrir os olhos para as vistorias e para ver se realmente existe segurança onde essas crianças ficam. Existem muitos clubes com a estrutura muito pior que a do Flamengo, e olha que a do Flamengo era boa, porque não é qualquer clube que tem ar condicionado para criança, a maioria é ventilador mesmo ou você leva o seu”.
Alfredo Coimbra – professor responsável pela escolinha Iniciação Esportiva São Mateus (Futsal)
“Já trabalho faz bastante tempo na área de formação de jogadores de base. O problema todo é que as famílias veem esses meninos como a salvação de todos, não só no poder monetário, mas é o garoto que pode tirar uma família da miséria. Os clubes têm de rever esses conceitos, porque não é só no Flamengo que é assim. O que aconteceu é muito chato”.
Providências
Lucas Fajardo – professor responsável pela Escola de Futebol Wellington Fajardo
“Nós, que estamos no meio do futebol, sabemos que esse é apenas um dos riscos. Tudo isso requer uma responsabilidade muito grande. Agora, como sempre em nosso País, eles vão começar a rever muita coisa e tem que ser levado mais a sério, para que nunca mais tenhamos que conviver com esse tipo de coisa. Só lamento muito e desejo força principalmente para as famílias. É o momento de pensarmos neles. Temos que melhorar e tornar o futebol mais humano”.
Leonardo Beire
“Quando acontece uma situação tão negativa e desesperadora dessa, logicamente os responsáveis devem ser punidos. Na realidade, o futebol brasileiro, muitas vezes, apresenta um cenário de concentrações, alojamentos e categorias de base com grandes problemas. Temos que entender melhor tudo isso”.
Marcelo Matta
“Todas as circunstâncias demonstram que realmente houve erro e os responsáveis terão que responder por isso. Sinceramente, tem que penalizar e criar um regime rigoroso quanto a isso, pois os clubes, a cada dia que passa, procuram descobrir, selecionar, detectar meninos mais novos e antes de seus concorrentes. Se o Flamengo, com esse investimento, passou por esse problema, como será que estão as instalações de clubes espalhados pelo País? Quais são as condições deles? É por isso que esse fato pode criar um novo modelo, mais rigoroso, e parar com isso de tirar os meninos de suas famílias tão cedo”.
A família
Luiz Fernando Freitas
“Acredito que a participação dos pais nessa hora é fundamental. Acho que o pai tem que ter acesso ao local que o filho está, onde o filho vai dormir, com quem vai dormir, como vai dormir, e muitas vezes eles não são ouvidos. Meu pai viajou 1200km até Salvador para saber onde eu ia ficar. Acho que agora o poder público, as instituições, os clubes, ficarão atentos a tudo, e os pais principalmente, porque sempre vão lembrar dessa situação ao levar seus filhos em clubes”.
Henrique Biaggi
“Isso sempre aconteceu. Agora, depois dessa tragédia, todos vão querer saber para onde seus filhos estão indo. Aquela coisa de atleta dormir embaixo da arquibancada, como havia há muito tempo atrás, alojamentos sem nenhuma estrutura… isso vai fazer com que, com certeza, os clubes se profissionalizem e os pais, quando chegarem a um clube, vão analisar as condições oferecidas. Situações difíceis muito já passaram, mas agora esse tipo de situação tende a acabar.”
Leonardo Beire
“Tenho certeza que muitos pais ficarão mais atentos com relação a onde e como os filhos vão ficar. Infelizmente, esse posicionamento tende a acontecer com aqueles que tem uma garantia, com os pais sempre atentos. Conheço muitos garotos que toleram qualquer tipo de coisa para continuar atrás de seus sonhos como, por exemplo, dormir em degrau de arquibancada. É complicado”.
Indenização
Na tarde desta segunda-feira, dia 18, o globoesporte.com informou sobre as providências e o cálculo para a indenização dos familiares das vítimas do incêndio.
Após reunião na última sexta-feira, o departamento jurídico do Flamengo voltou ao Ministério Público nesta segunda para discutir as indenizações do incêndio que matou 10 atletas do clube no dia 8 de fevereiro no Ninho do Urubu. O clube apresentou proposta para membros do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância e Juventude, do MP, em encontro com a participação também de representantes da Defesa Civil e do Ministério do Trabalho.
O MP fez contraproposta ao Flamengo, que ficou de responder até o fim da semana. O cálculo inicial foi feito pelo Rubro-Negro e levou em conta tempo de carreira e remuneração média para jogadores. A proposta de indenizações será dividida em categorias: familiares dos 10 atletas mortos no incêndio; sobrevivente com lesão permanente (Jonatha Ventura); sobreviventes que escaparam sem lesões. Os valores ainda são mantidos em sigilo.
Depois do Flamengo e do Ministério Público entrarem em acordo, a proposta será levada aos familiares, em outra etapa. Cada família indenizada pode aceitar ou recusar o acordo. Em caso de negativa, podem recorrer por indenização individual.
Texto: Toque de Bola
Texto complementar: globoesporte.com
Fotos: Toque de Bola, G1, globoesporte.com e arquivos pessoais
Não deu para o Tupi segurar o time reserva do Atlético no Independência e voltar com pelo menos um ponto de Belo Horizonte como era a intenção dos carijós. Em noite chuvosa na capital mineira, neste sábado, dia 16, a equipe de Juiz de Fora perdeu por 2 a 0 para os atleticanos, com gols do centroavante Alerrandro e do meia Vinícius, ambos no segundo tempo.
Amargando a penúltima posição no Campeonato Mineiro 2019, o Carijó tem que vencer o Patrocinense na oitava rodada do Estadual. A partida do sábado, dia 23, ganhou contornos de decisão pois uma derrota praticamente selará o rebaixamento do clube juiz-forano para o Módulo II do Minero, pois o último jogo do Tupi em casa é contra o Cruzeiro, no dia 16 de março.
Times diferentes
Como previsto, por conta da disputa da Libertadores, o Atlético mandou a campo sua equipe reserva. Já o Tupi teve confirmadas as alterações testadas durante a semana pelo técnico Gérson Evaristo. Na defesa, Emerson, com um problema lombar, não ficou nem no banco. Sem um especialista disponível no elenco, o jeito foi improvisar o lateral-direito Léo Felipe do outro lado do campo.
No meio, Diego Gomes apareceu na vaga deixada pelo também contundido Nélio. Assim, o cabeça de área formou uma linha de quatro volantes ao lado de Eduardo Nardini, Max Carrasco e Baiano. O expediente segurou o Atlético no início do jogo, mas o time de Belo Horizonte achou brecha depois dos dez.
Traves salvam
Aos 11 minutos, Michael Bolt recebeu nas costas de Léo Felipe e bateu com pouco ângulo, mas a bola passou por Vilar e acertou a trave e o travessão. Quatro minutos mais tarde, Carlos César limpou o lance e chutou cruzado com desvio em Aislan. Novamente a baliza superior salvou o Carijó de levar o primeiro.
Após os sustos, o Tupi conseguiu respirar um pouco no jogo, apesar de não conseguir articular as jogadas em velocidade. As melhores chances carijós surgiram em cobranças de falta. Assim, aos 32 minutos, Aislan assustou o goleiro Cleiton ao cobrar rasteiro e a bola passar raspando a trave direita do Atlético. Mas, o primeiro tempo terminou sem ninguém conseguir abrir o marcador.
Milagre e castigo
Com menos de um minuto de segundo tempo, o goleiro Vilar fez mais uma defesa milagrosa no Campeonato Mineiro. O uruguaio Terans dominou na entrada da área e girou batendo. A bola desviou na zaga carijó, mas o arqueiro conseguiu, no reflexo, dar um tapa de mão esquerda, evitando o gol.
Mas aos cinco minutos não teve jeito. Alerrandro recebeu de Michael Bolt na entrada da área e bateu cruzado. O chute desviou no pé zagueiro Tiago, Vilar ainda tocou na bola, mas não com força suficiente para evitar a abertura do placar para o Atlético. Mesmo após levar o gol, o Tupi não se arriscou muito, até porque a pressão atleticana continuou.
Ex-carijó fecha a conta
Após mais duas boas intervenções de Vilar, o Atlético conseguiu o gol que acabou matando o jogo. Aos 35 minutos, após jogada de Guga pela direita, Vinícius, que vestiu a camisa do Carijó em 2013, recebeu na entrada da área e bateu rasteiro, firme, no canto direito, sem chance para o goleio do Tupi.
Com o 2 a 0, o Tupi até adiantou-se mais. E teve sua melhor chance do jogo aos 40 minutos, quando Léo Felipe cruzou da esquerda e Saulo, que havia entrado na vaga de Nardini, bateu de primeira, próximo ao poste esquerdo do Atlético. Mas, nenhum dos dois times mexeu mais no placar até o fim.
ATLÉTICO 2 X 0 TUPI
Independência – Campeonato Mineiro
Gols: Alerrandro, aos 5 do 2T; Vinícius aos 35 do 2T (Atlético)
Árbitro: Antônio Márcio Teixeira da Silva
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Leandro Salvador da Silva
Cartão amarelo: Léo Silva (Atlético); Afonso (Tupi)
Atlético
40 – Cleiton
98 – Guga
3 – Léo Silva
19 – Maidana
26 – Carlos César (Hulk aos 39 do 2T)
18 – Lucas Cândido
14 – Zé Welison
20 – Terans (Daniel aos 37 do 2T)
92 – Vinícius Goes
11 – Maicon Bolt
44 – Alerrandro (Nathan aos 41 do 2T)
Técnico: Levir Culpi
Tupi
1 – Vilar
2 – Afonso
3 – Tiago
4 – Aislan
6 – Léo Felipe
5 – Diego Gomes
7 – Max Carrasco
10 – Eduardo Nardini (Saulo aos 12 do 2T)
8 – Baiano (Hugo Ragelli aos 28 do 2T)
11 – Gabriel Costa (Breno aos 37 do 2T)
9 – Romarinho
Técnico: Gérson Evaristo
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Arte: Facebook Atlético
Fotos: Júnior Ayupe/Tupi FC
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