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No reencontro com Tupi e Estádio Mário Helênio, Fajardo se emociona e lamenta: “Este não é o Villa”

16 03 2015

Como estariam o coração e os nervos de Welington Fajardo em seu reencontro com o Tupi, clube onde conquistou dois títulos – campeão da Taça Minas Gerais (2008) e  campeão Mineiro Módulo II (2001), e o Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, palco em que experimentou  uma rara trajetória invicta de partidas no comando da equipe alvinegra – nas contas do técnico, são 22 jogos seguidos sem perder entre 2001 e 2002.

O Toque de Bola, que transmitiu a partida ao vivo na web rádio do Portal, fez questão de acompanhar cada passo do treinador na tarde de domingo, 15, nos bastidores do encontro que terminaria com uma derrota de digestão e explicação difíceis – afinal, o Villa Nova, que vinha de apenas uma derrota na competição – 4 a 0 para o Cruzeiro, em Nova Lima, quatro gols no segundo tempo, na noite do último dia 11, foi derrotado por novo placar elástico – 3 a 0 – diante de um anfitrião em crise, e que ainda perdeu o apoiador Bruno Arrabal por expulsão, logo aos 10 minutos de jogo.

Welington Fajardo: último a deixar o vestiário antes do jogo e o primeiro a entrar,  com a partida encerrada

Welington Fajardo: último a deixar o vestiário antes do jogo e o primeiro a entrar, com a partida encerrada

  Bastidores

O Toque de Bola seguiu de perto um técnico que procurava aparentar tranquilidade, mas deixava transparecer certa ansiedade. Momentos depois de o clube divulgar a escalação, com numeração, na porta do vestiário, apareceu e fez questão de apresentar ao Toque de Bola integrantes da diretoria e da Comissão Técnica do Leão do Bonfim.

Perguntamos como ele se sentia ao voltar a Juiz de Fora, diante de uma torcida que admira e respeita tanto seu trabalho:

“A recíproca é a mesma”, respondeu.  “Comecei minha carreira aqui em 2001 e sempre tive um respeito. Tivemos uma invencibilidade muito grande aqui dentro, quase não perdíamos. Foram muitos jogos aonde sempre comemoramos grandes vitórias. Fui campeão da Taça Minas Gerais aqui em 2008 em cima do América, um título muito valorizado por ser contra um time da capital. E fico muito feliz por estar voltando para a cidade em que já moro há 18 anos, poder reencontrar minha esposa, netinha, filhos. É só motivo de alegria e felicidade. Queria deixar um abraço para todos e quando começar o jogo é cada um defendendo suas cores. Somos sabedores de que teremos um jogo muito difícil contra o Tupi, que sempre foi muito forte aqui dentro e vamos tentar fazer nosso melhor”.

Foi o próprio Welington quem nos confirmou que sua “primeira vez” na cidade como treinador adversário ocorreu em 2009, quando ele comandava o Uberlândia.

“Agora está mais tranquilo, na primeira vez fiquei mais mexido. Agora estou mais sossegado, sabemos que o treinador vai até um certo ponto, não temos como ir mais do que já fizemos que é ver os vídeos, passar para os atletas as qualidades e deficiências do adversário e o que temos de melhor, então agora o jogo é os 11 contra os 11, eles que vão decidir em campo e que vença o melhor”.

  Vai começar

Entram em campo os titulares do Villa, os reservas, integrantes da Comissão Técnica, seu auxiliar técnico. Ué, cadê o professor? Ele é o último a deixar o vestiário em direção ao banco de reservas. Ouve alguns torcedores gritando seu nome. Agradece.

Sentadinho no banco: nos primeiros minutos,  treinador do Villa tentou permanecer mais reservado, fora dos olhares do torcedor

Sentadinho no banco: nos primeiros minutos, treinador do Villa tentou permanecer mais reservado, fora dos olhares do torcedor

Começa a partida, e ele aparenta tranquilidade, permanecendo o maior tempo possível sentado, longe dos olhos do torcedor, na sombra do banco de reservas. A expulsão de Arrabal, do Tupi, com poucos minutos de jogo, dá a impressão ao ex-técnico carijó que haverá tranquilidade suficiente para não se desgastar à beira do campo.

Na medida que o tempo passa e sua equipe, considerada uma das mais ajustadas da competição, não consegue se impor ou criar chances reais de gol mesmo com um homem a mais,  o treinador também fica agitado. Chama os jogadores, contesta algumas marcações da arbitragem. Espera o primeiro tempo terminar para, aí sim, quem sabe, mostrar aos seus comandados, no intervalo, o melhor caminho para a vitória diante de um adversário em crise com parte da torcida e até então em posição delicada na tabela.

Já de pé, técnico percebe que sua equipe não consegue aproveitar a vantagem de ter um jogador a mais e mostra agitação

Já de pé, técnico percebe que sua equipe não consegue aproveitar a vantagem de ter um jogador a mais e mostra agitação

Os planos do Villa, porém, começam a cair por terra nos acréscimos da etapa inicial: depois de jogada pela esquerda, Igor sofre pênalti, convertido por Daniel Morais: Tupi com um jogador a menos e um gol a mais.

  Mexidas e drama

O Leão do Bonfim tem pressa. Coloca os reservas Dodô e Kaká para bater bola e aquecer do lado de fora do vestiário e volta para o segundo tempo antes mesmo do tempo previsto. Os camisas 17 e 19 voltam tão cedo que precisam prosseguir o aquecimento para esperar a volta do quarto árbitro, para levantar a placa e indicar as substituições. Saem Humberto e Gabriel Davis. “Vamos para frente”, resume Welington, antes do reinício, ansioso para ver se as alterações terão resultado positivo.

Os destinos da partida seguem crueis para o Leão, que vê o carijó ampliar quando Daniel Morais “bate a carteira” do zagueiro Danilo Costa, que tentava aliviar o perigo após ganhar a primeira dividida com Igor. Sem a bola e vendo o camisa 9 em direção ao gol, comete outro pênalti: 2 a 0.

Tupi comemora segundo gol: apesar as mudanças, Leão do Bonfim vê a chance de se aproximar do G4 mais distante a cada lance do segundo tempo

Tupi comemora segundo gol: apesar das mudanças, Leão do Bonfim vê a chance de se aproximar do G4 mais distante a cada lance do segundo tempo

Welington continua tentando. Lança Paulinho na vaga de Gabriel Dias e “queima” sua terceira substituição. Vê seu time pressionar, vê Glaysson aparecer bem nos momentos difíceis e ser exaltado por sua antiga torcida,  e vê até jogador do Villa perder chance sem goleiro, após bola rebatida na pequena área.

Com a partida fora de controle e os pontos que o reaproximariam do G4 escapando com o passar do tempo, o técnico conversa com o quarto árbitro, tenta arrumar a equipe. Na prática, no entanto, não há resultado. Além de não diminuir a vantagem para buscar o empate, ainda há tempo para mais um gol de Daniel Morais, sacramentando a derrota alvirrubra.

Tupi 3, Villa Nova 0. Um placar dificilmente imaginado por qualquer torcedor no estádio, seja do carijó ou do leão, após a expulsão de um meio-campo nos instantes iniciais.

Com fisionomia contrariada, Welington Fajardo, último a entrar antes do início do jogo, agora é o primeiro a chegar ao vestiário com o jogo encerrado.

Gesticulando: mesmo com o lance próximo ao banco, Welington chama a atenção  de um jogador que está mais distante

Gesticulando: mesmo com o lance próximo ao banco, Welington chama a atenção de um jogador que está mais distante

    “Este jogo não foi o Villa”

O Toque de Bola pediu ao técnico, nesta segunda-feira, uma análise sobre a partida e a repercussão de uma derrota difícil de ser explicada, pelas circunstâncias do jogo.

  Toque de Bola: O torcedor do Tupi ficou bastante temeroso quando houve a expulsão logo no início. O Villa de alguma forma esperou o segundo tempo para partir pra cima e foi surpreendido com aquele gol no finalzinho do primeiro tempo, ou você já orientava o time para buscar o gol antes do intervalo?

Welington: Fizemos nossa pior partida no campeonato. Estávamos vindo de uma sequência de viagens. Desde o dia 28 estamos jogando quarta e domingo. Nosso grupo é pequeno e não tem como rodar os jogadores. Foram estes mesmo que estão jogando esta sequência. Detectamos que esse foi o principal motivo para o péssimo segundo tempo contra o Cruzeiro e o jogo do Tupi.

Toque de Bola: Chegou a conversar com os jogadores após a partida? Pensa em alterar nomes ou de alguma maneira a forma de jogar nestas três rodadas restantes da fase de classificação?

Welington: Conversei sim. Este jogo não foi o Villa Nova que estamos acostumados a ver, e que vamos mobilizar para uma vitória domingo (contra o Democrata-GV, em Nova Lima) pois depois dessa sequência teremos uma semana cheia para trabalhar e voltar a brigar pelo G4. O primeiro objetivo do grupo está praticamente conquistado, que é a vaga da série D.

Toque de Bola: Como foi, nos bastidores, o seu novo reencontro com o Tupi, o Estádio onde viveu grandes momentos, os torcedores, amigos, enfim?

Welington: Foi bom ouvir a torcida gritar meu nome mesmo como adversário. Fiquei muito emocionado nessa hora e queria agradecer a eles esta homenagem.

Em foto de seu arquivo pessoal, Welington dá entrevista como goleiro do Cruzeiro, no mesmo estádio Mário Helênio

Em foto de seu arquivo pessoal, Welington dá entrevista (repórter José Carlos Massom) como goleiro do Cruzeiro, no mesmo estádio Mário Helênio

 

    Na página do técnico no facebook, há um resumo de suas atividades no futebol profissional, com destaque, como goleiro, para suas passagens por América e Cruzeiro, e como treinador, currículo em que os títulos pelo Tupi chamam a atenção.
    Goleiro
     Como atleta, Welington Fajardo foi considerado, em 1985, o melhor goleiro de Minas Gerais, ganhando o tradicional Troféu Guará, concedido aos melhores da posição.
     Como goleiro do América (MG) entre Fevereiro 1978 e Julho 1986, jogou profissionalmente 158 partidas pelo Coelho, transferiu-se para o Cruzeiro Esporte Clube, onde permaneceu entre Julho 1986 a Setembro 1989. Jogou 80 partidas pelo clube, é o 15º goleiro entre os 90 que mais vestiram a camisa celeste.
     Ainda na Toca da Raposa, ele foi campeão mineiro de 1987, vice-campeão da 1ª Supercopa da Libertadores da América em 1988, e campeão de vários torneios na Europa e teve a oportunidade de trabalhar com técnicos de grande notoriedade como: Ênio Andrade, Carlos Alberto Silva, Emerson Leão, Jair Bala, Jair Pereira, Paulinho de Almeida entre outros.
   Treinador
   Como técnico, Welington Fajardo é reconhecido por marcas históricas como ter a maior série invicta do Tupy Football Club de 23 partidas entre 2001 e 2002.
    Em 2001 e 2008, campeão Mineiro do módulo II e da Taça Minas Gerais, respectivamente (classificando o Tupi para a Copa do Brasil 2009). Conquistou os primeiros títulos do Tupi a nível estadual em 96 anos de história.
   Comandou o Uberlândia Esporte Clube, em 56 partidas, livrou o Verdão do rebaixamento em 2009 e nas 5 passagens pelo clube, Welington Fajardo, no Parque do Sabiá, ficou 21 jogos invictos: 17 vitórias e 4 empates.
    CARREIRA TÉCNICO DE FUTEBOL
    CLUBE / ANO
         Uberlândia-MG 2014
         Uberlândia-MG, 2013
         Uberlândia-MG, 2012/2012
        Villa Nova – MG, 2011/2012
         Uberlândia-MG, 2009/2009
        Tupi-MG, 2008/2008  
        Democrata-MG, 2005/2006
        Democrata-MG, 2004/2004
        Tupi-MG, 2003/2003  
        Uberlândia-MG, 2003/2003
       Tupi-MG, 2002/2002 
       Sobradinho-DF, 2002/2002
        Francana-SP, 2001/2001
       Tupi-MG, 2001/200
    Conquistas:
   Tupi – Campeão da Taça Minas Gerais – 2008
   Tupi – Campeão Mineiro Módulo II – 2001
       Texto e fotos: Toque de Bola
  • Foto antiga e texto face: arquivo pessoal

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