16 06 2011
Montevidéu, 16 de junho de 2011
Santos e Peñarol, dol Uruguai, empataram em 0 a 0 na primeira partida das finais da Taça Libertadores da América, nesta quarta, 15, no Estádio Centenário, em Montevidéu, diante de mais de 60 mil torcedores. Com o resultado, novo empate, com qualquer número de gols na segunda partida, dia 22, 21h50, no Pacaembu, em São Paulo, leva a definição do título para os pênaltis. Vitória por qualquer também vale o título.
Veja matéria sobre a partida publicada no site oficial do Santos:
No primeiro tempo, as duas equipes criaram pouco e tiveram apenas quatro finalizações para cada lado. Na segunda etapa, o Santos FC voltou melhor, criou algumas chances, mas não marcou. Nos últimos minutos, o Peñarol pressionou e chegou a marcar, mas o gol, em impedimento, foi corretamente anulado.
O Jogo
As equipes alternaram a posse de bola nos cinco primeiros minutos, até que o Peixe teve a primeira boa chance do jogo. Após boa troca de passes, Neymar deixou Zé Eduardo livre pela esquerda. A finalização saiu fraca, para fácil defesa de Sosa. E o Penãrol respondeu no lance seguinte. Mier tocou em diagonal para Oliveira que dividiu com o goleiro Rafael. A bola passou pelos dois e sobrou para Adriano afastar.
Nos lances seguintes, o Santos FC tinha maior posse de bola, mas sem chances efetivas. Mas aos 19 minutos, Neymar fez grande lance. Driblou três no meio de campo e encontrou Alex Sandro, que soltou uma bomba para difícil defesa de Sosa. Após a cobrança do escanteio, o Peixe trocou passes até que Alex Sandro lançou Bruno Rodrigo, que cabeceou no travessão.
Na sequência, o Peñarol equilibrou com dois lances de perigo. Corujo desceu pelo lado direito, chegou antes de Alex Sandro e caiu dentro da área. O juiz mandou seguir. Depois, foi a vez de González ganhar duas divididas, mas mandar a finalização por cima do travessão.
As equipes buscavam o gol, mas o jogo seguia com poucas finalizações. Aos 25 minutos, Neymar desceu pela esquerda e toucou para Alex Sandro, que finalizou rasteiro. Sosa caiu para fazer a defesa. O Santos FC seguia levemente superior.
Mas o Peixe ainda levou dois sustos no final. Aos 43 minutos, Rodriguez recebeu lançamento sozinho, mas cabeceou fraco para o gol. No lance seguinte, foi Dario Rodríguez que ficou cara a cara com Rafael, tentou encobrir o goleiro santista, mas mandou por cima do travessão. Assim, a primeira etapa terminou com um empate sem gols.
Santos FC volta melhor no segundo tempo, mas não marca
O Santos FC quase abriu o placar logo aos três minutos do segundo tempo. Elano chutou de longe, mas Danilo desviou a bola, que sobrou para Zé Eduardo. O atacante santista bateu forte, mas Sosa fez grande defesa.
Aos 10 minutos, o técnico Diego Aguirre fez a primeira alteração no Peñarol: Estoyanoff entrou na vaga de Mier. O Santos FC seguia com maior posse de bola, enquanto os uruguaios se defendiam.
O Peñarol teve a primeira chance efetiva somente aos 18 minutos. Martinuccio recebeu dentro da área, girou, mas Adriano interceptou no último instante. Depois disso, time uruguaio teve mais uma alteração: Pacheco entrou na vaga de Corujo.
O Santos FC seguia melhor na partida e quase abriu o placar. Neymar fez boa jogada e tocou para Alex Sandro, que cruzou pela esquerda. Zé Eduardo cabeceou e a bola saiu pela direita do goleiro Sosa.
Porém o Peñarol não estava morto e fez três lances de perigo em menos de cinco minutos. Nos dois primeiros, Rafael faz grandes defesas. No outro, Oliveira fintou a marcação, mas Martinuccio o atrapalhou e finalizou para fora.
Aos 32 minutos, Muricy Ramalho fez a primeira alteração no Peixe. Alan Patrick entrou na vaga de Elano.
A torcida santista levou um susto aos 42 minutos. Após cruzamento, Alonso avançou e marcou em posição irregular. O centro avante chegou até a comemorar, mas o assistente apontou corretamente o impedimento. Depois do lance, o Santos conseguiu se segurar e a decisão ficou para o jogo de volta, o Pacaembu, na próxima quarta-feira.
Peñarol-URU 0 x 0 Santos FC
Cartões Amarelos: Cartões amarelos: Martinuccio, Corujo (Peñarol); Neymar, Arouca (Santos
Cartões Vermelhos: Não houve
Árbitro: Carlos Amarilla-PAR
Auxiliares: Nicolas Yegros-PAR e Rodney Aquino-PAR
Local: Estádio Centenário
Público: Não divulgado
Data: 15/06/2011
Horário: 21h50
Peñarol-URU Sosa, González, Valdéz, Guillermo Rodríguez e Darío Rodríguez; Corujo (Pacheco), Aguiar, Freitas e Mier (Estoyanoff); Martinuccio e Olivera (Alonso). Técnico: Diego Aguirre
Santos FC Rafael, Pará, Bruno Rodrigo, Durval e Alex Sandro; Adriano, Arouca, Danilo e Elano (Alan Patrick); Neymar e Zé Eduardo (Bruno Aguiar). Técnico: Muricy Ramalho
Muricy: time não aceitou a pressão
Após o empate de 0 a 0 diante do Peñarol no Estádio Centenário, o técnico Muricy Ramalho destacou a atuação da equipe santista no primeiro jogo da final da Libertadores da América. Para o comandante, o Peixe podia até ter vencido, mas, diante do equilíbrio em relação ao adversário, o título segue aberto no Pacaembu.
“Foi um jogo aberto . A gente não aceitou a pressão do Peñarol. Nosso time saiu para jogar também e podia ter ganho. Mas a gente não se empolga. O Peñarol é um time muito forte. Agora, empatar aqui é muito difícil. O Peñarol é um time organizado e estava com a força da sua torcida. Diante disso, podemos considerar um bom resultado”.
A segunda partida está marcada para a próxima quarta-feira (22). Todos os ingressos para o jogo já estão esgotados.
“A torcida do Santos tem que apoiar, ter paciência. Vai ser um jogo duríssimo e a torcida terá que empurrar a gente até o final. Não vai ser fácil. A torcida tem que se preparar para isso”, completou o treinador.
Jogadores seguem descartando favoritismo
Com o empate de 0 a 0 no primeiro jogo da final da Libertadores, contra o Peñarol, no Centenário, em Montevidéu, o Peixe chega para o segundo confronto, na próxima quarta (22), no Pacaembu, precisando vencer para ficar com o título no tempo normal. Mesmo assim, o elenco santista segue cauteloso e nega favoritismo nos 90 minutos finais.
“Não conquistamos nada, mas foi um bom resultado para gente. Temos que ter muito cuidado, pois o Peñarol se trata de uma grande equipe”, afimou Elano.
Seguindo a linha do meia, Arouca também nega qualquer favoritismo santista. “Favorito de maneira nenhuma. Não deixa de ser um grande resultado, mas foram apenas 90 minutos”.
O goleiro Rafael ainda destacou o fator casa como ponto forte para o segundo confronto. “Viemos para vencer, infelizmente não conseguimos. Mas também não perdemos e vamos decidir em casa. De qualquer forma, temos que ganhar em casa para sermos campeões”.
Mesmo atuando fora de casa, o Alvinegro Praiano chegou a dominar as ações da partida. A pressão do time uruguaio foi mais incisiva apenas nos minutos finais, quando a equipe chegou a ter um gol anulado por impedimento.
“Vamos decidir em casa. Podíamos ter caprichado mais em algumas finalizações, mas o importante é que não sofremos gols”, comentou Danilo. “Suportamos a pressão e não tomamos gol. Espero que a gente possa jogar bem no segundo jogo”, completou Durval.
Com Edu Dracena suspenso por ter sido expulso no segundo jogo da semifinal contra o Cerro, Bruno Rodrigo foi companheiro de zaga de Durval. O defensor fez sua primeira partida na competição no Estádio Centenário. “Foi uma boa estreia. Conseguimos não levar gol. Graças a Deus, deu tudo certo. A gente jogou bem. Agora, vamos nos preparar para o segundo jogo”, concluiu.
Textos e foto: site oficial do Santos
As primeiras horas da sexta-feira, dia 8 de fevereiro, trouxeram uma atmosfera de consternação ao mundo do futebol. Um incêndio matou dez adolescentes com idade entre 14 e 16 anos no Centro de Treinamento do Flamengo, no Rio de Janeiro. Os jovens foram surpreendidos ainda no início na manhã, enquanto dormiam. De acordo com informações preliminares, tudo teria ocorrido após um curto circuito no ar condicionado de um dos quartos do alojamento.
Por todo o País, diversos clubes passaram por fiscalizações em suas estruturas, sendo algumas delas interditadas. Ao longo dos dias que sucederam a tragédia, várias instituições se envolveram no início das investigações, assim como opiniões de personalidades vieram à tona.
Em Juiz de Fora não foi diferente. O Toque de Bola traz a opinião de diversos profissionais locais, com experiência em categorias de base, para falar sobre os efeitos do incêndio no Ninho do Urubu. Entre diretores, coordenadores e professores, o luto e a necessidade de providências imediatas foram o consenso.
Todos foram questionados não apenas sobre a morte dos atletas, mas a abordagem por parte do clube, da imprensa e da opinião pública. O receio e preocupação de pais que possuem filhos no mundo do futebol também foram temas das entrevistas. Confira abaixo o posicionamento dos profissionais.
A tragédia
Marcelo Matta – coordenador do projeto de extensão “Futebol UFJF”
“Conforme todo esportista ficou chateado com esse evento, eu também fiquei. O que envolve ali são dez crianças, uma cultura brasileira muito forte, que é o futebol, a possibilidade de ascensão social através do esporte, a possibilidade de ajudar os familiares, conforme muitas histórias que a gente conhece. Alguns meninos do projeto sentiram muito o acidente, pois conheciam alguns desses garotos que faleceram. É muito triste ter que acompanhar isso”.
Henrique Biaggi – professor da Escola Oficial do Flamengo e ex-treinador do Tupi Futsal
“É lamentável. Se nós estamos tristes dessa forma, nem imaginamos como estão as famílias dessas crianças que estavam buscando um sonho. Acompanhando os desdobramentos nós vemos que não só o Flamengo mas boa parte das equipes brasileiras possuem CTs irregulares. E agora, como tudo no Brasil, após ocorrer uma tragédia, todos correm atrás. Que sirva de alerta a todos os clubes, todas as empresas, para que todos regularizem seus estabelecimentos para ficar de acordo com o que a norma pede. Torço para que tudo seja resolvido da melhor maneira possível, principalmente com os familiares das vítimas”.
Leonardo Beire – diretor do Centro de Futebol Zico Juiz de Fora
Diretor do Centro de Futebol Zico, JF, Léo Beire, entrega placa ao Galinho de Quintino antes de amistoso
“Nós, como formadores que trabalhamos em uma escola de futebol, recebemos com muita tristeza a notícia. Vira e mexe nós mandamos garotos para realizarem avaliações nos grandes clubes do País, inclusive o Flamengo, e temos essa surpresa terrível desse incêndio. Me coloco no lugar de todos os envolvidos, porque é uma situação muito difícil.”
A experiência
– Luiz Fernando Freitas – ex-jogador do Bahia e professor na Escola Oficial do Flamengo
“Morei seis anos e meio em alojamento. Durante dois anos e meio morei em Itaperuna, onde até em arquibancada eu tive que dormir algumas vezes, porque faltava energia e nós dormíamos na arquibancada para não sentir calor. Depois morei durante quatro anos na sede de praia do Esporte Clube Bahia. Era um galpão com cerca de 20 a 30 criança, juntos, atrás de sonhos. Infelizmente, um trágico acidente, que agora vai abrir os olhos para as vistorias e para ver se realmente existe segurança onde essas crianças ficam. Existem muitos clubes com a estrutura muito pior que a do Flamengo, e olha que a do Flamengo era boa, porque não é qualquer clube que tem ar condicionado para criança, a maioria é ventilador mesmo ou você leva o seu”.
Alfredo Coimbra – professor responsável pela escolinha Iniciação Esportiva São Mateus (Futsal)
“Já trabalho faz bastante tempo na área de formação de jogadores de base. O problema todo é que as famílias veem esses meninos como a salvação de todos, não só no poder monetário, mas é o garoto que pode tirar uma família da miséria. Os clubes têm de rever esses conceitos, porque não é só no Flamengo que é assim. O que aconteceu é muito chato”.
Providências
Lucas Fajardo – professor responsável pela Escola de Futebol Wellington Fajardo
“Nós, que estamos no meio do futebol, sabemos que esse é apenas um dos riscos. Tudo isso requer uma responsabilidade muito grande. Agora, como sempre em nosso País, eles vão começar a rever muita coisa e tem que ser levado mais a sério, para que nunca mais tenhamos que conviver com esse tipo de coisa. Só lamento muito e desejo força principalmente para as famílias. É o momento de pensarmos neles. Temos que melhorar e tornar o futebol mais humano”.
Leonardo Beire
“Quando acontece uma situação tão negativa e desesperadora dessa, logicamente os responsáveis devem ser punidos. Na realidade, o futebol brasileiro, muitas vezes, apresenta um cenário de concentrações, alojamentos e categorias de base com grandes problemas. Temos que entender melhor tudo isso”.
Marcelo Matta
“Todas as circunstâncias demonstram que realmente houve erro e os responsáveis terão que responder por isso. Sinceramente, tem que penalizar e criar um regime rigoroso quanto a isso, pois os clubes, a cada dia que passa, procuram descobrir, selecionar, detectar meninos mais novos e antes de seus concorrentes. Se o Flamengo, com esse investimento, passou por esse problema, como será que estão as instalações de clubes espalhados pelo País? Quais são as condições deles? É por isso que esse fato pode criar um novo modelo, mais rigoroso, e parar com isso de tirar os meninos de suas famílias tão cedo”.
A família
Luiz Fernando Freitas
“Acredito que a participação dos pais nessa hora é fundamental. Acho que o pai tem que ter acesso ao local que o filho está, onde o filho vai dormir, com quem vai dormir, como vai dormir, e muitas vezes eles não são ouvidos. Meu pai viajou 1200km até Salvador para saber onde eu ia ficar. Acho que agora o poder público, as instituições, os clubes, ficarão atentos a tudo, e os pais principalmente, porque sempre vão lembrar dessa situação ao levar seus filhos em clubes”.
Henrique Biaggi
“Isso sempre aconteceu. Agora, depois dessa tragédia, todos vão querer saber para onde seus filhos estão indo. Aquela coisa de atleta dormir embaixo da arquibancada, como havia há muito tempo atrás, alojamentos sem nenhuma estrutura… isso vai fazer com que, com certeza, os clubes se profissionalizem e os pais, quando chegarem a um clube, vão analisar as condições oferecidas. Situações difíceis muito já passaram, mas agora esse tipo de situação tende a acabar.”
Leonardo Beire
“Tenho certeza que muitos pais ficarão mais atentos com relação a onde e como os filhos vão ficar. Infelizmente, esse posicionamento tende a acontecer com aqueles que tem uma garantia, com os pais sempre atentos. Conheço muitos garotos que toleram qualquer tipo de coisa para continuar atrás de seus sonhos como, por exemplo, dormir em degrau de arquibancada. É complicado”.
Indenização
Na tarde desta segunda-feira, dia 18, o globoesporte.com informou sobre as providências e o cálculo para a indenização dos familiares das vítimas do incêndio.
Após reunião na última sexta-feira, o departamento jurídico do Flamengo voltou ao Ministério Público nesta segunda para discutir as indenizações do incêndio que matou 10 atletas do clube no dia 8 de fevereiro no Ninho do Urubu. O clube apresentou proposta para membros do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça da Infância e Juventude, do MP, em encontro com a participação também de representantes da Defesa Civil e do Ministério do Trabalho.
O MP fez contraproposta ao Flamengo, que ficou de responder até o fim da semana. O cálculo inicial foi feito pelo Rubro-Negro e levou em conta tempo de carreira e remuneração média para jogadores. A proposta de indenizações será dividida em categorias: familiares dos 10 atletas mortos no incêndio; sobrevivente com lesão permanente (Jonatha Ventura); sobreviventes que escaparam sem lesões. Os valores ainda são mantidos em sigilo.
Depois do Flamengo e do Ministério Público entrarem em acordo, a proposta será levada aos familiares, em outra etapa. Cada família indenizada pode aceitar ou recusar o acordo. Em caso de negativa, podem recorrer por indenização individual.
Texto: Toque de Bola
Texto complementar: globoesporte.com
Fotos: Toque de Bola, G1, globoesporte.com e arquivos pessoais
Não deu para o Tupi segurar o time reserva do Atlético no Independência e voltar com pelo menos um ponto de Belo Horizonte como era a intenção dos carijós. Em noite chuvosa na capital mineira, neste sábado, dia 16, a equipe de Juiz de Fora perdeu por 2 a 0 para os atleticanos, com gols do centroavante Alerrandro e do meia Vinícius, ambos no segundo tempo.
Amargando a penúltima posição no Campeonato Mineiro 2019, o Carijó tem que vencer o Patrocinense na oitava rodada do Estadual. A partida do sábado, dia 23, ganhou contornos de decisão pois uma derrota praticamente selará o rebaixamento do clube juiz-forano para o Módulo II do Minero, pois o último jogo do Tupi em casa é contra o Cruzeiro, no dia 16 de março.
Times diferentes
Como previsto, por conta da disputa da Libertadores, o Atlético mandou a campo sua equipe reserva. Já o Tupi teve confirmadas as alterações testadas durante a semana pelo técnico Gérson Evaristo. Na defesa, Emerson, com um problema lombar, não ficou nem no banco. Sem um especialista disponível no elenco, o jeito foi improvisar o lateral-direito Léo Felipe do outro lado do campo.
No meio, Diego Gomes apareceu na vaga deixada pelo também contundido Nélio. Assim, o cabeça de área formou uma linha de quatro volantes ao lado de Eduardo Nardini, Max Carrasco e Baiano. O expediente segurou o Atlético no início do jogo, mas o time de Belo Horizonte achou brecha depois dos dez.
Traves salvam
Aos 11 minutos, Michael Bolt recebeu nas costas de Léo Felipe e bateu com pouco ângulo, mas a bola passou por Vilar e acertou a trave e o travessão. Quatro minutos mais tarde, Carlos César limpou o lance e chutou cruzado com desvio em Aislan. Novamente a baliza superior salvou o Carijó de levar o primeiro.
Após os sustos, o Tupi conseguiu respirar um pouco no jogo, apesar de não conseguir articular as jogadas em velocidade. As melhores chances carijós surgiram em cobranças de falta. Assim, aos 32 minutos, Aislan assustou o goleiro Cleiton ao cobrar rasteiro e a bola passar raspando a trave direita do Atlético. Mas, o primeiro tempo terminou sem ninguém conseguir abrir o marcador.
Milagre e castigo
Com menos de um minuto de segundo tempo, o goleiro Vilar fez mais uma defesa milagrosa no Campeonato Mineiro. O uruguaio Terans dominou na entrada da área e girou batendo. A bola desviou na zaga carijó, mas o arqueiro conseguiu, no reflexo, dar um tapa de mão esquerda, evitando o gol.
Mas aos cinco minutos não teve jeito. Alerrandro recebeu de Michael Bolt na entrada da área e bateu cruzado. O chute desviou no pé zagueiro Tiago, Vilar ainda tocou na bola, mas não com força suficiente para evitar a abertura do placar para o Atlético. Mesmo após levar o gol, o Tupi não se arriscou muito, até porque a pressão atleticana continuou.
Ex-carijó fecha a conta
Após mais duas boas intervenções de Vilar, o Atlético conseguiu o gol que acabou matando o jogo. Aos 35 minutos, após jogada de Guga pela direita, Vinícius, que vestiu a camisa do Carijó em 2013, recebeu na entrada da área e bateu rasteiro, firme, no canto direito, sem chance para o goleio do Tupi.
Com o 2 a 0, o Tupi até adiantou-se mais. E teve sua melhor chance do jogo aos 40 minutos, quando Léo Felipe cruzou da esquerda e Saulo, que havia entrado na vaga de Nardini, bateu de primeira, próximo ao poste esquerdo do Atlético. Mas, nenhum dos dois times mexeu mais no placar até o fim.
ATLÉTICO 2 X 0 TUPI
Independência – Campeonato Mineiro
Gols: Alerrandro, aos 5 do 2T; Vinícius aos 35 do 2T (Atlético)
Árbitro: Antônio Márcio Teixeira da Silva
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Leandro Salvador da Silva
Cartão amarelo: Léo Silva (Atlético); Afonso (Tupi)
Atlético
40 – Cleiton
98 – Guga
3 – Léo Silva
19 – Maidana
26 – Carlos César (Hulk aos 39 do 2T)
18 – Lucas Cândido
14 – Zé Welison
20 – Terans (Daniel aos 37 do 2T)
92 – Vinícius Goes
11 – Maicon Bolt
44 – Alerrandro (Nathan aos 41 do 2T)
Técnico: Levir Culpi
Tupi
1 – Vilar
2 – Afonso
3 – Tiago
4 – Aislan
6 – Léo Felipe
5 – Diego Gomes
7 – Max Carrasco
10 – Eduardo Nardini (Saulo aos 12 do 2T)
8 – Baiano (Hugo Ragelli aos 28 do 2T)
11 – Gabriel Costa (Breno aos 37 do 2T)
9 – Romarinho
Técnico: Gérson Evaristo
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Arte: Facebook Atlético
Fotos: Júnior Ayupe/Tupi FC
Uma partida contra um dos grandes clubes do futebol nacional, fora de casa não seria a oportunidade ideal para nenhum time tentar iniciar uma reação. Mas, o Tupi não está em posição de escolher adversário e precisando reagir urgentemente no Campeonato Mineiro para evitar a queda. Assim, o Carijó terá que tentar iniciar esta arrancada neste sábado, dia 16, às 19h, contra o Atlético, no Independência.
No confronto da sétima rodada do Estadual, do qual é o penúltimo na classificação, o Tupi deve se apegar a dois fatores para ter esperança de um bom resultado. Primeiro, a motivação especial para um jogo contra uma das grandes equipes do futebol nacional. Depois, o fato de o Atlético estar com as atenções voltadas para a disputa da Libertadores 2019, o que vai fazer com que o técnico atleticano, Levir Culpi, mande a campo seu time reserva.
Jogo bom de jogar
O técnico carijó, Gérson Evaristo, destaca que, para confrontos como esse, seu trabalho fica até mais tranquilo. “Se fosse jogador, é o jogo que gostaria de jogar. Contra um grande clube, com visibilidade e passando na televisão. Até mesmo mostrar que um dia teria condições de esta lá. Assim, não precisamos mexer com o ânimo deles e nem com a parte motivacional. É jogo bom para se jogar. Que não pode se omitir. Se conseguirmos um bom resultado contra o Atlético, aumenta a moral e o respeito também dos adversários”, avalia o treinador
Para o capitão do Tupi, o zagueiro Aislan, é preciso que as lições do confronto com o América, quando o Carijó foi goleado por 5 a 0, no mesmo Independência que jogará neste sábado, sejam aprendidas. “Esse jogo contra o Atlético é importante, pois estamos vindo de uma sequência ruim. Nossa recuperação passa por eles. Claro que sabemos da grandeza do adversário, mas também temos que tentar nos impor. Quando jogamos contra clube grande, a gente não pode errar. Se isso acontecer, eles vão matar o jogo. Foi o que aconteceu contra o América”, explica.
O time B do Atlético
Preocupado com o desgaste de seus atletas e focado na disputa do primeiro jogo do mata-mata que leva à fase de grupos da Libertadores, o técnico atleticano, Levir Culpi, preparou um time reserva para pegar o Tupi. A base da equipe será a que venceu a Caldense, no dia 9 de fevereiro, por 1 a 0, em Poços de Caldas.
Levir deve fazer apenas duas mudanças em relação ao time que entrou em campo no último fim de semana pelo Mineiro. Suspenso por ter sido expulso, o volante Jair dá lugar a José Welison. Já o jovem atacante Alessandro Vinícius, de 19 anos, deixa o time para a entrada de Maicon Bolt.
No time B do Atlético está também um velho conhecido do torcedor carijó: o meia Vinícius, com passagem pelo Tupi em 2013. Contratado para esta temporada pelo time de Belo Horizonte, o jogador estava no Bahia e já jogou por clubes como Fluminense, Náutico, Athletico e Coritiba.
Ainda é perigoso
Independentemente de o Atlético mandar a campo seu time de reservas, Aislan não acredita em facilidade. “Vai ser sempre Atlético. Independente de quem venha, se reserva ou titular. Temos que arranjar força de onde até não teríamos para conseguir arrancar um bom resultado. Acreditamos nisso”, diz o zagueiro.
Já Evaristo vê alguns pontos a serem explorados por sua equipe para tentar aprontar para cima dos donos da casa. “Talvez pela inexperiência, e também de não terem tido tantos jogos juntos, pode nos facilitar no quesito entrosamento. Aconteceu isso contra o Tombense. Mas todo jogador que está no plantel de um time grande, tem alguma coisa especial. Sabemos que temos que dar um pouco mais cada um para podermos surpreender eles lá”, prevê.
Carijó diferente
Para tentar a surpresa, e por conta da contusão do meia Nélio, o técnico do Tupi vai mudar o time com relação aos dois primeiros da equipe sob seu comando. Se na derrota para o Santa Cruz, por 1 a 0, na Copa da Brasil, Gérson manteve o esquema com três atacantes, e no empate com o Guarani, em 0 a 0, pelo Mineiro, escalou três volantes, desta vez ele vai com uma linha de quatro na marcação do meio de campo.
Com uma contusão na coxa direita, Nélio dá lugar a Diego Gomes no meio. O volante formará o setor com Max Carrasco, Eduardo Nardine e Baiano. Na frente, Gabriel Costa e Romarinho formam a dupla de ataque. Já na zaga, a única dúvida na escalação. Com o lateral-esquerdo Emerson sentindo dores no músculo lombar, Afonso foi deslocado para o setor no último treinamento. Caso isso seja necessário, Léo Felipe ocuparia a lateral-direita.
ATLÉTICO X TUPI
Independência – 19h
Árbitro: Antônio Márcio Teixeira da Silva
Assistentes: Guilherme Dias Camilo e Leandro Salvador da Silva
Atlético: Victor; Guga, Leonardo Silva, Iago Maidana e Carlos César; José Welison e Lucas Cândido; Maicon Bolt, Vinícius e David Terans; Alerrandro. Técnico: Levir Culpi
Tupi: Vilar, Afonso (Léo Felipe), Tiago, Aislan e Emerson (Afonso); Diego Gomes, Max Carrasco, Edurdo Nardine e Baiano; Gabriel Costa e Romarinho. Técnico: Gérson Evaristo
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos com informações do Superesportes
Fotos: Júnior Ayupe/Tupi FC e Bruno Cantini/Atlético
Pelo menos uma certeza se tem do confronto entre JF Vôlei e São José dos Campos neste sábado, dia 16, às 19h, no interior de São Paulo: a primeira vitória de um time que ainda não conquistou nenhum triunfo na Superliga B 2019 vai sair. Com quatro jogos e quatro derrotas, ambos os times ainda não sentiram o gostinho de deixar a quadra comemorando após um jogo.
Os atuais times dos rivais da noite de sábado são bem conhecidos um do outro. Em dezembro de 2018, na Copa Trade, torneio preparatório para a Superliga B realizado em Juiz de Fora, JF Vôlei e São José se enfrentaram. E a vitória foi juiz-forana, por 3 a sets a 0, parciais de 25/18, 25/20 e 25/21.
Chave
Segundo o ponteiro William Kerber, o que aconteceu no torneio preparatório pode dar a chave para a vitória neste sábado. “Pela Copa Tarde, nossa equipe se comportou muito bem no sistema tático e conseguimos a vitória. Sábado, sabemos que não será fácil, ainda mais na casa do adversário. A equipe vem treinando muito bem essa semana, acertando os pequenos detalhes. Será uma grande partida”, acredita o jogador.
Para o técnico do JF Vôlei, Marcos “Marcão” Henrique, ter vencido na Copa Trade não quer dizer vitória garantida desta vez. “Nós temos quatro derrotas, eles têm também. Ambos tentarão vencer para sair dessa situação. Vamos enfrentar um time bom, sobre o qual temos conhecimento maior. Já nos enfrentamos recentemente e conseguimos vencer. Mas isso não garante nada”, afirma.
Marcão coloca o favoritismo do lado da quadra de São José, mas quer voltar do interior de São Paulo com o primeiro triunfo. “A batalha vai ser dura. Talvez eles sejam até favoritos, pelo fato de estarem jogando em casa e contarem com uma equipe mais experiente que a nossa. Mas sabemos do nosso potencial e vamos em busca de sair de lá com uma vitória”, deseja.
Líder
Na quarta, dia 14, o Lavras Vôlei fez o dever de casa e assumiu a liderança da Superliga B 2019. O time do Sul de Minas enfrentou o Apav/Canoas e levou a melhor por 3 sets a 1 (25/27, 25/16, 25/19 e 25/16).
Ex-JF Vôlei e atual técnico de Lavras, Henrique Furtado, ressaltou a reação de seus comandados. “Acredito que no primeiro set a nossa recepção e a virada de bola não estavam no nível que costumamos apresentar. A partir do segundo set, conseguimos ajustar os erros, e o nosso time voltou a jogar o que sabe. A garra e a força de vontade deste elenco acabou fazendo a diferença mais uma vez”, comentou.
A rodada
Além da vitória de Lavras e do confronto do JF Vôlei, a rodada terá mais dois jogos no sábado. No Rio de Janeiro, o Botafogo tem briga direta por posição na tabela contra o Anápolis Vôlei, às 19h. Fechando o dia e a rodada, o Apan Blumenau entra em quadra diante da torcida, em Santa Catarina, contra a Upis, às 20h.
Texto: Toque de Bola – Wallace Mattos
Fotos: Facebook JF Vôlei
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