Partida mais aguardada do ano, e com uma contagem regressiva iniciada em dezembro do ano passado – quando o Vasco não conseguiu se manter na primeira divisão e o Tupi já comemorava o acesso à Série B (confirmado em outubro), o encontro entre Tupi e Vasco, no sábado, 27, no Estádio Municipal Radialista Mário Helênio, pela segunda rodada do returno da competição, mobilizou toda a equipe do Portal Toque de Bola.
A cobertura na semana que antecedeu a partida, nos bastidores do Estádio Mário Helênio e no chamado pós-jogo proporcionou números extraordinários nas redes sociais e no Portal.
No pré-jogo, a quantidade de ingressos destinados a cada torcida, a proibição, que depois se transformou em orientação sobre camisas de outros clubes, a carga extra, com valor maior, que seria disponibilizada na sexta-feira, a ausência de Nenê.
Durante o jogo, houve pequeno atraso na abertura dos portões, torcedores com a camisa do vasco acabaram entrando no que seria o acesso exclusivo aos torcedores carijós (mas sem registro de problemas ou brigas), houve, sim, torcedor com camisa de outros clubes (um botafoguense com sete filhas, entrou numa boa, para todos os efeitos era camisa alvinegra como a do Tupi). Torcedores pularam o muro do estádio e só alguns foram “convidados” se retirar por seguranças e policiais.
No pós-jogo, os dois treinadores lamentaram o empate. Estevam disse que, quando substituiu Diego Souza no Palmeiras na mesma partida em que ele havia entrado durante o jogo, acabou sendo demitido. Isso para explicar o entra-e-sai do volante Marcel contra o Vasco. A bronca do treinador Jorginho sobre o estado do gramado gerou pronta resposta da Prefeitura, que não viu críticas antes do jogo e achou que o gramado entrou no rol de “desculpas”pela atuação abaixo da expectativa.
Na arquibancada, embora em menor número na partida com o maior público do ano em partidas do Tupi, os torcedores carijós deixaram o estádio com mais motivos para comemorar;. Apesar de reclamarem muito da marcação do pênalti pela arbitragem, no segundo gol cruzmaltino, o gol de empate do raçudo Renan trouxe alento na luta contra o descenso.
Tupi 2 x 2 Vasco apresentou renda de R$ 393.235,00, com público total informado de 11.812 e público pagante de 11.317 torcedores.
Veja dezenas de fotos dos movimentados bastidores no Estádio Mário Helênio
Torcedores com a camisa do vasco acabaram entrando no que seria o acesso exclusivo aos torcedores carijós
Reforço
Torcida do Tupi com novos adereços de mão para empurrar o time
Primeira vez
O juiz-forano João Pedro, acompanhado pelo pai, Roberto, descreve sua mais nova experiência: “Muita emoção. Sete anos e consigo ver o Vasco de perto pela primeira vez”.
A casa das oito mulheres
Helvio Vidal foi com a esposa e as sete filhas. Usando camisas do Botafogo, ele e a esposa não tiveram a entrada dificultada. “Acho que por parecer com a camisa do Tupi passou batido”. Vale lembrar que a recomendação era de que torcedores utilizando camisas de outros clubes não poderiam entrar no Mario Helênio. detalhe: na foto tem “só” seis filhas. Uma preferiu não aparecer.
Gaaaaalo!
A paixão pelo Tupi atravessa gerações. Dona Lúcia Helena traz a neta Ana Luize a todos os jogos do carijó. Sobre o fato de o Tupi ser o segundo time de muitos em Juiz de Fora, dona Lúcia não deixa dúvidas: “O Tupi é o meu primeiro time, o time da minha cidade”. Ela mostra descontentamento com o valor dos ingressos: “Está salgado. Eu paguei 50 reais.” A pequena Ana Luise conta como vai empurrar o Galo para a vitória por 1 a 0 que ela espera: “Pulando, cantando, fazendo qualquer coisa!”
Genro tricolor? Pode entrar
Vascaínos confiantes na vitória! Anabel trouxe os quatro filhos: Esther, Pedro Lucas, Miguel e Maria. A mãe conta que após fazer todos os filhos torcerem para o cruzmaltino, trazê-los ao estádio e tomar conta é tarefa simples. Ainda sobrou para o genro Lucas, que torce para o Fluminense, acompanhar a família na partida de hoje.
Quarteto
Fernando, Philippe, Tassio e Lucas, juntos na torcida pelo Vasco. Philippe conta que os quatro amigos costumam viajar para os jogos importantes do cruzmaltino no Rio de Janeiro. Sobre ver o clube do coração na cidade, Philippe comemora: “Aqui a gente joga em casa. É uma sensação estranha, porque quando o Vasco não joga a gente torce também pelo Tupi, ficamos meio divididos, mas o coração fala mais alto.”
Vasco. Quer dizer, Tupi
Pedro Fabiano, 12 anos, é vascaíno, mas disse preferir uma vitória do Tupi. “A gente tem que torcer para não cair. O Vasco fica na liderança mesmo se perder. Mas vou ficar feliz com qualquer resultado.”
“Pequenos mesmo”
Torcedor do Tupi estava confiante para o jogo. Para Sidnei Barbosa, “há esperança de que o Galo vença com muito drama”. Ele ainda diz que o número de torcedores do Tupi correspondente à expectativa. “Somos pequenos mesmo”, afirma
PM identifica e retira torcedor que, segundo a PM, pulou o muro.
Zagueiro xodó
Xodó da torcida na ausência de Nenê, jogador da seleção olímpica Luan atende torcedores antes do jogo, na hora do aquecimento. depois, faria um belo no fim do primeiro tempo.
O primeiro a movimentar o placar foi o Tupi. Octávio fez um golaço em chute de fora da área e depois ajoelhou-se para agradecer
Treinador Estevam Soares conversa com Renan, que acabaria se transformando num dos personagens principais ao marcar o gol do 2 a 2
Quando do lado da torcida do Vasco alguém acendeu sinalizadores, a partida foi interrompida pela arbitragem
Renan foi comemorar o gol de empate, em bela cabeçada, pertinho da torcida carijó
Cobertura do Toque de Bola, com apoio de Plasc e Hiperroll Embalagens
Fotos: Toque de Bola
Textos: Ivan Elias, Cérix Ramon e Lucas Bernardino
O Toque de Bola é administrado pela www.mistoquentecomunicacao.com.br