Tupi: Barroso mostra confiança com opções no elenco e sistema de jogo

Torcedor compareceu em bom número ao único jogo-treino disputado em Juiz de Fora, no dia 27

 O Tupi começa 2018 com uma baixa, anunciada no último dia de 2017  – a saída de Marcel para o Taubaté (SP) – mas com um discurso otimista do treinador Alexandre Barroso, satisfeito com o desempenho da equipe nos primeiros jogos-treinos (diante de Cabofriense – derrota por 1 a 0, Volta Redonda – vitória por 5 a 2 – e Minas, de Lima Duarte, goleada de 7 a 0).

   Em entrevista concedida depois do único teste ocorrido em Juiz de Fora – diante de bom público, no estádio Salles Oliveira, no dia 27, contra a equipe de Lima Duarte, Barroso, ainda sem a informação da saída de Marcel, único remanescente entre os titulares da Série C de 2017, disse estar próximo da definição do time-base, elogiou as opções no sistema ofensivo e acredita que o modelo de jogo proposto está sendo bem assimilado pelo grupo.

 Contusão

Anúncio pelo Taubaté da contratação de Marcel, único remanescente titular da Série C de 2017

Curiosamente, na mesma função de Marcel, volante, o clube sofreu a primeira baixa por motivo de contusão. No primeiro teste, Pará sofreu lesão no menisco do joelho direito.

  A diretoria informa que a reposição para a saída de Marcel será feita com um jogador de clube de Série A do futebol brasileiro.

    Nova agenda

 O jogo treino contra o Nova Iguaçu, que antes seria dia 4 em Juiz de Fora, será dia 3, quarta-feira, em Nova Iguaçu, às 16h. No dia 10 de janeiro terá um novo jogo treino contra eles, mas dessa vez em Juiz de Fora.

 Na quinta-feira, 5, o time viaja para Ubá, onde fica até o dia 10 de janeiro. Lá, no dia 7, faz um jogo treino contra o Serra-ES.

  Confiança

 Veja os principais trechos da entrevista concedida por Alexandre Barroso, analisando o rendimento da equipe já projetando a estreia no Campeonato Mineiro, dia 17, contra o Cruzeiro, fora de casa.

  Qual a avaliação do jogo-treino contra o Minas de Lima Duarte?

Contra o Minas, Tupi atuou com roupa de treino e adversário entrou uniformizado

Alexandre Barroso: “Trabalhamos muito forte de manhã. Parte física, parte tática. Foi um complemento do trabalho da manhã. Você faz todo jogo, treinamento, com objetivo de ganhar sempre. Mas tínhamos outras coisas mais importantes para ver. Queria ver hoje uma situação diferente da que fizemos contra o Volta Redonda. Nós adiantamos a marcação. Jogamos marcando no campo do adversário, situação que nós teremos que fazer ao longo do Campeonato Mineiro. Não vamos ser só um time que joga em bloco baixo, esperando o adversário. O placar é porque os jogadores se movimentaram e tiveram intensidade. Tudo bem que foram dois times em cada metade, mas ambos tiveram intensidade. O placar é o menos importante. Jogo compacto, dificuldade maior que num treinamento.  Ficamos satisfeitos porque criamos finalizações. No segundo time, por exemplo, o Paulinho deve ter finalizado seis, sete, oito vezes. Isso para mim é interessante para um segundo volante. O jogo é que nos mostra o que é a realidade do time.”

A intenção de entrar com a formação diferente da que iniciou contra o Volta Redonda?

Alexandre Barroso: “Uma coisa é quando você entra durante a partida e outra quando começa jogando.Temos que dar essa oportunidade de eles vivenciarem começar o jogo, entender qual será o planejamento tático, o perfil, o modelo de jogo da nossa equipe. A ideia foi dar um pouco mais de vivência tática a esses jogadores, que entraram no segundo tempo diante do Volta Redonda.”

Tem preocupação de definir o time-base com antecedência?

Marcel tira fotos das equipes antes do jogo-treino. Jogo acabaria sendo a sua despedida do Carijó

Alexandre Barroso: “Tenho. Temos que dar um modelo. Um perfil para a equipe. Começamos a definir algumas coisas, as opções que temos para a zaga, para as laterais, como o Marcel se posiciona quando joga com o Léo, co, o Paulinho, o Francesco, o Pará. Como nós vamos nos posicionar com os extremas, temos muitas opções. Temos três homens de referência de qualidade – Reis, Rodrigo Dias, Douglas, que hoje começou jogando, que foi muito bem. Começamos a dar uma identidade para a equipe. Isso para mim é muito importante. Temos agora no ano que entra dois ou três jogos muito interessantes. Esses jogos vão nos dar uma cara muito legal. Não estamos preparando o time para o dia 17 (estreia no Mineiro, contra o Cruzeiro, em Belo Horizonte).  Estamos preparando para o longo do ano. Claro que o primeiro jogo é o mais importante de todos nessa sequência. Já temos bem claro na mente o que a gente espera definir em relação ao onze.”

Ataque: um 5 a 2 (Volta Redonda) e um 7 a 0 (Minas, de Lima Duarte) sempre modificando o trio de ataque. Dor de cabeça boa?

Alexandre Barroso: “Isso que um treinador tem que ter. Temos as opções de jogar numa linha de quatro com um atacante só, num 4-3-3 com dois extremas, podemos jogar com dois jogadores com as características do Rodrigo, do Reis. Pode ser duas linhas de quatro com dois atacantes mais enfiados. Esses trabalhos (jogos-treinos) servem para a gente ver quais opções vamos ter. Já sei de algumas coisas que não vão funcionar. E esse tipo de trabalho nos mostra o que vai dar certo. O placar não é o mais importante.  Em Volta Redonda, o placar não traduziu o que foi. Podia ter sido mais. Mais que o placar, o importante é a maneira com que a equipe está construindo, se posicionando. Essas coisas me agradam. Tem muita água ainda para passar debaixo dessa ponte, a ser construída.”

O 4-3-3 é a principal opção?

Alexandre Barroso: “No momento, é. O que a equipe vai mostrar ao longo do campeonato é que vai nos mostrar se vamos manter isso. Mas está sendo interessante. Temos os extremas que acompanham os laterais adversários, uma equipe que faz a pressão alta, consegue marcar a saída do adversário, fazer as transições da defesa ao ataque com velocidade. Poupamos o Kayser e o Vitor Dias, que foram bem em Volta Redonda, até para vermos outras opções. Um leque de jogadores que dá ao treinador opções diferentes. Equipe que joga em duas linhas compactas, com posse de bola, articulações pelos lados, a definição de um modelo de jogo.”

 Sobre a formação da defesa, o técnico disse que também gosta de ter opções. “Posso jogar com três zagueiros. Não é a minha forma ideal, mas acho que podemos implantar se for necessário”.

  Jogos-treinos

 Cabofriense

 No primeiro jogo-treino, fora de casa, contra a Cabofriense, derrota de 1 a 0, gol de João Carlos. Formação: Vilar, Rodrigo Dias, Diogo, Wellington e Udson; Marcel, Pará, Kayser e Cris; João Vitor e Reis. Depois de 30 minutos, ocorreram várias modificações.

Volta Redonda

Primeiro tempo: Vilar; Afonso, Sidimar, Wellington e Udson; Marcel, Leo Costa e Paulinho; Joao Vitor, Renato Kayser e Reis

Segundo tempo: Vilar; Rodrigo Dias, Sidimar, Diogo e Patrik Brey; Kalu, Francesco e Cris; Tiaguinho, Patrick e Rodrigo.

 Placar de 5 a 2 para o Carijó. Gols de Kayser (2), João Vitor, Reis e Patrick, descontando Dija Baiano e André Duarte. Com a equipe considerada titular, placar de 4 a 1.

 Minas de Lima Duarte

Primeiro tempo: Vilar, Rodrigo Dias, Diogo, Artur Sanches e Patrick Brey; kalu, Francesco e Cris; Igor, Rodrigo e Douglas.

Segundo tempo: Alexandre; Afonso, Sidimar, Wellington e Udson; Marcel, Leo Costa e Paulinho; Patrick, Tiaguinho e Reis.

 O placar foi de 7 a 0, gols de Douglas, Francesco, Rodrigo e Igor (na etapa inicial, com chuva), Tiaguinho, Reis e Udson (segundo tempo, sem chuva). Alexandre Barroso poupou Kayser e João Vítor.

 

Texto: Toque de Bola

Fotos: Toque de Bola

 

 

 

 

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